Pode muito bem ter sido a corrida com mais casos que já assisti. Se o MotoGP tivesse um programa de segunda à noite, e certamente iria dar controvérsia, mesmo com acesso a todas as repetições possíveis e imagináveis.
Vamos começar, e obviamente que foi antes do arranque que existiu o primeiro caso.
Quase todos os pilotos tiveram uma má escolha de pneus, optaram por pneus de chuva e à última da hora decidiram mudar para pneus slicks, todos, à exceção de Jack Miller da Pramac, que optou por levar logo os pneus para piso mais seco. Situação que levou a corrida a ser adiada por questões de segurança. E numa situação normal, os pilotos que fizeram isso teriam de partir das box’s. No entanto, como eram 23 pilotos, a organização decidiu que saíssem da linha de partida, a uns 15 metros de distância de Jack Miller.
Quando estava já tudo preparado e os pilotos nas linhas de partida, eis que surge mais um caso, Marc Márquez deixou a moto desligar-se. Mas ao invés de ser obrigado a ir para as box’s, conseguiu ligar a moto e deixaram-no voltar para o seu lugar.
E assim começou a corrida, com Jack Miller a sair uns bons metros na frente, mas que pouco duraram, já que Márquez com um ótimo arranque facilmente o apanhou poucas voltas depois. Caso tivessem saído das box’s de certeza que a vantagem teria durado mais.
Nesta altura, Johann Zarco, uma das minhas apostas para este campeonato, teve uma ultrapassagem um pouco mais imprudente e tocou em Dani Pedrosa, fazendo com que este sofresse uma queda.
Quando Márquez pensava que ia ter uma corrida tranquila na frente, visto o ritmo do espanhol ser superior a todos os outros, eis que a direção de corrida o penaliza com uma passagem pelas box’s (ride through), fazendo com que a 19 voltas do fim fosse para 19º. Nesta altura, Jack Miller assume novamente a liderança, com Rins, Zarco e Crutchlow logo atrás.
E aqui aparecem mais casos, Márquez com um ritmo diabólico, e ao tentar subir uma posição acaba por tocar em Aleix Espargaro. Novamente leva a direccão de corrida a enviar uma mensagem para o campeão do mundo, desta vez para perder uma posição. E assim foi, deixou-se ultrapassar, mas voltou ao ataque logo de seguida.
Numa corrida em que aqueles quatro pilotos lutavam pela liderança, Dovizioso, Vinales e Rossi lutavam apenas pelo quinto lugar. E nesta altura, Márquez já estava em 8º.
Ultrapassou Dovizioso e sobe ao sétimo lugar, mas queria mais e ia agora atras de Valentino Rossi.