Ayrton Senna. Génio… num carro… de Fórmula 1

    Não existem muitas mais palavras para descrever o tricampeão (1988, 1990, 1991) mundial brasileiro. Os seus anos de glória foram com a McLaren-Honda, onde levava o carro branco e vermelho às vitórias. As lutas com Alain Prost foram lendárias. Partiu cedo demais, no dia 1 de maio de 1994…

    Mas, Ayrton Senna, por tudo o que deixou em pista, ainda nos faz saltar de alegria. Para quem nunca o viu, como eu, os vídeos do Youtube são muito prestáveis. Mas, o documentário “Senna” trouxe uma visão ainda mais abrangente do melhor piloto brasileiro de sempre.

    Para mim, Senna acabou por ficar como “o que teria sido”, passo a explicar. Com uma morte tão repentina, ficamos a pensar “no que teria sido”. O brasileiro, em 1994, encontrava-se na Williams que tinha um carro fenomenal.

    Vejam as estatísticas, só na Fórmula 1. De 161 partidas, 41 foram vitórias, e 80 foram pódios. Para mim, números impressionantes. Começou em 1984 na Toleman e, já nesse ano, em sua “casa”, o Mónaco, qualificava-se em 13º e conseguia chegar em segundo (reza a lenda que se a corrida não fosse interrompida, Senna ultrapassaria Prost pela vitória).

    Em 1985 veio a Lotus, e o famoso carro preto com letras douradas fez com que o piloto de capacete amarelo fosse vitorioso pela primeira vez no Grande Prémio de Portugal, realizado no Circuito do Estoril, num domingo extremamente chuvoso. Uma masterclass, que até poderia ter acabado mal, se encontrarem as imagens, reparem o que acontece quando Senna passa a meta, na reta do circuito do Estoril.

    Mas, em 1988, com a mudança para a McLaren, toda a lenda de Senna começou. A luta em pista, fora dela, ao lado, onde fosse, com Alain Prost, trouxe imensos espetadores ao desporto motorizado. E trouxe os três campeonatos de Senna.

    Senna no Mónaco, em 1990

    Em 1992 e 1993, Ayrton e a McLaren estavam pouco competitivos e o brasileiro acabou por mudar-se para a Williams em 1994.

    1 de maio, Imola, Tamburrello…

    Mas, este dia, não pode ficar marcado só como um dia mau! Daqui para a frente o desporto motorizado mudou, a Fórmula 1 mudou. No dia 3 de maio de 1994 a FIA convocou uma reunião a pedido do Automóvel Clube Italiano, para rever os acontecimentos do fim-de-semana.

    Mais tarde, este órgão diretivo anunciou novas medidas de segurança para o próximo circuito, o de Mónaco. Estas regras incluíam: que a entrada e saída do pitlane passa-se a ser controlada por uma curva, forçando assim os carros a reduzir a velocidade. Nenhum mecânico da equipa seria autorizado a entrar, excetuando quando os pilotos fizessem uma paragem nas boxes.

    Também em Monaco, Niki Lauda voltou a formar a Associação de Piloto de Grande Prémio (GPDA). Os representantes eleitos foram Lauda e os pilotos Michael Schumacher, Gerhard Berger e Christian Fittipaldi. Após os trágicos acidentes ocorridos durante a temporada, o GPDA exigiu que a FIA melhorasse a segurança da Fórmula 1. A FIA respondeu rapidamente e introduziu as seguintes alterações nos regulamentos.

    Para Senna, com saudade, David…

    Foto de Capa: Wiki Commons

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