As ilhas dominaram

    cab desportos motorizados

    “Nós somos filhos de uma raça batalhadora,/Ainda que nunca tenha conhecido vergonha,/E enquanto marchamos para enfrentar o inimigo/Cantaremos uma canção do soldado.” Estas pequenas quatro frases pertencem ao hino irlandês, país do vencedor da edição 50 do Sata Rallye Açores. Falo de Craig Breen.

    O irlandês até começou o dia a ver-se ultrapassado na geral por Kajetanowicz (Kajto), mas foi sol de pouca dura pois no segundo troço do dia recuperou a liderança e nunca mais a largou. Na primeira passagem pela Tronqueira, Kajto sentiu muitas dificuldades devido à sua má escolha de pneus e perdeu 16,3s, que nunca mais conseguiu recuperar. Depois, até ao final da prova, houve um claro levantar do pé por parte do polaco que fez com que a diferença final entre os dois pilotos passasse do minuto, diferença muito exagerada para o que foi a prova.

    A fechar o pódio ficou o açoriano Ricardo Moura, que apesar do bom andamento não conseguiu fazer frente aos dois primeiros classificados. Bruno Magalhães, que começou a sua campanha deste ano no ERC, fechou a prova no quarto lugar e arrecadou assim os seus primeiros pontos deste ano. A fechar os cinco primeiros ficou Consani, colocando assim as três marcas com R5 presentes nos cinco primeiros.

    Gago fez uma grande prova
    Gago fez uma grande prova

    No ERCJ o destaque de hoje tem de ir para o português Diogo Gago, que começou o dia em quarto e terminou em segundo. Numa competição que é muito animada por ver os pequenos R2 a serem pilotados de forma tão boa, o que faz prever alguns bons nomes do futuro dos ralis mundiais. O vencedor desta categoria foi o inglês Chris Ingram, que assumiu a liderança na última PEC do primeiro dia e nunca mais a largou. O inglês aproveitou o seu conhecimento da ilha, onde o ano passado brilhou com um Twingo R2 em que já tinha terminado em segundo. A fechar o pódio ficou o norueguês Steve Rokland fazendo assim um top3 só com carros da Peugeot. Os Opel que apaixonaram quem andou pelas estradas de São Miguel não tiveram um bom terceiro dia, mas fica aqui um carro para os portugueses que estão a iniciar as suas carreiras terem em atenção. No ERC3 os três primeiros pilotos foram os mesmos do ERJ.

    No ERC2 surge talvez o grande azarado do dia. Luis Miguel Rego entrou para a última PEC da prova com o segundo lugar assegurado, mas problemas nos travões fizeram com que o açoriano tivesse de abandonar. O vencedor desta categoria foi o lituano Dominykas Butvilas que apresentou um ritmo muito bom para quem se estreava na ilha e que é um valor a acompanhar no futuro, apesar de já estar nos 26 anos. Com a desistência de Rego o pódio ficou completo com Dávid Botka e Vojtěch Štajf.

    No que toca às contas do Nacional o vencedor foi Ricardo Moura, que obteve a classificação máxima e assim voltou à liderança do CNR. José Pedro Fontes ficou em segundo e Adruzilo Lopes conseguiu um terceiro lugar. Carlos Martins apesar de fazer a sua estreia na ilha desiludiu-me um pouco, pois esperava outro andamento da sua parte e ficou em quarto sendo que Manuel Castro fechou os cinco primeiros a contar para o CNR.

    Moura além do 3º lugar venceu o nacional e regional
    Moura ficou em 3º lugar e venceu o nacional e regional

    No campeonato português destinado às duas rodas motorizes apenas terminaram três carros. Paulo Neto foi o vencedor, Miguel Carvalho ficou em segundo e Marco Reis fechou o pódio e a classificação. Nos Açores Moura foi o vencedor – como esperado -, Ruben Rodrigues ficou em segundo e João Faria fechou o pódio num já antigo Peugeot 206 RC.

    Foi sem dúvida uma grande prova a que hoje terminou. Para o ERC segue-se a Bélgica, para Portugal segue-se o Rali Vidreiro e nos Açores a próxima prova volta a ser em São Miguel.

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    Fotos: Rodrigo Fernandes

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.