A insuficiente dominância | SL Benfica 1-4 Sporting CP

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    Na edição número 100 daquele que é apelidado de melhor dérbi de futsal do mundo, as águias recebiam os leões em casa pela primeira vez esta temporada depois da vitória na Supertaça. Num Pavilhão da Luz absolutamente escaldante, as equipas chegavam ao encontro separadas por três lugares na tabela classificativa, mas apenas distanciadas por um pequeno ponto.

    Desde cedo, a equipa da casa entrou dominante e com ganas de inaugurar o marcador de forma rápida e agressiva. Num curto espaço de tempo inicial, as águias dispuseram de várias oportunidades flagrantes para inaugurar o marcador. Contudo, contra a maré do jogo, os leões conseguiram abrir a contagem naquele que foi o segundo remate à baliza encarnada. Através da marcação de um canto, os campeões nacionais mostraram a sua força e gelaram o Pavilhão da Luz com um golo de Taynan assistido por Merlim. Até ao intervalo, o jogo foi sendo marcado pela agressividade que ia ganhando níveis cada vez mais altos.

    Já no segundo tempo, a história repetiu-se. O Benfica começou novamente por cima e dispôs de várias oportunidades preciosas para empatar a partida, mas, da mesma forma, o Sporting aproveitou uma situação flagrante e aumentou o marcador. Com um erro fatal de Lúcio Jr, a deixar a bola à mercê do adversário, Pauleta não desperdiçou e fez o segundo da noite.

    O terceiro dos visitantes, surgiu novamente numa demonstração de poderio ofensivo leonino na cobrança das bolas paradas. Com uma bela jogada de entendimento a quatro toques, os campeões deixaram os rivais sem resposta e colocaram o 0-3 no marcador.

    Nos minutos finais, numa altura em que as águias já jogavam em cinco para quatro no meio campo ofensivo, conseguiram mesmo encurtar distâncias. Num cruzamento de Bruno Coelho, que fazia de guarda-redes avançado, a bola acabou por sofrer um desvio do capitão leonino João Matos e entrar dessa forma na baliza. No entanto, quando se procurava desesperadamente um milagroso empate na Luz, Alex Merlim deu a machadada final no encontro e fechou as contas num 1-4 final, aproveitando assim a baliza deserta vermelha e branca.

    Posto isto, emerge um aspeto naquele que foi o jogo em si, e não apenas o resultado final: a insuficiente dominância do Benfica.

    Durante toda a partida, os encarnados foram a equipa mais consistente na criação de oportunidades e de chegadas à baliza adversária. Ora em ataque progressivo e planeado, ora em contra ataques repentinos. De várias formas, o Benfica foi sempre conseguindo chegar sistematicamente perto do golo, mas nunca foi capaz de o fazer de forma eficaz.

    A que é que isto se deve? Por um lado, à boa resposta defensiva verde e branca, por outro, e de forma mais notória, à falta de eficácia e finalização por parte dos encarnados. Se no jogo da Supertaça apareceu Jacaré para fazer três golos ao principal rival, neste jogo, sem o brasileiro, faltou alguém que exercesse o mesmo papel goleador.

    Não há como fugir ao principal objetivo do jogo, a introdução da bola na baliza adversária, e, nesse aspeto, faltou ao Benfica aquilo que o Sporting conseguiu ser: rigoroso e não misericordioso.

    A insuficiente dominância encarnada traduziu-se num resultado expressivo que não demonstra a total ação dentro de campo, mas, espelha assim a imagem dos erros e problemas sentidos frente ao rival.

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    Guilherme Terras Marques
    Guilherme Terras Marques
    Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico