Rally Dakar | Epopeia Saudita chega ao fim

    MOTOS: HONDA FAZ, MAIS UMA VEZ, HISTÓRIA

    Fonte: Dakar Rally

    Nas motos, a KTM queria voltar ao lugar mais alto do pódio. Mas, logo na segunda etapa, Matthias Walkner ficou pelo caminho, numa altura em que rodava no pódio. O austríaco encontrou problemas técnicos na sua KTM 450 Factory e não conseguiu estar nas posições mais altas. Já Toby Price teve uma queda feia, onde acabou por ser obrigado a desistir: «Parti finalmente o 30.º osso. Não me lembro de muito [do acidente], mas agora tenho uma clavícula, um ombro e uma mão dorida e que terão de ir à cirurgia. Triste por não terminar e desiludir a equipa e os meus patrocinadores, mas as corridas são assim», afirmou Price nas suas redes sociais.

    Kevin Benevides passou à liderança na categoria, mas à entrada para a etapa 12, a última, o argentino tinha poucos minutos de vantagem para Sam Sunderland e Ricky Brabec. No final, Benevides e Brabec rodaram juntos e terminaram com um 1-2 para a Honda, relegando Sunderland para a terceira posição. No final, o diretor desportivo da Honda, o português Ruben Faria, afirmava: «Este Dakar foi muito intenso e disputado. Superámos as restrições da COVID-19 e pudemos participar com a formação completa na corrida. Estivemos muito fortes durante toda a prova. Começámos bem o prólogo, mas as primeiras duas etapas, com mais navegação, foram mais complicadas por abrirmos a pista. A partir da quarta etapa, dominámos a prova, como se viu, com um trabalho limpo e muito profissional de todos”, frisou o algarvio, que conta, também, com a ajuda de Hélder Rodrigues na formação japonesa.

    Para o vencedor, Kevin Benevides, «foi uma corrida incrível até ao último minuto, onde no final pude soltar-me e chorar de entusiasmo por ter conquistado a vitória. Não me preparei apenas durante o ano, mas sim uma vida inteira para isto. Estou muito feliz e não tenho palavras para explicar o que sinto».

    Em termos de portugueses, Joaquim Rodrigues foi o melhor classificado. O piloto da Hero realizou um Dakar dentro das possibilidades da Hero, que ainda não consegue competir com as motos de topo. Apesar disso, a prova de 2021 foi especial para o português, que a fez com o seu cunhado, Paulo Gonçalves, a olhar pela moto #27. Rodrigues terminou assim na 11.º posição, a apenas 22 minutos da 10.º posição.

     

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    Também na Hero, o luso-germânico Sebastien Buhler levou a moto indiana até à 14.º posição final. Já Rui Gonçalves, apesar duma queda esta semana, conseguiu levar a Sherco até à 19.º posição final, um excelente resultado para o estreante no Rally Dakar e Campeão do Mundo de Motocross MX2 em 2009.

    Por fim, Alexandre Azinhais não conseguiu terminar na geral, mas levou a sua KTM até ao fim, rodando geralmente entre o 60.º primeiros nas etapas.

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