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Análise às equipas #2: Kick Sauber, uma última dança bem executada antes da Audi

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A temporada de 2025 da Sauber, o último capítulo antes da entrada oficial da Audi, estava destinada, para muitos, a ser um ano de mera gestão de expectativas. Um período de espera, contenção e poucos riscos. A equipa de Hinwil fez exatamente o contrário.

Sem ruído excessivo, sem promessas públicas exageradas, a Sauber transformou esta temporada numa afirmação de competência. Foi uma época que conciliou o foco absoluto na transição para 2026 com um desempenho em pista acima do esperado, garantindo que o nome Sauber despede-se da Fórmula 1 com dignidade e relevância competitiva.

Este progresso torna-se ainda mais significativo quando comparado com a desastrosa temporada de 2024. No ano anterior, a Sauber apresentou um dos monolugares mais frágeis da grelha: instável, imprevisível e incapaz de sustentar ritmo de corrida. A equipa acumulou erros operacionais, pit-stops problemáticos e decisões técnicas erráticas, passando grande parte da época em modo de sobrevivência.

O carro raramente permitia aos pilotos lutar em igualdade no pelotão intermédio e a falta de direção estratégica era evidente. Foi esse contexto de desorganização e fragilidade que tornou o salto qualitativo de 2025 tão inesperado quanto relevante.

O sucesso da Sauber assentou em três pilares. Um carro finalmente consistente, uma liderança experiente ao volante e uma aposta jovem bem enquadrada.

O C45 como base de um progresso inesperado

O verdadeiro ponto de viragem da Sauber em 2025 foi técnico. O C45 corrigiu fragilidades estruturais que se arrastavam há várias temporadas, desde a instabilidade aerodinâmica até falhas operacionais que custavam posições e pontos.

O resultado foi um monolugar previsível, equilibrado e fiável. A integração da unidade de potência Ferrari, no último ano da parceria, revelou-se eficaz e sem sobressaltos, permitindo à equipa concentrar-se na execução em pista.

Num contexto em que grande parte dos recursos já estava direcionada para o projeto Audi, a Sauber conseguiu evitar o “sacrifício competitivo” que tantas vezes marca anos de transição. Mérito de uma gestão técnica disciplinada e de decisões estratégicas bem calibradas.

Nico Hülkenberg: o pódio que validou o projeto

O momento simbólico da temporada foi o histórico pódio de Nico Hülkenberg. Surgiu num contexto especial, marcado pela chuva, mas não foi um golpe de sorte isolado. Foi o culminar de um pacote competitivo sólido e da capacidade do piloto alemão em ler a corrida, gerir riscos e capitalizar uma oportunidade que só existiu porque a Sauber estava preparada.

Em 2025, Nico Hülkenberg foi mais do que um piloto rápido. Foi o elemento estabilizador da equipa, a referência técnica e a voz experiente num projeto em transformação. A sua consistência e clareza no feedback deram à estrutura de Hinwil algo essencial nesta fase: confiança.

O pódio não apenas fechou um ciclo pessoal do alemão na Fórmula 1, como funcionou como um selo de validação para a Audi. Mostrou que a base humana e técnica da futura equipa de fábrica está preparada para desafios maiores.

Gabriel Bortoleto: o contexto certo para crescer

A aposta em Gabriel Bortoleto foi um risco calculado, e bem enquadrado. Ao contrário de muitos rookies lançados em projetos instáveis, o brasileiro encontrou uma equipa funcional, com um carro capaz de lutar por pontos e um colega de equipa experiente e pronto a ensinar.

Gabriel Bortoleto respondeu com maturidade. Mostrou velocidade em qualificação, capacidade de recuperação em corrida e uma evolução consistente ao longo da temporada. Naturalmente, houve oscilações, mas raramente desorientação. Ironicamente o seu pior fim de semana foi em casa, no Brasil.

Mais do que resultados imediatos, o que a Sauber retirou de 2025 foi a confirmação de potencial. Gabriel Bortoleto não foi apenas um investimento para o futuro. Foi uma peça ativa num projeto que já começava a olhar para 2026.

Uma última dança que deixou legado

A temporada de 2025 da Sauber não foi ruidosa, mas foi significativa. Num ano em que podia ter continuado o que já tinha sido a época passada, a equipa escolheu crescer em silêncio, construir bases e entregar resultados.

O pódio de Nico Hülkenberg, a consistência do C45 e a integração bem-sucedida de Gabriel Bortoleto deixaram uma mensagem clara: a Sauber não está a sobreviver até à Audi. Está a preparar-se para ela.

O futuro ainda não garante vitórias, mas garante algo essencial na Fórmula 1 moderna: credibilidade. E essa, em 2025, a Sauber conquistou.

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