Conforme eu já tinha referido num artigo anterior, a seleção sénior masculina, atual campeã europeia de futsal, irá disputar um duplo compromisso com a congénere do Brasil em território nacional, e essa dupla jornada é encarada com todo o respeito e seriedade por parte do nosso selecionador Jorge Braz.
Para além de constituir um teste rumo à fase de qualificação para o Mundial 2020, é uma oportunidade (neste caso, duas) para podermos derrotar pela primeira vez o nosso país irmão, desfalcado pela ausência da sua estrela maior, o mágico Falcão (abandonou a sua carreira recentemente, aos 41 anos).
Pese embora esta enorme perda da seleção canarinha, não podemos encarar estes dois jogos como um “passeio no parque”, porque a formação brasileira sempre se conseguiu reinventar quando sofreu importantes perdas nos mais variados desportos, portanto não podemos em momento algum subestimar o nosso próximo rival.
Por falar em lendas do futsal mundial, o melhor jogador da atualidade, eleito seis(!) vezes como o melhor jogador do mundo, um recorde absoluto, está obviamente escalado para este compromisso, não tão mediático como em anos anteriores, pelas razões já explicadas anteriormente.
Para além de Ricardinho, a convocatória não apresenta muitas alterações face aos 14 escolhidos para o Euro 2018, apenas a entrada dos jovens Erick Mendonça (Sporting CP) e de Tiaguinho (SC Braga), para os lugares dos colegas de equipa de Mendonça Pedro Cary e André Sousa, sendo que a grande mudança se prende com a convocatória de apenas dois guarda-redes, a saber Vitor Hugo e Bebé.
O pivot escolhido mantém-se Tunha, que foi uma escolha forçada no último campeonato europeu, em função da lesão da habitual escolha Fernando Cardinal, e face ao bom trabalho realizado no Europeu volta a ter mais uma oportunidade de se mostrar ao timoneiro português.
No resto, não há qualquer alteração a registar, perante uma dupla de jogos de preparação que de amigáveis terão pouco, previsivelmente, não estando eu a pôr em causa a fair-play nestes encontros, mas sim a vontade de ganhar em ambos os países.
Foto de Capa: Seleções de Portugal
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro