O que nos diz o teste do Qatar? | MotoGP

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    Nova semana de teste, desta vez no Circuito Internacional de Losail no Qatar e o Bola na Rede, como sempre, resume tudo aquilo que aconteceu!

    PRIMA PRAMAC RACING

    Na primeira hora de teste, somente Michele Pirro estava em pista pela Prima Pramac Racing. Jorge Martín voltou na segunda hora e continuou o que já tinha mostrado no teste anterior, estabelecendo o segundo melhor tempo, caindo para a quarta posição na hora seguinte. O espanhol concluiu o primeiro dia na segunda posição, próximo de “Pecco” Bagnaia.

    Novamente com um início em pista além da primeira hora, Jorge Martín só iria entrar em pista quase a meio do teste. Michele Pirro foi realizando o trabalho mais pesado, com a realização de um número elevado de voltas, Martín regressou com a sua rapidez habitual, mas longe dos tempos de Bagnaia. Com o decorrer do dia, o espanhol foi-se aproximando, no entanto, não foi além da sétima posição.

    DUCATI LENOVO TEAM

    Francesco Bagnaia e Enea Bastianini só entraram em pista na segunda hora do teste devido ao vento elevado que se fez sentir na primeira hora de teste, não realizando tempos particularmente rápidos. O mesmo aconteceu na hora seguinte, provavelmente devido à realização de programas de teste, a partir daí, ambos os pilotos foram melhorando os seus tempos. Bagnaia acabou com o melhor tempo do primeiro dia depois de ter ido para a pista com o novo pacote aerodinâmico completo, enquanto Bastianini ficou-se pelo oitavo lugar, num dia em que os tempos ficaram muito próximos uns dos outros. “Pecco” referiu que realizou uma volta fantástica mesmo sem o pneu mais macio, fazendo avanços na entrega de potência da moto e dos novos apliques aerodinâmicos, Bastianini referiu que não se sentia a 100% em termos físicos, mas que conseguiu atingir os objetivos da equipa para o primeiro dia.

    No segundo dia, os pilotos não entraram cedo em pista, mas quando o fizeram foi para deixar todo o paddock em sentido, com Bagnaia a estabelecer bons tempos, trocando depois com Bastianini, numa clara diferença de realização de programas de teste. O ótimo trabalho da equipa foi concluído com um estrondo de Bagnaia, ao realizar a primeira volta abaixo do minuto e 51 segundos, com Bastianini logo atrás de si, na segunda posição, numa clara demonstração de força por parte da Ducati. No final do teste ambos os pilotos mostraram-se prontos para o início das corridas.

    PERTAMINA ENDURO VR46 RACING TEAM

    Fabio Di Giannantonio e Marco Bezzecchi só entraram em ação na segunda hora, com o primeiro a realizar logo boas marcas, ao contrário de Bezzecchi que teve um início de teste mais tímido. As restantes horas tiveram diversas diferenças de performance entre os dois, num sinal claro da realização de programas de teste à moto. No final do dia, Di Giannantonio acabou na quinta posição e Bezzecchi na 11ª, mas igualando as suas performances com o verificado nas restantes equipas.

    Com uma entrada de pista a meio do segundo dia, tanto Marco Bezzecchi como Fabio Di Giannantonio, demonstraram melhorias na performance, em relação ao primeiro dia, ao realizar, consecutivamente, tempos rápidos que os colocaram no top 3. No final do teste, Di Ginannatonio ficou na oitava posição e Bezzecchi na décima, mas com claros sinais de melhoria em relação ao primeiro dia.

    RED BULL KTM FACTORY RACING

    Inicio tranquilo para Miller e Binder, com o sul-africano a focar-se na realização de “long runs” e Miller a estabelecer tempos rápidos, o trabalho dos dois foi contrário à medida que as horas avançaram. No fim do primeiro dia, Brad Binder foi o melhor da equipa com o quarto melhor tempo da classificação, enquanto Jack Miller ficou-se pela décima posição. Destaque para a não utilização da nova entrada de ar, que faz parte da novo pacote aerodinâmico, a KTM parece preferir a utilização da entrada de ar antiga.

    Assim como as restantes equipas da frente, também a KTM só entrou em pista a meio do dia de teste, com tempos modestos que foram melhorando progressivamente, mas a nunca serem excelentes. Foi claro o esforço da equipa nas simulações de corrida, ao realizar um número elevado de voltas seguidas, com Brad Binder a acabar na nona posição e Jack Miller na 11ª.

    APRILIA RACING

    A equipa com maior destaque neste primeiro dia de teste, com a experimentação de diferentes apliques aerodinâmicos em adição aqueles que demonstraram no teste de Sepang, com resultados diferentes em ambos os pilotos que procuraram ajustar-se a estas adições. Viñales conseguiu logo estabelecer bons tempos nas suas primeiras voltas, enquanto Aleix Espargaró demonstrou mais dificuldades, que foram ultrapassadas com o decorrer do teste, acabando na terceira posição, com Viñales na sexta. De salientar que a Aprilia concentrou os seus esforços no “set up” de corrida, revelando que o novo motor só será utilizado na primeira corrida do ano.

    O segundo dia foi a confirmação do desenvolvimento da Aprilia, com ambos os pilotos a estabelecerem bons tempos e a demonstrarem um elevado ritmo com a moto. Acabaram o dia com Aleix Espargaró na terceira posição e Maverick Viñales na sexta.

    GRESINI RACING

    Novo teste com um início discreto para a Gresini, mas sem as dificuldades sentidas no teste de Sepang. Os irmãos Marquéz foram melhorando os seus tempos, com Marc a realizar as melhores marcas, a situação inverteu-se até ao final do dia, com Alex Marquéz a ficar-se pela sétima posição enquanto Marc Marquéz não fez melhor do que a 16ª posição, pouco acima da marca do minuto e 53 segundos.

