O barulho dos motores está prestes a fazer-se ouvir na MotoGP

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    Está quase a começar uma nova temporada de MotoGP e, com ela, chegam muitas expectativas e previsões. São muitos os que antecipam a época de 2024 como sendo uma das mais emocionantes dos últimos anos. É já no próximo dia 8 de março, no Qatar, que se inicia o primeiro Grande Prémio do ano, antecedendo o GP de Portugal, em Portimão (22 a 24 de março).

    Esta nova temporada tem uma particularidade quando comparada com as anteriores que se prende com um aumento do número de corridas, que incluem as corridas Sprint aos sábados – estreadas em 2023. Vão ser 42 corridas em 21 Grandes Prémios, durante nove meses, e, assim, torna-se na época de MotoGP mais longa de sempre na modalidade. Esta decisão não satisfaz todos aqueles que, em 2023, já se queixavam de um elevado número de corridas, tendo vários pilotos estado afastados nas corridas principais, devido a lesões contraídas nas corridas Sprint.

    Quanto às expectativas para se encontrar um novo campeão da modalidade, podemos prever que Francesco Bagnaia, atual bicampeão, e, o vice-campeão de 2023, Jorge Martin se vão manter como adversários diretos. Ainda assim, o novo piloto da Gresini Ducati, Marc Márquez, aparenta estar na sua melhor condição física desde a lesão de 2020 e pode ser um candidato ao título, visto ter em mãos uma das melhores motos. O italiano, Marco Bezzecchi, piloto da VR46, foi terceiro classificado na última época e promete estar empenhado em entrar na luta pelo título. A Ducati, que venceu os dois últimos títulos de MotoGP com Peco Bagnaia, vai continuar, com toda a certeza, a ser o fabricante principal.

    Relativamente aos restantes pilotos, Fabio Quartararo, que foi campeão do mundo em 2021, foi esperado, em 2022, com grande expectativa e entusiasmo para repetir o feito. O que aconteceu foi precisamente o oposto e o francês não correspondeu ao que se esperava da sua carreira, não vencendo uma corrida há mais de uma ano e meio. O seu colega de equipa, Alex Rins, tem um talento inquestionável e, caso haja um melhor ritmo de qualificação, os dois pilotos podem ter ótimos resultados ao serviço da Yamaha.

    A KTM que, em 2023, teve um ano consistente e conseguiu garantir o quarto lugar para Brad Binder no campeonato, aparenta ter tido uma boa pré-época.

    A Aprilia garantiu bons resultados nos testes, com Aleix Espargaró a adaptar-se melhor à moto e a ser mais rápido do que Maverick Vinãles e Miguel Oliveira. Veremos se a nova equipa-satélite da Aprilia, Trackhouse, vai apresentar bons resultados ou ficar aquém das promessas.

    A Honda tem duas caras novas, com Luca Marini a fazer dupla com Joan Mir. A marca nipónica, depois da saída de Marc Márquez, precisa de melhores resultados e veremos se se  consegue “reconstruir” depois da saída do espanhol. 

    Os testes de inverno não surpreenderam nem aguçaram a curiosidade para uma possível surpresa, nesta época.

    A Ducati voltou a estar acima dos seus adversários e dominou a pré-temporada, alcançando 355,2 km/h com Enea Bastianini. O segundo mais rápido foi Brad Binder, com a moto KTM a atingir 351,7 km/h.

    Marco Bezzecchi não teve uma pré-temporada fácil, tendo ficado de fora do top 10 de velocidades máximas. Em contraste, Fabio Di Giannantonio conseguiu bons resultados nos testes – quarto mais rápido – e pode ser um nome a ter em conta para este primeiro Grande Prémio, onde, em 2023, venceu o primeiro lugar.

    Se tivesse de fazer previsões mais precisas sobre esta nova temporada, sem dúvida que diria que Bagnaia aparece na pole position para voltar a ser campeão. Para além da sua clara boa forma desportiva, atual bicampeão mundial, tem em mãos uma Ducati que impera nas pistas e está dois passos à frente de qualquer outra fabricante. Ainda assim, é óbvio que espero que Miguel Oliveira consiga, finalmente, encontrar o seu ritmo consistente, junto de uma equipa segura e eficaz em ritmo de corrida, para que possa voltar aos pódios da categoria.

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    Mafalda Ferreira Costa
    Mafalda Ferreira Costa
    A Mafalda está no último ano da licenciatura em jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social (ESCS). É apaixonada por desporto e vê nele um hábito diário na sua vida. Desde sempre que acompanha futebol e Fórmula 1, tendo-se rendido recentemente ao ténis. Para além do desporto, a escrita é outra das suas paixões e vê no Bola na Rede a fusão perfeita para aliar esses dois mundos.