Finalmente Khabib
O combate não surpreendeu. Khabib dominou por completo. Ainda assim, muitos ficaram surpreendidos com a performance de Iaquinta, que acabou por expor algumas fragilidades no jogo de striking do russo.
Ao final dos cinco assaltos, os juízes consideraram, por unanimidade, que Khabib era o legitimo vencedor. O cinturão que em tempos foi de McGregor, está agora à cintura do lutador do Daguestão.
Conor não manda aqui!!!
Sim, McGregor é a principal figura do universo UFC. Sim, é uma estrela do desporto, vende bilhetes como ninguém, é uma fonte de receitas garantida e é um dos melhores lutadores da história da MMA.
Mas o que ficou provado, a meu ver, com a edição 223 do UFC, é que a organização vai continuar pujante mesmo que o irlandês insista em arranjar problemas em pubs ou a tentar agredir de forma bárbara um colega de profissão. Independentemente das suas motivações, McGregor não poderia nunca ter feito o que fez. Talvez se julgue invencível, acima da lei, acima do mundo. Talvez sinta que o mundo se moldará sempre às suas exigências. Talvez tenha perdido a humildade que o seu difícil início de vida lhe terá certamente providenciado.
A postura de i don´t give a f#*### é ótima em conferências de imprensa, serve na perfeição os esforços de promoção de um evento desportivo, mas não se enquadra naquilo que são os valores de uma arte-marcial.
Obrigado a Al Iaquinta e a Khabib por terem mostrado ao irlandês que o respeito pelo outro é um dos principais valores das artes marciais.
Foto de Capa: UFC
Revisto por: Rita Manique