Sem dúvida alguma que para quem acompanha Moto GP dia a dia, a notícia do iminente abandono da “Team Suzuki Ecstar” foi inesperada, apesar de não ser a primeira vez que uma situação deste género acontece na construtora japonesa.
Em 2011 a marca fruto da crise económica mundial à data viu-se forçada a abandonar a categoria rainha de motovelocidade, ausência essa que não durou muito tempo, voltando depois em 2015.
Esta notícia não faz sentido para muitos devido ao facto de a Suzuki ter sido campeã com Joan Mir há dois anos atrás e na verdade, a marca não apresentou qualquer justificação sobre o assunto.
Quem já veio a público falar sobre o assunto foi a Dorna, empresa que detém a Moto GP, através de um comunicado oficial em que a empresa reitera que a decisão da marca abandonar a Moto GP “não é unilateral”, ou seja, mesmo que a decisão da construtora nipónica se mantenha, não quer dizer que de facto saiam, relembrando também a obrigação contratual que existe entre ambas as partes até 2026.
Dorna alerta Suzuki: Decisão sobre saída da MotoGP não pode ser “unilateral”#MotoGPnoMotorsport https://t.co/Ygduj9gZ0O pic.twitter.com/lBDpKxL2B9
— Motorsport Brasil (@Motorsport_br) May 3, 2022
Apesar da dúvida pairar no ar, a verdade é que esta notícia poderá agitar o mercado de pilotos para a próxima temporada, sendo que será a denominada “silly season”, ou seja, uma altura onde o mercado está muito agitado e ocorrem movimentações de pilotos de um lado para o outro, isto devido ao facto de só quatro pilotos do grid, terem os seus lugares assegurados após 2022.
Joan Mir estava decidido a renovar com a marca e Alex Rins tem o lugar algo tremido, sendo que no caso de Mir, especula-se no meio que a Honda poderá ser a nova casa do piloto espanhol, isto numa altura em que o compatriota Pol Espargaró, colega de Marc Márquez na Repsol Honda Team, se encontra no último ano de contrato e ao que tudo indica, a construtora japonesa não tem quaisquer intenções de renovar o seu vínculo à mesma.
Mir tem tido uma temporada muito positiva até ao momento, com uma GSXR RR em alto nível, o que faz com que a ideia de ter Márquez e Mir na Honda, que tem vindo a melhorar de ano para ano e esta temporada é a construtora que tem a moto mais explosiva a seguir à Ducati, seja bastante entusiasmante.
Este assunto será então alvo de atenção por parte da Dorna até ao final da temporada e poderá ditar o adeus dum peso pesado do motociclismo.
Foto de Capa: Suzuki – MotoGP