Ter só um carro rápido não chega, McLaren | Fórmula 1

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Estamos quase a completar a primeira metade da época de 2024 de Fórmula 1, antes da pausa de verão, e a McLaren chega a esta fase com o melhor carro, algo que pode surpreender, dado o domínio da Red Bull em 2023. Mas o cenário é mesmo esse e isso voltou a ser comprovado na Hungria. Mas o que mais se fala não é do domínio da McLaren, nem do 1-2 que foi alcançado em qualificação e em corrida.

Infelizmente para Oscar Piastri, que se estreou a vencer Grandes Prémios de Fórmula 1 no último fim de semana, também não se fala tanto do brilhantismo da sua vitória. Aquilo que mais se comenta foi aquilo que aconteceu depois das últimas paragens de Piastri e de Lando Norris, que passou para a frente do seu colega de equipa por via de ter parado primeiro.

Piastri estava a fazer uma das suas melhores corridas em termos de ritmo na classe principal, mas tinha cometido um erro que tinha permitido que Norris se aproximasse consideravelmente. Seja como for, a equipa teve várias oportunidades de parar o australiano primeiro e não o fez, levando-os depois a uma situação desconfortável através das comunicações no rádio.

Norris tinha sido colocado numa liderança de corrida que não estava a fazer por merecer, mas, agora que já lá tinha chegado, naturalmente que não queria abdicar dela. Por outro lado, pensei numa primeira instância que a McLaren queria que Norris ganhasse, de modo a ganhar pontos a Max Verstappen, que estava a ter uma corrida difícil e acabaria no quinto lugar. Só que não era isso que a McLaren queria fazer, pedindo a Norris que deixasse Piastri passar. Depois de muita insistência de Will Joseph, engenheiro de Norris, o britânico acedeu ao pedido, permitindo a Piastri vencer o seu primeiro Grande Prémio.

Com a Red Bull em quebra e a McLaren consistentemente na luta pela vitória, não é garantido que Max Verstappen – e muito menos a Red Bull – se sagrem campeões este ano. Contudo, a McLaren tem tido dificuldades em maximizar os resultados. E mesmo que o tenham feito na Hungria (só lhes faltou o ponto extra pela volta mais rápida), não escaparam à controvérsia. E é nisso que têm de crescer, de modo a consolidarem a sua candidatura pelos títulos.

Bernardo Figueiredo
Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.

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