Era já sem Kubacki, afastado do restante campeonato devido ao frágil estado de saúde da esposa, mas com o Planica 7 ainda por disputar, que a Taça do Mundo de Saltos de Esqui cumpriria a penúltima paragem da edição 22/23. A ação decorreria em solo finlandês, com Lahti a acolher a caravana. O trampolim Salpausselka uma estrutura de 130m, cujo K-Point estava localizado aos 116 e que contava com um record da autoria de Forfang, 138m, a vigorar desde 2017 seria o palco da festa! Numa jornada que assistiu a um apronto coletivo e a outro individual, sendo apenas uma ronda realizada devido à força do vento. Escolhemos os cinco praticantes que mais se evidenciaram nesta refrega, concordam?
5. Kamil Stoch
Uma lenda viva da modalidade, Kamil Stoch , ainda que longe da forma ostentada em tempos recentes, parece aos poucos querer subir a parada exibindo-se sempre com grande consistência, perfeição, habilidade e garra. Parecendo altamente improvável ultrapassar no decurso desta temporada o compatriota Adam Malysz no terceiro posto dos atletas mais vitoriosos de sempre nesta modalidade, creio que será uma questão de tempo até o conseguir. Acredito piamente, que ainda terá muito para oferecer aos amantes de saltos de esqui! Um exemplo, tanto dentro como fora dos trampolins, o desporto no geral necessita de mais referências do calibre do genial polaco.
4. Jan Hoerl
Um poço de regularidade e uma mais-valia em eventos coletivos, é sendo sempre muito discreto, ainda sem pódios na temporada que vai conseguindo defender um posto dentro dos dez mais da época. Um dos maiores talentos da sua geração depois de Tschofenig, Jan parece ter um grande futuro diante de si, faltando apenas melhorar a regularidade de forma a aumentar o seu palmarés e saltar para outro patamar, tornando-se um crónico candidato a pódios e vitórias. Com tanta e tanta qualidade no seu seio, os austríacos podem estar descansados, pois tudo indica que o seu domínio a nível coletivo irá ser uma evidência como o comprova a mais que esperada vitória no globo de nações. Hoerl é , certamente, uma esperança maior num país que já se habituou a triunfar e a dominar!
3. Daniel Tschofenig
Ora aqui está mais um exemplo da grande escola de formação austríaca que tantos e tantos saltadores de enorme valia tem oferecido a este desporto. Atuando de forma exímia na disputa coletiva, sendo um dos grandes dínamos para o triunfo do país do esqui, não tiraria o pé da tábua na qualificação e demonstrando toda a tranquilidade, requinte e técnica latentes a cada salto, foi deste modo que o jovem talento adicionou mais três mil francos suíços à sua conta! Um dos mais penalizados pelo facto da competição individual ter tido apenas uma ronda, acabaria por não alcançar o pódio, contudo continuo a defender e a acreditar que a primeira vitória estará ao virar da esquina, prognosticando que Daniel seja fortíssimo candidato a terminar , pelo menos, entre os cinco melhores da temporada que se avizinha! Uma das estrelas do futuro, é no presente que o austríaco começa paulatinamente a desenhar um percurso glorioso na Champions da modalidade!
2. Stephan Kraft
Com “o circo” presente em Lahti, o baixinho estava numa das estruturas que mais gosta e onde leva já três sucessos! Mesmo não tendo conquistado novo triunfo individual, foi um dos destaques da competição por equipas onde caprichou e de que forma! Aproveitando a ausência de Kubacki e a ligeira quebra de Lanisek, Stephan parece descolar perfilando-se como grande candidato no que toca ao vice título da época. Um mestre nos voos de esqui, Kraft é conjuntamente com Granerud e os eslovenos carta para ser apostada tendo em vista uma eventual revalidação do globo de voos de esqui. Será capaz de mostrar em Planica todos esses dotes?
1. Ryoyu Kobayashi
Após não ter impressionado nos voos de esqui, onde manteve a regularidade, seria em trampolins mais de acordo com as suas caraterísticas que o samurai voltaria ao que mais fez na temporada cessante, vencer! Se já era, à bastante tempo, o melhor da história do país do sol nascente nestas lides, passou desde domingo a ser o sétimo com mais triunfos na história da Taça do Mundo,30, isto com apenas 26 anos! É caso para perguntar :onde é que isto vai parar? Isso não sabemos, mas Ryoyu parece ser alguém com quem contar ano após ano, tendo todas as capacidades para aumentar esta cifra. Conseguirá o incrível samurai transportar este bom momento para a especialidade de voos de esqui, juntando-se à lista de potenciais vencedores do derradeiro evento do ano competitivo, o Planica 7?
Como já é hábito o seu BNR lá marcará presença, contando-lhe toda a ação no trampolim gigante daquela cidade eslovena. Até lá já sabe, fique bem, sempre na melhor companhia.
Marcamos encontro?