Williams Racing: O Orgulho mata

    Williams, este nome, no espaço de 30 anos, teve uma grande mudança de significado no mundo da Fórmula 1. Nas décadas de 80 e 90, quem ouvia este nome perguntava-se qual a inovação que eles trariam a seguir, que os faria dominar uma época inteira sem sequer produzir uma gota de suor, hoje, em 2019, todos nos perguntamos se eles têm sequer a capacidade de conseguir um único ponto no resto da temporada.

    São sete títulos mundiais de pilotos e nove de construtores a ganhar poeira numa prateleira qualquer em Grove, no Reino Unido. Tudo começou com o título de Alan Jones em 1980, passou pela rivalidade, ou melhor, guerra aberta de Nelson Piquet e Nigel Mansell, andou ali uns anos em que era a única equipa que conseguia dar alguma luta à dupla da McLaren com Ayrton Senna, decidiu dominar o inicio dos anos 90 com títulos para Mansell e Alain Prost, e depois 96 e 97 com os dois últimos títulos da equipa, onde o carro era tão bom, que conseguiu dar títulos ao Damon Hill e ao Jacques Villeneuve, caso para dizer wow.

    Mas, na altura, ninguém previa o que estava para a acontecer, a seguir houve dois anos mais negativos com os malfadados motores Mechachrome, mas em 2000, a BMW decidiu juntar-se à festa e tornar a Williams uma equipa de fábrica, o que lhes deu mais algumas vitórias e a nós deu-nos o fantástico Juan Pablo Montoya. Venceram em 2012 sem saber como com o Pastor Maldonado, e conseguiram vários pódios no começo da era híbrida, muito graças a um trabalho aerodinâmico muito bom, bom dinheiro vindo do patrocínio da Martini, e, acima de tudo, o estupendo motor que a Mercedes criou no início desta era, mas desde aí, a queda tem sido muito acentuada.

    Nos anos 2000, Montoya era dos poucos a deixar Schumacher em sentido…
    Fonte: Formula 1

    Há várias razões para este declínio em performance e prestígio. A primeira é, sem dúvida, o facto de a Williams ser uma equipa privada, ou seja, com os custos da Formula 1 a serem cada vez mais altos, é incapaz de competir com equipas como a Mercedes, Ferrari e Red Bull, que são financiadas por grandes empresas mundiais. A segunda razão é o facto de a Williams não querer deixar de ser uma equipa privada. E é neste ponto que me vou focar especificamente.

    É muito bonito querer manter o negócio na família, mas talvez se a nossa família não o conseguir fazer da melhor forma, mais vale passar para alguém que saiba o que está a fazer. A equipa em si é excelente, dos melhores que a Fórmula 1 tem, e é muito estranho, para mim, que o Paddy Lowe acabe de desenhar carros fabulosos na Mercedes, que foram campeões facilmente, e chegue à Williams e faça o pior carro da grelha. Estamos constantemente a ver que os mecânicos da equipa são os melhores, portanto, como é que é possível terem apenas um ponto esta época, que por sinal, foi conseguido com sorte?

    Jacques Villeneuve, o último campeão da Williams
    Fonte: Formula 1
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    Luís Manuel Barros
    Luís Manuel Barros
    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.