Mónaco E-Prix: Sem que nada o transtorne, quem vence é Vandoorne

A CRÓNICA: AVERSÃO AO RISCO DÁ FRUTOS NO “CASINO”

Na semana em que a ABB FIA Formula E anunciou o seu revolucionário novo carro (Gen3), a introduzir em 2023, o “eléctrico” da Fórmula E parou na mítica gare do Mónaco para a 6.ª ronda da oitava edição da modalidade.

Entre as novidades do Gen3, para além do desenho aerodinâmico equiparável a um caça aéreo, estiveram a promessa de se tornar o carro mais rápido da história da competição (um máximo de 322 km/h), ainda mais eficiência na produção de energia eléctrica recuperada, a grande inovação tecnológica de duas unidades motrizes por carro (uma na dianteira e uma na traseira do chassis) e que irá permitir mais que duplicar a potência disponível por corrida para um total de 600kW, bem como o desaparecimento dos travões hidráulicos nas rodas traseiras. Um cardápio de inovações, portanto, para a próxima temporada.

De volta ao Principado, Mitch Evans (Jaguar) rapidamente se adaptou ao traçado sinuoso das ruas de Monte Carlo – “Pole Position”, mais três pontos para a contabilidade e confirmação do seu bom momento de forma, após duas vitórias na 4.ª e 5.ª rondas disputadas em Roma. Atrás de si na grelha, carros de três equipas diferentes, compostas pelos experientes Pascal Wehrlein (Porsche), Jean-Éric Vergne (DS Techeetah) e Stoffel Vandoorne (Mercedes), em mais uma demonstração de competitividade inequívoca por parte do pelotão.

Cinco luzes vermelhas e arranque para o “prato principal” do dia. Primeira volta relativamente limpa, liderança conservada por Evans e o grande vencedor da partida a acabar por ser Jake Dennis (Andretti), que conseguia subir cinco posições para se colocar em 10.º entre dois “Olivers” – Rowland (Mahindra) e Askew, este seu colega de equipa na Avalanche Andretti.

Com o “Attack Mode” a ser activado ao fim de quatro minutos e durante um período de estabilização da ordem de corrida, Nick Cassidy (Envision) é o primeiro a arriscar descer à zona de detecção situada na parte de fora da Curva 4 (Casino), naquela que viria a ser uma manobra de bom fruto na “roleta” do Mónaco. Enquanto Dennis e Cassidy iam galgando posições, Sam Bird fazia o percurso inverso, perdendo sete posições nos primeiros 12 minutos de corrida e acabando por desistir na viragem do primeiro terço de corrida com danos na suspensão do seu Jaguar.

Nesta altura, vários pilotos (entre eles o Português da DS Techeetah, António Félix da Costa) activavam o seu primeiro modo de ataque e os dois líderes Evans e Wehrlein iam “trocando galhardetes”, arriscando manobras sob travagem na aproximação à chicane da Curva 10. Isto trazia de volta à disputa o restante pelotão, que seguia colado a Evans e Wehrlein. Arredado da contenção parecia estar Nyck de Vries (Mercedes), o actual campeão em título a rodar pouco perturbado no 12.º posto.

Carlos Eduardo Lopes
Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).

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