Antevisão do GP da Hungria: “Mais vale tarde do que nunca”

    Max Verstappen consegue a sua primeira Pole Position, numa das sessões de qualificação mais intensas do ano. A proximidade entre os homens da frente era imensa, com Valteri Bottas a conseguir a segunda posição por uma diferença de apenas 18 milissegundos.

    Contudo, os homens da Ferrari têm um Domingo muito longo pela frente. O carro aparentou estar a um nível semelhante da Mercedes e da RedBull durante os treinos, porém, na hora da verdade da qualificação, foram mais uma vez colocados no sítio pelo maior inimigo da Scuderia: as curvas lentas. Conseguiam tempos muito competitivos nos dois primeiros setores, contudo, no último setor mais apertado perdiam várias décimas para os pilotos que terminaram nos três primeiros lugares.

    Os Mercedes pareciam ter a primeira fila da grelha de partida já reservada, mas tem havido uma pedra no sapato deles, Max Verstappen. O holandês continua numa forma monstruosa, e já mostrou por várias vezes no passado ser excelente a controlar uma corrida a partir da primeira posição. Logo, se Hamilton ou Bottas pretendem uma vitória, ou conseguem passar para a frente na primeira volta, ou tem uma montanha gigantesca para escalar.

    Pierre Gasly volta a mostrar um défice gigante para com o seu colega de equipa, conseguindo apenas a sexta posição, com uma diferença de quase nove décimas, ou seja, inaceitável.

    Mais atrás, onde começa o segundo pelotão, a Mclaren voltou a mostrar que a forma deste ano não é por acaso. Lando Norris e Carlos Sainz têm estado na frente durante todo o fim de semana, e mais uma vez fecham a quarta fila só para eles na qualificação, ou seja, tirando problemas estratégicos ou de fiabilidade. É esperado mais uma remessa de pontos saudável para a equipa britânica.

    George Russel esteve mais perto de pole position do que do seu colega de equipa…
    Fonte: Formula 1
    No que toca aos americanos da HAAS, Romain Grosjean, com o carro na configuração usada na Austrália, conseguiu chegar à Q3, ao contrário de Kevin Magnussen que se ficou por 15º com a configuração atual do carro. A equipa ainda a procurar compreender os problemas fundamentais do carro. Os franceses da Renault têm passado dificuldades durante todas as sessões, e a qualificação não foi melhor. Partem para a corrida de amanhã com Nico Hulkenberg em 11º, e Daniel Ricciardo em 18º.

    Uma das maiores histórias deste fim de semana, é o salto dado pela Williams. Tendo instalado grandes atualizações no carro no Grande Prémio da Alemanha, parece que só desta vez é que eles funcionaram. Robert Kubica não conseguiu ir além de 20º, contudo, George Russel conseguiu subir à 16ª posição, um feito notável, onde conseguiu bater o seu colega de equipa por mais de um segundo, e colocar-se noutra posição sem ser em último por pura performance e não fatores externos. Um feito gigante para a Williams, e certamente o momento alto da temporada, ainda mais que o ponto conseguido em Hockenheim. O britânico começará em 15º, após a penalização de três lugares de Antonio Giovinazzi por bloquear Lance Stroll.

    Após uma trilogia de corridas fenomenais, a Formula 1 chega à Hungria com a expectativa de cumprir novamente, mas tendo em conta a dificuldade de criar batalhas na pista, dificilmente será tão entusiasmante como as anteriores.
    Dito isto, o facto de Max Verstappen ter conseguido a pole position em vez da normal dobradinha da Mercedes, dá a entender que não será uma corrida tão previsível como muitas. O “Mad Max” está no momento mais alto da sua carreira, é facilmente piloto em melhor forma na Formula 1, e com a “Armada Laranja” mais uma vez presente, é muito possível que seja mais uma performance fenomenal do piloto da Red Bull.

    Estejam atentos a: Lewis Hamilton.

    Lewis Hamilton tem de ligar o modo pentacampeão se quiser vencer
    Fonte: Formula 1

    Apesar de ter vencido de forma dominante há duas corridas atrás em Silverstone, o britânico está numa daquelas fases dele em que tudo está mal com o carro. Há mil e uma razões para não conseguir a vitória ou a pole position e em que se nota que não está confortável com algo, o mais provável é o aperto que Max Verstappen e a RedBull Honda tem dado à Mercedes em algumas corridas.

    Mas ao começar na segunda fila na corrida, espero verdadeiramente ver o Hamilton verdadeiro, (aquele que é penta campeão e não o que faz queixinhas) a voltar a colocar Bottas no sítio, e a dar muito trabalho a Max Verstappen, parece mesmo que se aproxima uma batalha de titãs.

    Foto de Capa: Formula 1

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Luís Manuel Barros
    Luís Manuel Barros
    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.