Atingida a terceira jornada do campeonato nacional, podemos desde já constatar alguns factos que me parecem capazes de resumir aquilo que podemos esperar das equipas esta época.
Atrevo-me a dizer, primeiramente, que há coisas que nunca mudam (pelo menos por enquanto): a segunda circular continua a dominar o futsal português com exibições de encher o olho e que deixam qualquer adepto orgulhoso por se dirigir ao pavilhão para ver o espetáculo do futsal. Ao apostarem na formação e também no aperfeiçoamento táctico e técnico dos jogadores que contratam, Sporting e Benfica apresentam-se, cada vez mais, como o expoente máximo desta modalidade. Em três jogos, três vitórias para os eternos rivais com dezasseis (!) golos marcados para cada lado. Não é fácil…
A par destes resultados “invejados” pelos demais clubes portugueses, fico também bastante feliz por poder afirmar que estas duas equipas têm dado cartas além-fronteiras, com participações positivas na Europa, quando chamadas a representar Portugal na Futsal Cup. Mas calma… é necessário muito trabalho para que ambas as equipas se consigam afirmar perante colossos como o Barcelona ou o Dynamo Moskva. Por agora, é essencial manter os pés bem assentes na terra e subir o nível com passos cuidadosos.
Ainda assim, apesar de a modalidade estar automaticamente associada a estas duas formações lisboetas, temos assistido ao crescimento de outras equipas que se começam a querer afirmar. Posso referir os Leões de Porto Salvo, que têm sempre a capacidade de discutir o jogo seja contra quem for e causar estragos às águias e aos leões de Alvalade; o SC Braga, que terminou a época passada em terceiro lugar, a sete pontos dos líderes; ou até o AD Fundão, que conseguiu mesmo eliminar o Benfica nas meias-finais da Final Four. Este é um alerta que lanço, pois estes clubes podem causar a reviravolta no campeonato a médio prazo.
Por fim, é também de louvar o aparecimento de clubes que dão os primeiros passos no futsal. De facto, à medida que os anos passam, torna-se uma modalidade cada vez mais apelativa. O jogo em si aperfeiçoa-se, os jogadores desenvolvem as suas capacidades e os adeptos enchem pavilhões. Atrevo-me a dizer, até, que esta situação é transversal a todos os escalões, seja em masculino ou feminino.
É bom para Portugal.