O DESAFIO
O CF Estrela da Amadora tinha descido ao segundo escalão em 2000/2001, no ano do inédito triunfo do Boavista FC na Primeira Liga. Na Segunda Liga, partiam como claros favoritos (algo que na realidade não aconteceu, mesmo com a chegada de um tal Jorge Jesus ao comando técnico dos tricolores) e sonhavam alto.
Este seria então um desafio à minha medida e, a 29 de Julho de 2001, assinei contrato com o clube dos arredores de Lisboa, substituindo no cargo Álvaro Magalhães.
A missão era simples: voltar ao convívio dos grandes e colocar o Estrela no lugar onde merece. Contudo, ambiciono mais e quero que a equipa da Amadora se torne ela própria num dos grandes do nosso futebol, reescrevendo a história.
Contudo, assim que abro a porta do balneário percebo que o plantel é já experiente – o que até seria bom para uma equipa que quer lutar pelos lugares cimeiros – e que há alguns jogadores que não se enquadram na táctica de eleição, o 3-5-2.
Assim, o primeiro passo será fazer uma limpeza no vestiário e há uns nomes que me saltam à cabeça: Cadete e Luís Vasco. Curiosamente, um avançado e um guarda-redes… Será que alguém tem o número do agente do Tó Madeira e do Hugo Pinheiro?
Sei que um desafio à altura seria fazer este projecto sem o “monstro” Tó Madeira, mas não seria a mesma coisa! Que se lixe, pego no telefone e, após Jorge Cadete bater com a porta, ligo para Gouveia… mas ninguém quer falar comigo.
Depois, vejo que tenho o plantel composto por vários extra-comunitários, e alguns deles de qualidade questionável. Decido que é tempo de saldos e faço várias promoções.