Grande Prémio da Grã-Bretanha – Mais um salto de Hamilton rumo ao título


Lewis Hamilton vence o Grande Prémio da Grã-Bretanha em Silverstone, o lar da primeira corrida de Fórmula 1 em 1950, tornando-se assim o piloto com mais vitórias no histórico circuito inglê. O britânico venceu ao aproveitar o timing do Safety Car, que foi chamado após um despiste de Antonio Giovinazzi, e assim saltar para a frente de Valtteri Bottas, que perseguia desde o ínicio da corrida, sendo que o finlandês já tinha parado para pneus algumas voltas antes.

Mais atrás, a luta pelo terceiro lugar mostrou-se intensa, tendo estado nas mãos de Charles Leclerc, Max Verstappen e Sebastian Vettel, em diferentes momentos da corrida. Durante várias voltas, o monegasco e o holandês continuaram a batalha do último Grande Prémio, na Áustria, mas desta feita com um Leclerc muito mais agressivo. No fim, deram-nos uma lição de como batalhar dentro dos limites legais num carro de Fórmula 1. Se eles são o futuro, que venha ele.

A batalha prolongou-se até às boxes, quando os dois pilotos decidiram entrar ao mesmo tempo para pneus. Os mecânicos da Redbull foram mais rápidos e os carros saíram lado a lado das boxes, sendo que na saída Verstappen adiantou-se, até perder de novo a posição para Leclerc e retomarem a batalha.

Até nas boxes Verstappen e Leclerc batalharam. Fonte: Formula 1

Foi pouco depois que Giovinazzi deixou o carro preso na gravilha, o que chamou o Safety Car. Vettel e Hamilton, que ainda não tinham parado, viram uma oportunidade de ouro e mergulharam nas boxes, ficando à frente de ambos os colegas de equipa. Os problemas estratégicos da Ferrari continuam, quando se esquecem totalmente de mandar Charles às boxes junto com Verstappen, e o piloto da Ferrari acaba por cair para a sexta posição atrás do holandês. Voltaram à guerra um com o outro, mas apesar de quase conseguir várias vezes, desta vez foi Verstappen a levar a melhor, recebendo de seguida uma ajudinha do seu colega de equipa, e subindo para quarto para atacar Vettel.

Leclerc ficou preso atrás de Pierre Gasly durante várias voltas, mas conseguiu uma manobra fabulosa, possivelmente a melhor da época, para subir para a quinta posição e atacar o último lugar do pódio.

Na volta 37, Verstappen tinha conseguido colar-se a Vettel e na curva Stowe leva a melhor sobre o alemão, mas o número cinco da Ferrari não desistiu e tentou a aproximação a Verstappen na chicane, porém, bloqueou as rodas, perdeu o controlo do carro acabando por chocar com força contra Verstappen, com o holandês a sair lentamente da gravilha e a cair para quinto. O alemão foi obrigado a mudar de asa dianteira, mais uma penalização de dez segundos, que o atirou para 15º.

Vettel perde o controlo e choca com Verstappen. Fonte: Formula 1

Isto permitiu a ascensão de Carlos Sainz para sexto, em mais uma corrida fantástica do espanhol, que foi ajudado pelo mesmo Safety Car que atirou o seu colega de equipa, Lando Norris para fora dos pontos. O espanhol viu-se obrigado a defender-se de Daniel Ricciardo, que não parou de atacar a sua posição até ao fim, contudo conseguiu segurar o “Honeybadger” e terminar como “melhor dos restantes”.

Kimi Raikkonen também foi capaz de executar uma estratégia perfeita e ficar na oitava posição, seguido de Daniil Kvyat, que de 17º, fez um excelente trabalho e aproveitou o Safety Car, e subiu para nono. A fechar os pontos, ficou Nico Hulkenberg, numa corrida apagada do alemão.

Após o espetáculo que foi dado na Áustria, a Fórmula 1 voltou a mostrar que afinal não está a morrer, pelo contrário, aqueles a quem o desporto vai ser entregue, a geração futura, está a mostrar uma qualidade absurdamente alta, nesta corrida em especial, Charles Leclerc e Max Verstappen. São dois pilotos de um nível de talento como já não se via há muitos anos, sendo os últimos pilotos que o fizeram Vettel e Hamilton.

Quando a Sebastian Vettel… O que aconteceu no Canadá, certamente que o está a prejudicar mentalmente, desde aí que o Charles o tem dominado completamente, tanto na qualificação como na corrida, e o erro que ele hoje cometeu, é um erro amador, desnecessário, um erro de alguém sobre imensa pressão. Com coisas destas, o rumor de ele se retirar no final da época cada vez parecem mais óbvios…

Já Hamilton, teve muita sorte no timing do Safety Car, e só por isso a vantagem é assim tão grande. A batalha entre os dois Silver Arrows estava acesa desde o inicio da corrida, mas o Safety Car facilitou as coisas ao britânico, dando-lhe uma vantagem gigante, mas é como diz o ditado, “a sorte favorece os audazes”.

Luís Manuel Barros
Luís Manuel Barros
O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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