Portugal 4-2 Espanha: Portugal revalida vitória no Mundialito

    No terceiro jogo do ano entre portugueses e espanhóis, Portugal voltou a ser superior, tendo derrotado a Espanha por 4-2. Desta maneira, a seleção portuguesa conquistou o seu sétimo Mundialito e pela segunda ocasião, sagrou-se bicampeão da prova.

    A necessitar de vencer no tempo regulamentar para ainda poder sonhar com a vitória no Mundialito, Chiky obrigou Andrade a esticar-se e a evitar o golo, logo no primeiro remate da tarde. No entanto, passados alguns segundos, uma combinação entre André Lourenço e Rúben Brilhante a terminou com 1-0, por intermédio do jovem nazareno. Instantes depois, Portugal beneficiou de um livre em zona frontal, ainda longe da baliza de Pablo Molina, mas Torres rematou muito por cima.

    Entrada forte de Portugal, que estava no comando da partida, com boas movimentações onde, por vezes, apenas faltava uma melhor definição.

    Com cerca de quatro minutos jogados, Von sofreu uma falta em zona muito perigosa para as redes espanholas. Contudo, jogador da Casa do Benfica de Loures rematou forte e à figura de Molina. Na recarga cabeceou fraco e para as mãos do guardião espanhol.

    A perder, a Espanha procurava construir jogo desde o seu guarda-redes, mas a seleção portuguesa pressionava bastante e dificultava a tarefa espanhola. Porém, num lance onde Rúben Brilhante falhou a marcação, Javi Torres efetuou a recarga a um remate de Cintas defendido por Andrade e restabeleceu a igualdade. Pouco depois, Chiky sofreu uma falta em zona extremamente favorável. Com uma boa chance para virar o marcador, rematou cruzado, mas Andrade, com uma excelente estirada, negou o segundo tento da La Roja. Passados alguns instantes, foi Von a voltar a dispor de uma grande oportunidade para marcar. Todavia, o remate saiu muito torto.

    A faltar pouco mais de um minuto para o intervalo, a Espanha esteve quase a passar para a frente do marcador, mas Andrade, quem mais, com uma defesa algo ortodoxa, impediu o golo espanhol.

    Terminado o primeiro período, Portugal e Espanha empatavam a 1-1. A seleção portuguesa entrou melhor, mas com o desenrolar do encontro, os comandados de Joaquin Alonso melhoraram o seu desempenho e não estivesse Andrade inspirado, o marcador poderia indicar o resultado bem diferente.

     

    Casa cheia no Estádio do Viveiro. Esta foi a imagem habitual ao longo dos três dias de competição
    Fonte: Nazaré Beach Events

    Logo nos instantes iniciais da segunda parte, André Lourenço cometeu uma falta sobre Javi Torres em zona frontal à baliza de Andrade. Contudo, o remate do número nove espanhol passou ao lado das redes portuguesas. Segundos depois, Jose Arias teve nos pés a possibilidade de adiantar a Espanha no placard, mas não conseguiu dar o melhor segundo a um passe de Chiky.

    Jogados cerca de dezasseis minutos, Torres, sem qualquer linha de passe, “sacou um coelho da cartola” e com um belíssimo pontapé de bicicleta fez o 2-1 para Portugal. Um dos melhores, senão mesmo o melhor golo da 23ª edição do Mundialito de Futebol de Praia. No entanto, a vantagem portuguesa esteve para durar muito pouco. Porém, Adri Frutos não conseguiu aproveitar um bom passe de Pedro Garcia. Pouco depois, Madjer tentou um pontapé acrobático, mas o mesmo passou ao lado da baliza de Dona, que havia substituído Pablo Molina.

    Portugal estava melhor e colecionava oportunidades, mas os jogadores portugueses continuavam a pecar na finalização. Sem conseguir aumentar a vantagem, a cerca de dois minutos de nova pausa, a Espanha quase empatou. Remate desde muito longe de Dona defendido por Andrade e na recarga, mesmo no chão, o guarda-redes português levou a melhor num duelo contra Pedro Garcia. Momentos depois, Adri Frutos dispôs de um livre bem ao jeito do seu pé esquerdo, mas rematou ao lado da baliza portuguesa.

    Com pouco mais de um minuto da segunda metade para se jogar, na sequência de um cartão amarelo por simulação visto por Jose Arias, a equipa das quinas beneficiou de um livre em zona frontal e Jordan, com possibilidade de fazer o terceiro, não falhou e assinou o 3-1.

