A UEFA anunciou esta semana que a organização do Campeonato Europeu de 2022 ficará entregue à Holanda, mais concretamente às cidades de Amsterdão e Groningen, batendo assim os outros países candidatos, nomeadamente a França e Portugal.
De referir também que os Países Baixos voltam a receber uma competição internacional de seleções após terem organizado o primeiro Mundial da modalidade, no longínquo ano de 1989.
Das três candidaturas oficiais, apenas Portugal já tinha recebido uma edição do Europeu, no ano de 2007. Tendo em conta a aposta da FIFA e da UEFA de desenvolver o futebol em todas as suas vertentes e levar o desporto ao máximo de países possível, nomeadamente aos locais cujas seleções nacionais ainda não apresentam um nível de jogo ao nível das grandes potências europeias e mundiais, era mais ou menos previsível que a nossa candidatura teria poucas hipóteses de sair vencedora.
Os outros dois concorrentes encaixavam-se no perfil definido pela organização, pois são países emergentes no futsal europeu, começam a aparecer esporadicamente nas grandes competições internacionais e dois países que estão a fazer uma caminhada segura e lenta rumo ao topo.
Para já, ainda estão numa segunda/terceira linha nas potências europeias, mas tanto um como o outro podiam perfeitamente organizar a primeira edição de um campeonato que se vai passar a realizar de quatro em quatro anos e vai passar a contar com 16 equipas.
Numa conversa com um amigo no dia da decisão, apostei na França como possível organizador por mera convicção pessoal, mas a Holanda tem mais tradição neste desporto, porque participou em todas as edições iniciais dos Campeonatos da Europa, apesar de estar arredado desta competição desde 2014.
A França, só em 2018 se estreou nestas andanças, não tendo um historial muito forte nos primórdios da competição. Com todos estes fatores porventura a pesar na decisão final, tomada na cidade de Liubliana, na Eslovénia, a organização ficou entregue à Holanda, país que ultimamente anda arredado dos grandes palcos mas que irá regressar em 2022, na condição de organizador.
Portugal, como vencedor da última edição, terá que jogar a qualificação para carimbar o passaporte e tentar defender o seu título, esperando que nesse ano, e caso lá cheguemos, possamos contar com um apoio tão forte como na Eslovénia, com os estudantes de Erasmus em peso na bancada a puxar pelos nossos heróis!
Foto de Capa: UEFA
Revisto por: Jorge Neves