Bola parada resolve muita situação malparada | Sporting CP 4-2 SL Benfica

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    Foi – e continua a ser – um jogo marcado pelo lance de Taynan, que entreou em campo na condição de suplente e pontapeou a bola de jogo. No entanto, houve um jogo de 40 minutos que não se cinge a esse momento de falta de ética profissional e desportiva do internacional cazaque. E o jogo que se disputou nesses 40 minutos e que deu a quinta Taça da Liga de Futsal ao Sporting ficou marcado, mais uma vez, pela diferença ainda grande nas bolas paradas dos rivais de Lisboa.

    Mário Silva admitiu na conferência de imprensa que o canto ofensivo é algo em que os leões são melhores do que as águias, salientando que há momentos do jogo em que é o Benfica quem se mostra mais forte. Tudo certo.

    Ainda assim, continua a ser notório e notável a capacidade que a turma verde-e-branca tem para fazer golos de bola parada (sobretudo, como apontado pelo técnico dos encarnados, nos cantos) e que a turma encarnada não tem.

    Nesta partida, praticamente todas as bolas paradas leoninas carregaram perigo, algo que do outro lado não acontecia. De resto, não foram raras as vezes em que a bola era prontamente endereçada a um adversário no batimento de cantos ou reposições laterais pelas águias.

    O golo com que o Sporting abriu o marcador surgiu precisamente de um canto a dois toques e, mais uma vez, ficou patente a diferença que existe na execução desses lances, que se revestem de cada vez maior importância no futsal.

    Conferência de Imprensa

    BnR: Qual a importância de o Sporting ter feito o 3-1, recuperando a vantagem de dois golos, ainda no primeiro tempo para aquilo que foi a gestão do jogo, da agressividade, das faltas no segundo tempo, período em que dava a sensação de que a partida estava controlada pela sua equipa?

    Nuno Dias (Sporting): No futsal, o jogo nunca está controlado. Hoje, tivemos de trabalhar bastante para não sofrer. O Benfica chegou ao 2-1 numa situação de demérito nosso, mas depois fizemos o 3-1 e a vantagem de dois golos ajudou a nossa gestão. Não é que o jogo estivesse controlado, mas com dois golos de vantagem podemos, se calhar, arriscar mais, não estarmos tão receosos, permite-nos estar um pouco mais soltos em alguns momentos do jogo.

    Outras declarações:

    “Foi um jogo muito difícil, muito intenso, nem sempre bem jogado”.

    “Foi um jogo típico de uma final, entre duas grandes equipas”.

    “Apesar das dificuldades que no Benfica nos colocou, com um jogo de pivô muito forte e com as subidas do Léo”.

    “O Benfica criou muitas oportunidades, mas acabou por fazer os golos em lances estranhos”.

    “No dia em que não conseguir inventar, mandem-me embora”.

    “As bolas paradas requerem muitas horas de análise e observação”.

    “Está à vista de todos a quantidade de golos que derivam da bola parada”.

    “O Benfica foi-nos encostando lá atrás”.

    “Não comento treinadores, nem comentários de treinadores. Comento o jogo”.

    (Sobre o lance de Taynan) “O Sporting não ganhou por causa desse lance”.

    Mário Silva (Benfica):

    “Isto não é de quem joga mais ou mais bonito, é dos mais eficazes”.

    “É uma derrota difícil de digerir”.

    “Fomos superiores no volume de oportunidades”.

    “Jogámos contra uma grande equipa, muito eficaz no canto ofensivo”.

    “Não tenho nada a apontar aos meus jogadores”.

    “Hoje merecemos ganhar, mas o Sporting seria um justo vencedor. Mas tem de ser da forma certa”.

    “Desta forma, fica muito mais difícil”.

    “É para isto que o Benfica existe: dar alegrias aos adeptos”.

    “No Benfica, o dia seguinte é sempre o mais importante”.

    “Estava muito confiante para o jogo de ontem, acreditava que estaríamos melhor que o Sporting”.

    “Temos de encontrar forma de deixar os jogadores confortáveis no jogo, para explorar as suas características e para criar vantagens em relação ao adversário”.

    “Em jogos a eliminar, temos sido muito competentes”.

    “Nós empurramos constantemente o Sporting para os últimos dez metros do campo, fruto do nosso trabalho e da nossa organização”.

    “O Benfica é muito melhor do que o Sporting em alguns momentos de jogo e o Sporting é melhor do que o Benfica em outros”.

    “A equipa não tem falta de esforço na transição defensiva”.

    Sobre o lance de Taynan

    “O jogo divide-se em duas partes: o jogo jogado e o jogo da vergonha”.

    “Entre fazer o certo e o que me deixa mais perto de ganhar, eu faço o certo”.

    “Aquilo que aconteceu hoje foi uma vergonha”.

    “Quem é capaz de fazer isto não pertence a este desporto, à identidade do futsal português”.

    “O que eu presenciei hoje foi batota”.

    “Esta derrota tem de ser analisada”.

    “É inadmissível o que fizeram aqui hoje ao Benfica”.

    “Foi a maior vergonha que eu presenciei no futsal na minha vida”.

    “Não pode valer tudo para ganhar”.

    “Não somos inimigos, somos apenas adversários”.

    “Demos um exemplo a quem joga futsal com 8 ou 9 anos de que a batota compensa”.

    “Queremos estar da forma certa no futsal”.

    “Querem o futsal como modalidade olímpica e depois é isto”.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.