Cai neve em Nova Iorque, mas na Suécia não caiu, pelo menos não como seria de esperar. O Rali da Suécia é a única ronda com a qual podemos relacionar, verdadeiramente, o inverno. É a única prova que concilia motores quentes e estradas geladas, na qual somos presenteados com altas velocidades, temperaturas muito baixas, aquilo que podemos chamar de “neve a sério” e o salto em Colin’s Crest. Ou pelo menos assim deveria ter sido.
O país que recebeu a competição, este mês, foi surpreendido por temperaturas mais elevadas do que as normais nesta altura do ano. A situação já tinha alarmado a organização da competição pelo facto de impedir a realização da prova em determinados troços e esta acabou por encurtar a mesma (inclusive 21,19 km eliminados do mapa num só dia) para cerca de 140 quilómetros, que se dividiram em nove especiais, sendo que estavam previstas o dobro das mesmas.
Desta forma, a “prova de inverno” realizou-se em condições muito diferentes do habitual, consequência da falta de gelo e neve, porém, nada disto diminuiu o grau de dificuldade da prova.
Ainda assim, as alterações da prova não a fizeram perder a emoção que seria de esperar de um rali. Com a emoção vem a competitividade, o esforço, a demonstração do melhor dos melhores na luta pela vitória e, desta vez, a vitória pertence ao galês Elfyn Evans (Toyota Yaris) que dominou o rali, ganhando metade das especiais. O piloto conquistou este domingo a segunda vitória da carreira ao vencer o Rali da Suécia e encontra-se na liderança do Campeonato do Mundo com 42 pontos, a mesma pontuação que Thierry Neuville (Hyundai).