GP dos Estados Unidos: 99% campeão

Cabeçalho modalidadesÉ um dos circuitos favoritos dos pilotos. Na verdade, Lewis Hamilton admitiu mesmo que este era o Grande Prémio em que mais se divertia. O piloto inglês voltou a vencer com bastante facilidade e já só precisa de ser quinto no México para conquistar o campeonato.

Hamilton e o seu Mercedes foram uma dupla imparável. Desde a qualificação, em que não deram hipótese a ninguém que se quisesse aproximar da pole-position, até à corrida em si, em que foram os patrões das 56 voltas. Uma classificação que ficou marcada pelas várias penalizações, mais uma vez: Verstappen fez o sexto tempo e saiu de 17.º porque trocou de motor e Vandoorne, Hulkenberg, Stroll, Magnussen e Hartley também caíram na grelha. Vettel conseguiu a segunda melhor qualificação e saiu ao lado de Hamilton, seguido de Bottas e Ricciardo e só depois, em quinto, de Kimi Raikkonen.

Vettel fez mesmo um arranque canhão e conseguiu sair na frente de Hamilton, liderando durante as primeiras voltas. Mas hoje era o dia do inglês: o dia em que ele estava inspirado, acelerado, confiante e apaixonado. E se, tal como já confessei aqui, não sou fã de Lewis Hamilton, tenho de admitir que são corridas destas, corridas em que o piloto põe toda a paixão que tem pela modalidade na pista, que me fizeram gostar de Fórmula 1. E que mostram que não, a F1 não é só ver cinquenta e tal voltas de carros a andar atrás uns dos outros.

A verdade é que a partir da volta 6, quando ultrapassa o Ferrari, Hamilton só teve de controlar e distanciar-se cada vez mais do segundo; ou melhor, dos segundos. Primeiro Vettel, depois Bottas, Raikkonen perto do fim e, por último, outra vez Vettel. Os dois finlandeses protagonizaram uma bonita luta pelo segundo lugar – até que os pneus decidiram que vencia. A quatro voltas do fim, Valtteri Bottas só tinha parado uma vez e Raikkonen soube jogar com isso a seu favor. O primeiro Ferrari passou e o segundo veio logo a seguir: mas com uma classe acima da média. Sebastian Vettel ultrapassou Bottas enquanto fazia uma dobragem a um carro nas últimas posições, numa manobra que é um dos pontos altos deste GP. Causou o entusiasmo dos engenheiros da Ferrari e mostrou que conduzir um carro de Fórmula 1 exige talento.

Verstappen teve um final amargo para uma corrida incrível Fonte: Red Bull
Verstappen teve um final amargo para uma corrida incrível
Fonte: Red Bull

Com os dois Ferrari no mesmo andamento e muito perto um do outro, pareceu-me que a equipa técnica pediu a Raikkonen que deixasse Vettel passar. A verdade é que o alemão passou mesmo e terminou a corrida em segundo. Quanto a Raikkonen, ficou à mercê de um inspirado Max Verstappen, que cavalgou 13 posições e estava sedento de mais vítimas. Colou-se a Bottas, foi mais forte, aproveitou os desgastados pneus do Mercedes e estava lançado. Já só via uma coisa: o pódio. E todos sabemos que quando Vestappen quer uma coisa, a não ser que o Red Bull não permita, normalmente consegue. O jovem holandês voltou a mostrar em pista aquilo de que é feito e deixou-me a gritar com a televisão como se de um jogo de futebol se tratasse. Verstappen move montanhas e gera paixões. Conquistou a terceira posição e estava, mais uma vez, no pódio.

Mas, ao contrário do que muitas vezes é dito, a Fórmula 1 tem o seu quê de imprevisibilidade. Quando Max Verstappen já estava no lounge dos três primeiros, a celebrar com Hamilton e Vettel, é anunciado que o piloto da Red Bull foi penalizado em cinco segundos pela ultrapassagem a Raikkonen, em que cortou caminho pela escapatória e esteve demasiado tempo fora de pista. Ora, Raikkonen passou pela meta a quatro segundos de Verstappen. Logo, mexida na classificação final, o holandês ficou fora do pódio e a Ferrari conseguiu mesmo pôr os dois pilotos nos três primeiros. Fim amargo para Max, que fez uma corrida de remontada e merecia o pódio que conquistou. Já o disse, volto a dizer e não me canso de o repetir: temos piloto para décadas. Temos campeão para décadas.

Nota positiva para Verstappen, por razões que já enumerei, e para a Mercedes que levou para casa o tetracampeonato de construtores. Nota negativa para Red Bull e para Ricciardo: o piloto chegou a disputar a terceira posição com Valtteri Bottas e estava na competição quando o motor Renault falhou e o obrigou a desistir na 16.ª volta. Percebe-se o porquê de Verstappen ter mudado de motor antes da corrida.
Hamilton voltou a vencer, tem 66 pontos de avanço para Vettel e só precisa de ser quinto no próximo GP. A Fórmula 1 regressa já no fim-de-semana de 27 a 29 de Outubro, com o Grande Prémio do México para, muito provavelmente, vermos o inglês ser o melhor piloto do mundo pela quarta vez.

Foto de Capa: Mercedes

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