Stirling Moss: O Senhor Desporto Motorizado

    O que é que nos faz ficar para a história da Fórmula 1? Há três razões óbvias que me surgem no pensamento: ser campeão pelo menos uma vez, ser tão mau que as nossas peripécias ficam gravadas para sempre sob um coro de risos, ou ser um “piloto do quase”, e é neste último tipo de lenda que me vou focar.

    Para mostrar o que é ser o “piloto do quase” posso exemplificar com a carreira de Fernando Alonso na Ferrari de 2010 a 2013, em que pelo menos em duas épocas (2010 e 2012) lhe faltaram um total de 7 pontos para ser tricampeão mundial da Fórmula 1.

    O sujeito principal deste texto, passou por algo semelhante, mas a um nível ainda maior, numa altura em que se bateu com os “deuses” da Fórmula 1, como Juan Manuel Fangio ou Jack Brabham. Esse homem é Stirling Moss, que carregou desde aí, o título de melhor piloto que nunca venceu o campeonato mundial. Foram sete as vezes em que terminou em segundo ou terceiro lugar no campeonato.

    Se tivesse quatro rodas, Moss corria com ele
    Fonte: Formula 1

    Stirling Moss começou a sua carreira na Fórmula 1 em 1954, ao volante de um Maserati 250F privado. Foi uma temporada de afirmação, com um carro bem menos competitivo do que os bólides da equipa oficial da marca italiana, porém serviu como fonte de observação para Alfred Neubauer, o chefe da equipa da Mercedes. Em 1955 junta-se a Juan Manuel Fangio, formando uma dupla de excelência nos “Flechas de Prata” alemães.

    Neste ano consegue a sua primeira vitória, em Aintree, no Grande Prémio Britânico, após um duelo que durou toda a corrida com o seu “amigo e mentor” Juan Manuel Fangio. Este é o primeiro ano em que fica no malfadado segundo lugar.

    Também em 1955 é demonstrada aquela que é considerada a melhor característica de Moss, a sua versatilidade. Ao volante do Mercedes 300 SLR, Moss vence a lendária prova italiana, que era realizada em estradas públicas, ao longo de 1600 quilómetros. Sterling Moss conduziu a uma velocidade média de 157,65 km/h, terminando 32 minutos à frente do segundo classificado, o seu colega de equipa, Juan Manuel Fangio. Esta é, ainda hoje, considerada uma das melhores performances em toda a história do desporto motorizado.

    Considerada uma das melhores performances de todo o desporto motorizado, Mile Miglia 1955
    Fonte: Formula 1
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    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.