A liga portuguesa de futsal, agora com um novo naming a partir da época 2019/20, poderá sofrer grandes alterações a partir da temporada 2020/21, com a obrigatoriedade da Certificação de Entidades Formadoras, algo que apenas três das atuais 14 equipas do escalão máximo têm atualmente.
Ainda não é preocupante, pois os clubes em questão têm toda esta época para regularizar a sua situação, de acordo com os padrões exigidos pela Federação Portuguesa de Futebol, mas é um claro sinal de alerta para os clubes que ainda não cumprem.
Não só no Futsal essa regra passará a ser aplicada, mas também no futebol de 11. O objetivo consiste em melhorar a qualidade e a quantidade na formação de jovens jogadores, algo que tem vindo a melhorar gradualmente nestes últimos anos. A prova indesmentível são os títulos na formação em ambos os desportos (para dar um exemplo concreto, no futebol de 11 Portugal é o campeão europeu de sub 19 em título e vai disputar a final no sábado, com a Espanha e no futsal somos os campeões em título dos Jogos Olímpicos da Juventude na vertente feminina).
São 11 clubes “incumpridores” e entre eles está um dos maiores clubes nacionais: o SL Benfica. Os outros dez são o SC Braga, o Belenenses, a AD Fundão, o MODICUS, o Elétrico FC, o Futsal Azeméis, a CRC Quinta dos Lombos, a CCRD Burinhosa e os clubes que subiram na temporada finda o mês passado, o Portimonense SC e o CR Candoso.
O plano da Federação é alargar a obrigatoriedade da Certificação de Entidades Formadoras para o escalão abaixo em 2021/22, ou seja, também a segunda divisão passará a ser abrangida por esta regra. Portanto, se estivéssemos prestes a iniciar a temporada 2020/21, apenas o Sporting CP, o Viseu 2001 e os CR Leões de Porto Salvo estariam aptos a disputar a Liga, sendo os outros 11 emblemas automaticamente despromovidos.
Na minha opinião, não é com este tipo de leis que se melhorará a formação e o nível do futsal, em concreto. Alguns apoios monetários para os clubes que tenham maiores dificuldades e pouco investimento em academias de formação e em pessoal especializado seriam mais bem-vindos. Mas esta é uma questão ainda não muito clara e que nos próximos dias irá conhecer mais pormenores e avanços. Qual a vossa opinião sobre este tema?
Foto de Capa: FPF
artigo revisto por: Ana Ferreira