O início da temporada da MotoGP trouxe um novo calendário com novas etapas, com grande destaque para a primeira com local marcado no Autódromo do Algarve. No entanto, o meu destaque vai para outra etapa: o Grande Prémio do Cazaquistão.
Se alguma vez se considerou que a época de 2023 de MotoGP ia ser a mais longa, essa ideia acabou por ser contrariada a poucos dias do GP de Espanha quando a própria organização confirmou o cancelamento do GP do Cazaquistão de 2023. Na base da decisão está o atraso nos trabalhos de obras no circuito asiático.
A etapa estava marcada para entre 7 e 9 de julho no novo circuito de Sokol, seguida do GP dos Países Baixos, mas, após o cancelamento da prova, a pausa na temporada aumentou, fazendo com que as motas não regressem aos grandes palcos ao longo do mês de julho.
O intervalo de tempo sem provas pode-se comprovar como algo benéfico para as equipas, uma vez que, pela lógica, acabam por ter mais tempo para se prepararem para a seguinte etapa, conseguindo refletir nos possíveis erros da prova anterior e arranjar soluções para os mesmos. Ainda assim, nem tudo são rosas para a MotoGP.
O cancelamento do GP do Cazaquistão implica, ainda, mudanças no calendário. Como a organização ficou-se pela decisão de não substituir a etapa, os pilotos vão ter de esperar um ano para se poder estrear o circuito de Sokol, no entanto, o circuito da Índia já vai poder ser estreado na temporada atual, pertencendo ao duo de estreia de 2023.
Curiosamente, já é o quinto ano consecutivo que a MotoGP não consegue concretizar totalmente o calendário da temporada. Ora, a meu ver, poder-se-ia considerar não fazer um calendário que inclua provas que ainda estejam pendentes de decisões finais, porque acaba sempre a obrigar os pilotos e respetivas equipas e a própria organização a lidar com as consequências e alterações que possam surgir mediante mudanças súbitas.
Face à eliminação do GP do Cazaquistão do calendário de 2023, fica um total de vinte provas, com quatro já realizadas.
Artigo redigido por Mariana Gomes