Paulo Gomes, responsável pelo jogo, falou com o Bola na Rede e o AutoSport, na ComiCon Lisboa. O responsável pelo jogo explicou os vários desafios que o jogo representou no seu desenvolvimento, e a imagem que o jogo pretende transmitir.
“O jogo em si é um desafio, pela primeira vez temos um mundo aberto muito grande, algo que nunca tinha sido feito. Mas o principal desafio foi com a navegação e como torná-lo real, através do sistema de roadbooks. Mas tivemos muitos desafios diferentes, já tínhamos feito partes de vários jogos, mas este é um passo em frente porque é o nosso primeiro jogo de forma exclusiva. Para o conseguir tivemos de propor à ASO algo diferente do que já tinha sido feito, algo muito arrojado, tornar tudo real. E foi isto que apaixonou as marcas, os pilotos e a própria organização. Tivemos pilotos consagrados a participarem, a jogar, uns a ajudarem mais e outros menos, mas todos a puxarem pelo jogo por reconhecerem o nosso trabalho”.
Várias marcas e pilotos/navegadores trabalharam no jogo, sendo que o desenvolvimento do mesmo ainda está a acontecer.
“Tivemos o Pedro Bianchi Prata e o Pedro Velosa sempre connosco, sendo ele na parte da navegação. Na forma como se diz as coisas, as frases, as emoções que se transmitem, as informações… É um bocado ridícula a forma como até agora os co-pilotos se comportam nos jogos, sem emoção, e precisamos disto no meio de um desafio. O Bianchi Prata ajudou-nos muito na ‘tradução’ dos roadbooks, para que ficassem mais perceptíveis para todos. Depois tivemos mais um grupo de cinco ou seis pilotos, de várias marcas, que nos ajudaram também. O Sam Sunderland, pessoal da Mini, não o Nani Roma, que só agora está a trabalhar connnsoco, e outros da Red Bull, que tem sido incansável. A Honda também, os pilotos das motas foram os que deram mais ajudas. Agora, cada vez mais recebemos ajudas. A Cristina Herrero, de Espanha, ainda há pouco me ligou a dizer que queria fazer mais coisas. Os japoneses da HINO, a CAN-AM, difícil foi provar que conseguíamos fazer algo desta forma. 25 de setembro é apenas uma etapa, o desenvolvimento continua. Vamos melhorar este jogo, ouvir os jogadores, ouvir os pilotos, ouvir toda a gente que nos quiser ajudar e depois também queremos que os próprios pilotos – já há marcas a fazê-lo – usem o jogo para se prepararem para o Dakar em si. Cada vez temos mais marcas a quererem fazer isso. No próximo ano, vamos ter ferramentas para que os roadbooks sejam automaticamente gerados e partilhados. Além disso, já temos confirmados os jogos de 2019 e 2020”, disse Gomes.
Está na hora de sentires o que os pilotos sentem na grande aventura que é o Dakar.
Artigo em parceria com o AutoSport
Foto de Capa: Dakar 2018