    O segundo dia começou com uma melhoria de ritmo por parte de Marc Marquéz, claramente à procura dos limites da sua moto. Alex Marquéz só começou a estabelecer os melhores tempos na parte final do teste, no entanto não foi além da décima terceira posição, enquanto o seu irmão intrometeu-se no meio das Aprilias na quarta posição.

    MONSTER ENERGY YAMAHA MOTOGP

    Novo teste na busca pelo regresso à glória na MotoGP, com começo forte por parte de Fabio Quartararo, num dia em que a Yamaha apresentou novidades na sua moto, com uma nova disposição do cano de escape e novas asas traseiras. Com o avançar do primeiro dia, Quartararo foi descendo de posições, enquanto Alex Rins não conseguiu estabelecer um bom tempo. No final, o francês ainda conseguiu chegar ao décimo melhor tempo, enquanto Rins não conseguiu melhorar as suas marcas acima do minuto e 53 segundos, assim como Cal Crutchlow.

    Aléx Rins foi dos primeiros a sair para a pista, numa clara demonstração de que ainda há muito trabalho a ser feito para se habituar à sua Yamaha, acompanhado por Cal Crutchlow e Fabio Quartararo, já perto do meio do dia de teste. O espanhol demonstrou melhorias na sua performance, no entanto, tanto ele como Quartararo não conseguiram chegar ao top 10, ficando-se pela 16ª e 14ª posições. Cada vez é mais claro que esta será mais uma temporada de reconstrução por parte da Yamaha.

    TRACKHOUSE MOTOGP

    Um bom primeiro dia para a equipa de Miguel Oliveira, com o português a realizar bons tempos nas primeiras horas, até que Raúl Fernandéz, recuperado da queda do teste de Sepang, procurou recuperar o tempo perdido, conseguindo-o ao realizar ótimos tempos por volta. Ao contrário de Miguel Oliveira que não conseguiu sair da marca do minuto e 53 segundos, num dia em que se pareceu focar nas realização de “long runs” com a sua moto.

    O segundo dia começou apenas a meio do dia, com Raul Fernandéz a estabelecer logo tempos rápidos que manteve até ao fim do teste, já Miguel Oliveira continua a não deslumbrar juntando-se à traseira do pelotão. No fim do teste, o espanhol ficou numa incrível quinta posição enquanto o português não foi além da décima segunda posição. Miguel Oliveira parece ter ainda algum trabalho a fazer para voltar à sua melhor forma, com “nova” equipa e um novo e lendário diretor de equipa, os próximos dois anos parecem ser decisivos para a carreira do português no MotoGP.

    REPSOL HONDA TEAM

    O primeiro dia teve resultados muito distintos para os pilotos da Honda, com Joan Mir a demonstrar melhorias na sua adaptação à moto e Marini ainda com algumas dificuldades. Ambos realizaram “long runs” no início do dia, até que Mir conseguiu realizar bons tempos, próximos do restante pelotão, enquanto Marini não passou da marca do minuto e 53 segundos.

    Começando também a meio do dia, Joan Mir e Luca Marini não demonstraram nada de novo, comparativamente com o primeiro dia, não conseguindo sair do fundo do pelotão. No entanto, Joan Mir concluiu os testes com o foco virado para o início das corridas, enquanto Marini referiu que sentiu que progrediu no teste no Qatar. Claramente a Honda ainda têm um longo caminho a percorrer para regressar às vitórias.

    LCR HONDA

    Impossível dissociar o trabalho da LCR Honda, da equipa principal, com uma entrada em pista tardia, Johann Zarco e Takaaki Nakagami realizaram trabalhos de simulação de corrida, com a realização de “long runs”. Perto do final do dia, ambos os pilotos conseguiram realizar voltas rápidas dentro do minuto e 52 segundos, à semelhança das restantes equipas, dando sinais de melhorias.

    Com muito trabalho pela frente, Nakagami saiu cedo para a pista, Zarco só o acampanhou a partir do meio do dia. Ambos não realizaram performances particularmente encorajadoras, com Zarco a realizar os melhores tempos, mas a ficar muito longe da metade do pelotão, acabando na décima sétima posição à frente de Nakagami que acabou na décima oitava posição.

    RED BULL GASGAS TECH3

    O “rookie” Pedro Acosta começou este teste com a mesma vontade do último, saindo logo para a pista enquanto os restantes pilotos aguardavam por melhores condições. Tanto Acosta como Augusto Fernandéz, conseguiram realizar um elevado número de voltas nas primeiras horas, estabelecendo bons tempos, no entanto, o “rookie” não impressionou como no teste de Sepang e ficou-se apenas pela 15ª posição, enquanto Fernandéz ficou no grupo de pilotos que não saíram da marca do minuto e 53 segundos.

    Augusto Fernandéz foi dos primeiros a sair para a pista no segundo dia de teste, seguido de Pedro Acosta, algum tempo depois, o “rookie” continua a demonstrar boas capacidades, com Fernandéz a revelar mais dificuldades. No fim do dia, Pedro Acosta terminou na 15ª posição, enquanto Augusto Fernandéz ficou pela 21ª. Acosta parece ter a capacidade de surpreender o paddock, naquele que parece vir a ser um ano difícil para Augusto Fernandéz.

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    João Magalhães
    João Magalhães
    Desde pequeno a seguir Futebol, Fórmula 1 e MotoGP, apaixonado pelo desporto, com Licenciatura em Gestão do Desporto e com o grau um de Treinador de Futebol. Ambicioso, lutador e sempre com vontade de saber mais, espera tornar o desporto mais simples e ainda mais interessante para os seus leitores.