3. O CAMPEONATO DAS MOTAS
Se houve categoria do Dakar bem disputada em 2023, foi a das motas. Nas sete primeiras etapas, sete vencedores diferentes, este campeonato nem começou da melhor maneira para o espetáculo com Ryan Sunderland, campeão de 2022, a abandonar logo na segunda etapa. O britânico voltava a ter a mesma sorte de 2019, ano em que entrava também como campeão, mas em que também foi forçado a abandonar o Dakar.
Daniel Sanders foi o primeiro a acomodar-se na liderança durante alguns dias, com alguns minutos para os concorrentes. Contudo, um mau dia foi o que bastou para que o piloto da Red Bull GasGas Factory ficasse de fora da luta pela vitória após perder mais de 17 minutos e meio. Skyler Howes assumia a liderança de um campeonato que após 7 etapas, tinha apenas 2 minutos e 49 segundos entre primeiro e sexto lugar, com 13 segundos entre os três primeiros classificados. Avança-se um dia e a vantagem de Skyler Howes para Toby Pricer era de apenas 3 segundos, a mais curta distância de sempre na história do Dakar.
No penúltimo dia, Kevin Benavides foi capaz de passar de mais de 2 minutos de atraso para Toby Price (o líder na altura) para apenas 12 segundos antes da etapa final e Skyler Howes era terceiro com apenas um minuto de atraso. Benavides venceu a última especial com 55 segundos para Toby Price e venceu o Rally Dakar, repetindo o título de 2021.
Se toda esta descrição pareceu confusa, reflete o quão disputada e aberta foi esta edição do Rally Dakar no que às motas diz respeito.