5. O AZAR DE LOEB É A SORTE DE LOEB
Sébastien Loeb chegava ao seu oitavo Rally Dakar com o objetivo de melhorar o segundo lugar de 2018 e 2022. O francês Bahrain Raid Xtreme (BRX) até começou bem, ao obter dois segundos lugares consecutivos em etapa, sendo que apenas Carlos Sainz estava à frente de Loeb, por uma margem ténue. Por acréscimo, o eneacampeão do WRC consegiu ainda ganhar uma vantagem de 7 minutos para Nasser Al-Attiyah, o campeão de 2022.
Contudo, a corrida sofreu uma alteração drástica no terceiro dia, ou seja, na 2ª etapa. Um dia com 589 km de extensão, o maior obstáculo no percurso era mesmo a abundância de pequenas pedras que podiam causar dânios sérios aos pneus. Foi o que aconteceu a Sébastien Loeb que perdeu cerca de 1 hora e 26 minutos, pelo que o próprio piloto gaulês admitiu que a luta pela vitória estava acabada para si. Foi também esta a postura de Guerlain Chicherit que ficou o carro completamente preso e acabou por perder ainda mais tempo que o piloto da BRX.
É possível dizer que o incidente de Loeb acabou por ter um “efeito borboleta” na história do automobilismo ao servir de causa indireta para um recorde que Loeb viria a estabelecer nesta edição da prova. Já sem objetivos na geral, podia correr mais riscos, sobretudo, sem ter de se preocupar com a reação dos líderes.