    Finalizado o segundo período, Portugal vencia a Espanha por 3-1. Vantagem justa, tendo em conta o maior número e qualidade de oportunidade de finalização criadas pelos jogadores liderados por Mário Narciso. Doze minutos equilibrados e físicos, mas onde a formação lusa foi ligeiramente melhor e quando se apanhou em apuros, Andrade resolveu.

    Andrade e Jordan foram os vencedores dos prémios individuais
    Fonte: Nazaré Beach Events

    Os derradeiros doze minutos quase começaram com o quarto golo português, mas apesar de estar bem posicionado e do esférico estar em feição ao seu pé esquerdo, André Lourenço rematou ao lado da baliza espanhola.

    Já com menos de dez minutos para o fim do encontro, Javi Torres viu um segundo amarelo e respetivo vermelho, em virtude de uma falta sobre Belchior. Com um livre numa zona excelente, o número dez de Portugal não desperdiçou e apontou o 4-1. Pouco depois, na sequência de uma recuperação de bola, Belchior ficou isolado perante Pablo Molina, mas não conseguiu aumentar a vantagem portuguesa. Não marcou Portugal, marcou a Espanha. Pontapé de bicicleta de Chiky e a diferença estava reduzida para 4-2.

    O relógio registava cada menos tempo para se jogar, mas nenhuma das seleções conseguia construir grandes oportunidades de golo. O peso das várias competições de seleções e clubes, nomeadamente desde o mês de abril, fazia-se sentir. A exceção à regra foi uma iniciativa individual de Belchior, que apenas não terminou em golo, porque a bola beijou o poste da baliza espanhola. Pouco depois, Chiky sofreu uma falta de Belchior em boa posição para visar a baliza de Andrade, mas ao tentar replicar uma folha do belo livro de memórias do jogador português, acabou por entregar a bola a Portugal.

    Concluído o terceiro período, Portugal venceu a Espanha por 4-2 e confirmou a conquista do 7º Mundialito de Futebol de Praia do seu historial. Mesmo sem construir muitos lances de perigo, a seleção nacional foi aproveitando alguns dos livres de que foi dispondo para garantir a vitória final na 23ª edição do mítico torneio. Que em 2020 vai voltar a realizar-se na Nazaré. Cidade que vai continuar a receber a Euro Winners Cup e uma etapa da Euro Beach Soccer League nos próximos três anos.

    Assim, Portugal volta a sagrar-se bicampeão do Mundialito, feito que apenas havia conseguido por uma ocasião, entre os anos de 2008 e 2009, quando em Portimão conseguiu derrotar o Brasil na “final”.

    No outro jogo do dia, o Senegal derrotou o Japão por 3-2 no prolongamento, terminado o Mundialito na segunda posição com 5 pontos. A Espanha ficou-se pelo terceiro lugar com apenas três, enquanto que o Japão ficou em último sem nenhum ponto somado.

    No que diz respeito a prémios individuais, Andrade foi considerado o melhor guarda-redes e Jordan o melhor marcador com quatro golos e o MVP do Mundialito de 2019.

    Naquele que é o ano com o calendário mais preenchido de sempre, Portugal volta à competição já no dia 26 de agosto. Iniciando a participação nos Jogos do Mediterrâneo, que se vão realizar em Patras, Grécia. No entretanto, regressa o Futebol de Praia de clubes. Nos próximos fins de semana disputam-se a 3ª eliminatória da 1ª edição da Taça de Portugal, mas, também, a 5ª e 6ª jornadas da fase regular da Divisão de Elite.

    CINCOS INICIAIS:

    Portugal: 12-Elinton Andrade (GR), 3-André Lourenço, 4-Bruno Torres, 6-Rúben Brilhante e 7-Madjer (CAP.)

    Jogaram ainda: 5-Jordan, 10-Belchior e 18-Von

    Banco: 1-Tiago Petrony (GR)

    Espanha: 13-Pablo Molina (GR), 2-David Ardil, 5-Cintas, 7-Chiky e 9-Javi Torres

    Jogaram ainda: 1-Dona (GR e CAP.), 3-Berru, 4-Pedro Garcia, 6-Jose Arias e 8-Adri Frutos

    Foto De Capa: Nazare Beach Events 

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.