Dois portugueses entre os dez melhores de 2016

    Cabeçalho modalidadesHá dias, soube-se da nomeação dos treinadores Nuno Dias (Sporting) e Pedro Costa (Nagoya Oceans) para o prémio de melhor técnico do ano de 2016 nos galardões do Futsal Planet. Aqui temos a prova inequívoca de que o desporto português, e em concreto o futsal, está bom e recomenda-se.

    Em primeiro lugar, a escolha do treinador leonino parece-me completamente justa, em função do grande trabalho desenvolvido ao serviço do clube lisboeta, que, embora já antes da entrada deste timoneiro fosse uma grande potência a nível nacional e europeu, ganhou muito com a sua entrada em cena na época 2012/2013. O apuramento para a final-four da UEFA Futsal Cup e a campanha imaculada na presente época na Liga Sport Zone são o espelho do grande trabalho de Nuno Dias, que é indiscutivelmente um dos melhores treinadores a atuar em Portugal, a par do seu homólogo do Benfica, Joel Rocha.

    Quanto a Pedro Costa, foi um jogador lendário, um dos melhores de sempre da nossa seleção, e parece querer seguir o caminho do sucesso como treinador, pois já conseguiu conquistar na época passada o título de campeão asiático na sua temporada de estreia no banco, após terminar a sua (brilhante) carreira enquanto jogador. O campeonato, até ver, não está a correr de feição, pois ocupa neste momento o segundo lugar na Liga Japonesa, mas ainda nada está definido, pois faltam os playoffs e como tal ainda tudo pode acontecer.

    Depois da excelente carreira enquanto jogador, Pedro Costa tenta a sua sorte como treinador Fonte: jrsportsfutsal.blogspot.pt
    Depois da excelente carreira enquanto jogador, Pedro Costa tenta a sua sorte como treinador
    Fonte: jrsportsfutsal.blogspot.pt

    O facto de aparecerem estes dois treinadores entre a elite do futsal mundial é uma prova de que temos grandes intervenientes em todas as áreas do futsal, desde jogadores (recorde-se que Ricardinho foi eleito o melhor jogador do mundo em 2015) até árbitros, não esquecendo obviamente os treinadores, que estou a destacar neste artigo. Ou seja, temos de nos convencer de que, tendo armas parecidas com as dos nossos adversários, conseguimos fazer tanto como os estrangeiros, ou mesmo melhor do que eles.

    A maioria dos treinadores dos grandes clubes é portuguesa e há uma aposta em jovens jogadores nacionais, e estes dois factos só trarão benefícios no futuro, não só para a qualidade do nosso desporto mas também para a equipa que defende as nossas cores, que irá ficar ainda mais forte com o aparecimento de diamantes por lapidar que poderão dar continuidade à geração de ouro que temos hoje em dia. Nos treinadores já é uma realidade mas nos jovens ainda está um pouco ténue; no entanto, creio que a curto/médio prazo também se irá desenvolver.

    Foto de Capa: Gonçalo Nunes/ Número F

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    Eduardo Nunes
    Eduardo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Estuda economia em Coimbra, mas não deixa de prestar especial atenção ao que se passa no universo do desporto. O desporto preferido é Ténis, mas não perde uma oportunidade de acompanhar a Académica e o Benfica nas mais variadas modalidades.