Rally Dakar | Epopeia Saudita chega ao fim

    O Rally Dakar chegou ao fim. Foram 12 dias de competição, 12 dias de superação, tanto para máquinas e pilotos. Depois de apresentadas as diferenças desta edição (CLIQUE AQUI), marcada também pela pandemia da COVID-19, todos os que terminaram para nós são vencedores. Tal como os que deram a vida pela competição serão sempre heróis.

    Depois de se começar em Jeddah, o Dakar fez o círculo e terminou hoje em Jeddah. Nas motos, a Honda voltou a fazer história: depois de vencer a edição de 2020, na edição deste ano Kevin Benevides e Ricky Brabec deram o 1-2 à equipa do português Ruben Faria, que é diretor desportivo. Este 1-2 para a Honda era algo que não acontecia para o construtor japonês desde 1987, sendo a primeira vitória para Benevides, na sua quinta participação.

    Nos carros, como frisamos no artigo no dia de descanso, as “raposas velhas” continuavam a dominar. A luta foi feita a dois, entre Stéphane Peterhansel e Nasser Al-Attiyah. No final, o Buggy do francês foi o melhor, que conquistou assim a vitória 14 no Dakar. Juntando às seis vitórias nas motos, Peterhansel tem agora oito vitórias nos carros. São participações ininterruptas desde 1988, participando assim em cinco décadas diferentes. Para a XRaid, é um pódio muito saboroso, com Carlos Sainz a juntar-se na terceira posição, depois de vários problemas de navegação na primeira semana.

    Destaque também para a BRX, que estreou o seu carro com Sébastien Loeb e Nani Roma. Loeb não terminou, mas Roma levou o carro da Prodrive até à quinta posição, a melhor classificação de um estreante 4X4.

    Nos Quads, a meio da semana Manuel Andujar já era líder e no final tornou-se vencedor do Rally Dakar. O piloto argentino foi 29.º na estreia em 2018. No ano seguinte, terminou entre os cinco primeiros e hoje foi ao lugar mais alto do pódio. É a sétima vitória de um piloto do país das pampas nesta categoria.

    Nos SSV, cinco líderes diferentes ao longo destes 12 dias de competições. No fim, Francisco ‘Chaleco’ Lopez recuperou dos problemas durante o Dakar, e terminou na frente, juntamente com Juan Pablo Vinagre. Depois de ter tentado a sorte nas duas rodas, o piloto do Chile junta a vitória em 2019 com mais uma vitória em 2021, nos SSV, claro.

    Nos camiões, domínio Kamaz. Desde 1996 que o fabricante russo tem 18 vitórias e em 2021 a armada Kamaz voltou a dominar. A tripla do Kamaz 507 composta por Dmitry Sotnikov, Ruslan Akhmadev e Ilgiz Akhmetzianov levaram ficou no lugar mais alto do pódio. O Kamaz #501 de  Anton Shibalov, Dmitri Mikitin e Ivan Tatarinov e o Kamaz #509 de Airat Mardeev, Dmitriy Svistunov e Akhmet Galiautdinov completou o pódio, num 1-2-3 Kamaz, algo que não acontecia desde 2015.

    Foto de Capa: Dakar Rally

    Artigo redigido por David Pacheco e Helena Escaleira

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