GP França: Oh Jack, my Jack (Miller)!

    A CORRIDA: TEVE DE TUDO… COM MAIS UM SHOW DE JACK MILLER E DA DUCATI

    O circuito de Le Mans (para mais um GP de França) deu-nos mais uma grande corrida. Houve de tudo para os fãs de MotoGP, que não podem estar nas bancadas. Era um daqueles GP’s que a bancada aplaudia tudo aquilo que acontecia. Não viu? Segure-se connosco para contar tudo o que se passou!

    No arranque do GP de França ninguém esperava que chovesse. Oh wait! Sabiam que ia acontecer e isso ainda tornou a corrida mais interessante. Um bom arranque levou a que Jack Miller (Ducati) tomasse a liderança, mas existia uma grande batalha com as duas Yamaha de fábrica: Quartararo e Viñales. Na “cola”, vinham as Honda de Marc Marquez e de Pol Esparagaró, que também tinham arrancado bem.

    Apenas com duas voltas no circuito de Le Mans, a confusão começou no asfalto francês. Os pilotos estavam com permissão para trocar para as motos com os pneus destinados à chuva, mas Jack Miller, Fabio Quartararo e Francesco Bagnaia (Ducati) acabaram por ficar com penaltys evitáveis.

    A história de Miller neste GP devia ser emoldurada, porque acabou por ir à gravilha por um erro quando estava com a primeira moto. A ir para o pit lane, acabou por entrar com mais velocidade do que o permitido (70 km/h enquanto devia ir a 60) e acabou por ter não uma, mas duas long lap penaltys (uma volta maior num das curvas do circuito).

    Parecia que estava tudo destruído para Jack Miller (ou não), mas Fabio Quartararo também estava pronto para estragar a pintura ao ir para a box errada e sofreu também ele uma long lap penalty. Quem tinha saído muito bem no pit lane era Marquez que liderava a corrida…

    Apesar de Marquez liderar, não era o dia do seis vezes campeão do Mundo. Caiu na última curva do circuito, nada bonita de se ver, e acabaria por cair novamente. Desta última vez, acabou por ser na curva seis. Tinha tudo para liderar e ser dono e senhor, contudo, foi tudo por “água abaixo”, literalmente. Quem também não teve um dia muito interessante de ser visto foram as duas Suzukis. Joan Mir, atual campeão do Mundo, caiu e não voltou mais. Já Alex Rins caiu duas vezes na mesma curva (a três) e à segunda também não voltou ao asfalto.

    Com a queda de Marquez, a liderança era agora de um francês: Fabio Quartararo. A chuva começava a parar e as condições da pista começavam a não ser tão favoráveis aos pneus de chuva. Apesar das duas long lap penaltys, Jack Miller, que é um ás à chuva, teve vida fácil para apanhar a Yamaha de Quartararo e fazer uma corrida confortável. Uma corrida em que o australiano deu espetáculo.

    Johann Zarco (achas que me ia esquecer de tal performance? “nop!“) vinha a fazer uma corrida muito interessante. A escolha de pneus (médios de chuva) na troca de motos deu uma boa vantagem para o francês da Pramac Racing e conseguiu arrancar o segundo lugar a Quartararo. O francês da Yamaha sofreu muito e foi visível o estado do seu pneu da frente no final da corrida.

    Até ao final, vimos a gestão da Ducati e uma grande vitória por parte de Jack Miller, que herda a herança de Casey Stoner de uma vitória back-to-back, que não acontecia há quase dez anos. O pódio ficou completo com dois pilotos franceses: segundo lugar para Johann Zarco e o terceiro para Fabio Quartararo. As Ducati mais uma vez a provarem que estão muito bem, com dois franceses no pódio (algo que não acontecia há muito tempo) e com Quartararo a chegar de novo à frente do Mundial deste ano.

    Um grande destaque para as Tech 3 KTM, onde Danilo Petrucci ficou em 5.º lugar e Iker Lecuona na nona posição como as melhores KTM. Digo isto, porque realmente Brad Binder e Miguel Oliveira (as KTM de fábrica) tiveram um dia para esquecer, especialmente o piloto português que acabou por cair na curva três e não terminou a corrida. Outro piloto em destaque foi, sem dúvida, Alex Marquez (LCR Honda) ao ter uma grande corrida, onde partiu de 19.º e terminou em 6.º lugar.

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.