Haladás VSE 3-8 SL Benfica: Entrada com o pé direito na Ronda de Elite

    A CRÓNICA: VITÓRIA NATURAL E FOLGADA DA MELHOR EQUIPA

    O conjunto português, SL Benfica, entrou mais forte e determinado (como esperado) e esta melhor entrada foi coroada com o tento inaugural, por intermédio do pivô brasileiro Jacaré, num desvio oportuno à boca da baliza após assistência de Arthur.

    A entrada foi, como se costuma dizer na gíria “a todo o gás”, pois, no minuto seguinte, numa jogada em tudo semelhante à anterior, Jacaré voltou a aparecer no sítio certo para encostar após nova “bomba” de Arthur, num lance praticamente igual ao primeiro golo, tirando o lado do campo em que a jogada de Arthur se desenrolou.

    Quem pensava que ia ser um encontro fácil e sem nenhuma reação por parte dos húngaros, enganou-se, pois pouco depois surgiu o golo do Haladás. Reposição lateral de bola, com o esférico a bater fortuitamente em Rafael Hemni e a seguir para a baliza encarnada. Depois destes primeiros minutos frenéticos, o jogo finalmente acalmou, sendo que ambas as equipas estavam a deixar o adversário contra-atacar.

    Pouco depois, entrou em cena Hossein Tayebi, com dois golos espetaculares no espaço de 20 segundos, principalmente o primeiro destes. Uma execução divinal e um pormenor de luxo a bater o guardião da equipa magiar e o segundo num chapéu a aproveitar a posição adiantada de Alasztics.

    Ainda antes do intervalo, mais um momento de festa no Pavilhão da Luz, com mais um golo de belo efeito de Fits. Remate de média distância com o pé esquerdo a desequilibrar ainda mais o marcador. O 5-1 transitou até ao fim da primeira metade. Foram 20 minutos de grande qualidade da equipa comandada por Pulpis, com direito a nota artística em vários dos tentos marcados.

    Num encontro que ficou marcado pelo regresso à competição de Silvestre Ferreira após lesão, a segunda parte entrou com algum relaxamento da equipa portuguesa. O conforto no marcador – algo que poderia ser perigoso – mostrou esse sentimento, acabando por acontecer mesmo que os treinadores não gostem ou desejem. Assim, os húngaros aproveitaram para reduzir o marcador e tentar voltar à discussão do encontro, através do tento do jogador brasileiro Rezala.

    A 12 minutos do final, Afonso Jesus cruzou para um golo de cabeça de Nilson, repondo a vantagem de quatro bolas no marcador. Numa tentativa de mudar o rumo dos acontecimentos, Juanra apostou no guarda-redes avançado para os dez minutos finais, mas sem grandes resultados práticos, não tendo conseguido criar grandes situações de finalização.

    Nos minutos finais, eis que surge a grande estrela do Haladás, o pivô Droth, antigo jogador do Kairat Almaty a aproveitar um erro grave de Diego Roncaglio. O guardião encarnado fez um passe errado e originou uma situação de desequilíbrio com vantagem para a formação campeã da Hungria, onde Droth mostrou toda a sua classe ao finalizar com estilo e qualidade.

    Nos últimos 90 segundos, destaque ainda para mais dois tentos das águias, da autoria de Arthur e Bruno Cintra, concluindo uma vitória inequívoca e robusta do emblema português. Uma vitória tranquila que ficou marcada pelo erro de Roncaglio, um dos poucos pontos negativos da noite no que concerne ao emblema da casa.

     

    A FIGURA

    Hossein Tayebi – Aqueles 20 segundos de pura magia do internacional iraniano foram o claro destaque desta noite, com destaque para o toque de génio que resultou no primeiro golo da sua conta pessoal. Simplesmente fantástico!

    O FORA DE JOGO

    Roncaglio
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Diego Roncaglio – Aquela falha grave que resultou no terceiro golo do Haladás simplesmente não é admissível num encontro da UEFA Futsal Champions League. Hoje não foi trágico, dada a grande diferença qualitativa entre os dois conjuntos, mas num encontro mais equilibrado pode ter consequências bem mais graves. Eu sei que a concentração do jogador também não seria muita, dado estar 6-2 na altura, mas é um comportamento a rever.

     

    ANÁLISE TÁTICA – HALADÁS VSE

    Juanra mostrou um sistema tático parecido ao SL Benfica, com Droth como pivot na frente de ataque. Muitos erros minaram as hipóteses da equipa húngara e ditaram uma derrota pesada que reduz as aspirações de passar à ronda seguinte, provando ser a equipa mais débil das quatro presentes neste grupo.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marcell Alasztics (5)

    Milan Hajmasi (5)

    Richard David (5)

    Henrique Souza (5)

    Zoltan Droth (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Leandro Rezala (5)

    Luiggi Baptista (5)

    Gergo Sipos (5)

    David Vatamaniuc-Vartha (5)

    Adam Vas (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Pulpis montou uma equipa no seu esquema tático habitual, o 3×1, cabendo essa tarefa na formação inicial a Jacaré, mas entrando sempre que se justificava Fits para essa mesma posição. Individualmente, Tayebi e Arthur foram, na minha opinião, os grandes destaques do encontro. Defensivamente, há alguns pontos a rever, mas que resultaram sobretudo de erros individuais.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diego Roncaglio (6)

    Nilson (7)

    Rafael Hemni (7)

    Arthur (8)

    Jacaré (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Afonso Jesus (7)

    Silvestre Ferreira (7)

    Robinho (7)

    Bruno Cintra (7)

    Ivan Chishkala (7)

    Tayebi (9)

    Fits (7)

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    Eduardo Nunes
    Eduardo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Estuda economia em Coimbra, mas não deixa de prestar especial atenção ao que se passa no universo do desporto. O desporto preferido é Ténis, mas não perde uma oportunidade de acompanhar a Académica e o Benfica nas mais variadas modalidades.