Os 5 Championship Manager e Football Manager mais marcantes

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    Numa altura em que se preparam os fãs para dizer adeus ao Football Manager 2023 – grátis até 11 de Outubro para assinantes Amazon Prime – e abraçarem o de 2024, que se sente benfiquista pela foto de capa, propôs-se o Bola na Rede a relembrar cinco dos títulos mais memoráveis da marca.

    Tentámos fazer o exercício simples de assinalar aqueles que maior mudança representaram na jogabilidade; tentámos desde lá atrás, do CM ’93, perceber quais e como mudaram o legado; Quais aqueles que se tornaram de culto e que ainda hoje são valorizados.

    Dos mais recentes, não tocámos em nenhum, por nos parecer desnecessário relembrar lançamentos ainda tão vivos na vida do clássico jogador de Football Manager, que vive consoante o que o jogo lhe pede ou lhe dá. Horas de sono perdidas, desencontros, o equilibrismo no limiar do vício. Lembramos o mais ínfimo pormenor de qualquer edição que tenhamos jogado.

    5.

    CM 97/98 – A segunda série do Championship Manager foi um estrondoso sucesso. Se na primeira série – com o ’93 ou o Italia – se tinham aberto as revolucionárias portas da simulação do dia a dia dum treinador, é na fornada seguinte que a lenda se solidifica: o 96/97 já possibilita jogar noutra liga que não a inglesa; e no 97/98 são já nove as ligas jogáveis – incluindo a estreante Portuguesa – com a hipótese de finalmente desbravar dois ou mais campeonatos no mesmo save.

    Finalmente, puderam os fãs ser campeões nas Top5 depois de ganhar a Champions com um dos Três  Grandes, já que as competições europeias eram agora desenhadas da forma mais fiel possível à realidade: o que, no entanto, dificultava a coisa, já que em 96 só era qualificado um representante português.

    E se estávamos sem grande paciência para competir da maneira mais digna? Recorríamos então ao inédito Editor e inventávamos uma máquina com 20 valores em todos os atributos que, curiosamente, tinha o nosso nome.

    4.

    CM 01/02 – O culminar de toda a evolução da equipa Eidos/Sports Interactive. O jogo que ainda hoje recebe actualizações e continua na berra entre os fãs.

    A simplicidade juntava-se ao detalhe e eram os dois carregados às costas pela velocidade: a diversão era garantida com o quão intuitivo e apressado se tornava o jogo. Tudo bem que a IA estava nos primórdios e o CPU era facilmente desbaratado pelas táticas mais assertivas, mas descobrir a poção mágica requeria ainda assim entretida sessão de tentativa e erro.

    Nada era muito complexo nem demasiado fácil. A não ser quando juntávamos Tsigalko a Tó Madeira.

    3.

    FM 2005 – Um estrondoso sucesso, a primeira versão de Football Manager. Passou a chamar-se assim depois da Sports Interactive se divorciar da Eidos e precisar dum novo embrulho para o que tinham criado com a Sega.

    Ao virar as costas, os amigos tornaram-se concorrentes: os da Eidos tiveram apenas direito à marca, os da SI ficaram com a parte técnica do projecto.  Gerou-se à enorme expectativa naquele final de 2005, para ver quem sacava o melhor jogo.

    Como é natural, ganhou o que precisou de inventar menos – o Championship Manager 2005 foi um fracasso, cheio de bugs e problemas estruturais fruto da necessidade de criar um jogo do zero. O Football Manager, aproveitando o balanço, lançou-se ao mercado na altura devida – em Outubro, seis meses antes do CM – e impôs-se com naturalidade, ganhando de goleada por manter a ideia geral transmitida pelo CM03/04. Inovou também em pormenores importantes, como as reacções pré e pós jogo, a liberdade para mind-games fruto do desenvolvimento das conferências de imprensa ou a simples possibilidade de… começar desempregado!

    2.

    FM 2008 – A “melhor itineração desde o 01/02”. Era o que gritava, do fundo dum certo beco abandonado das internetes, um crítico de videojogos há 14 anos.

    E esse é o melhor elogio que se poderá fazer a esta versão de Football Manager, construída com o especial intuito de captar o interesse dos velhos fãs que tinham ficado pelo caminho, seja pelo pesado processamento de informação de databases cada vez maiores seja pelas crescentes preocupações na gestão das equipas.

    O que fizeram os da SI? Se a database tinha 300mil jogadores e treinadores, surgiu a hipótese de acompanhar qualquer partida em directo a acontecer no match engine, solução eficaz para a incompetência de alguns olheiros, que agora nos presenteavam com um relatório exaustivo de todos os escalões quando chegávamos ao clube, só para nos poupar tempo; e nesse seguimento, os loading screens vinham agora preenchidos com informação pertinente sobre a actualidade do nosso save, para não nos obrigar a dispendiosas pesquisas. Quase como se fosse uma newsletter.

    A qual não seria preciso ler para descobrir a anedótica quantidade de talento disponível no Valência, que tinha David Silva (21 anos), Maduro (22), Banega (18), Albiol (21) ou Juan Manuel Mata (19) prontos a explodir e a ameaçar a titularidade de Vicente, Joaquin, David Villa, Marchena ou Morientes.  Uma das equipas agraciadas pela simpatia de algum dos criadores.

    1.

    FM 2012 – Podemos considerá-lo o primeiro FM do futuro. Porquê? Bem, porque foi o primeiro a apresentar as industriais quantidade de dados e funções dos Football Manager modernos com a amigável clareza que nos impede de comparar o jogo com um documento Excel. A informação surgia-nos de forma intituitiva, cheia de facilitismos – jogar FM voltava a ser passatempo divertido, em vez das já habituais dores de cabeça. Agora era possível pedir olheiros nos cantos mais recônditos do planeta nas condições por nós impostas, por mais estapafúrdias que fossem; e, novidade que fez a plateia gritar de surpresa, era agora possível escolher as ligas activas no final de cada temporada, introdução muito elogiada e que tornou imprevísivel o futuro de muitas carreiras.

    O IGN avaliou-o 9 em 10, tal como o The Daily Telegraph. 

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.