Mesmo final, história diferente| Portugal 7-1 Arménia

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    Portugal manteve o final, mas reescreveu a história. Depois de um 5-6 na Arménia que escamoteou as diferenças que existem entre as duas equipas, Portugal corrigiu os próprios erros e, acima de tudo, aproveitou com muito mais eficácia os erros adversários e escreveu uma história com o mesmo final – vitória portuguesa -, mas muito mais condizente com a realidade das duas seleções.

    A seleção lusa até entrou a perder, mas não tremeu e virou para 2-1. No espaço de 30 segundos, os menos experientes arménios cometeram dois erros que resultaram em dois golos e Portugal colocou o placar em 4-1. Foi dois tiros e queda: nunca mais a Arménia teve capacidade para reentrar no jogo. O time-out não resultou, a equipa tremia e sofria quando não tinha bola, tremia também quando a tinha e apresentava claras dificuldades em conter as transições portuguesas.

    O dilatar da vantagem foi surgindo com naturalidade. Percebia-se, de um lado e do outro, que o vencedor estava encontrado, faltava determinar os números a figurar no marcador. A Arménia ainda tentou, a oito minutos do fim, o 5×4, mas apenas conseguiu uma finalização. O losango defensivo de Portugal rodava quase tão rápido como a bola e não permitia qualquer brecha. O espaço por dentro estava completamente fechado e não houve da parte da seleção visitante capacidade para o abrir ou desmontar o 5×4 defensivo português.

    Portugal é superior e, desta feita, materializou essa superioridade de uma forma mais clara do que havia acontecido na Arménia. O Mundial 2024 está a um pequeno passo e Portugal mostrou nesta partida ter argumentos sólidos que sustentem a candidatura ao bicampeonato.

    Bola na Rede na Conferência de Imprensa

    BnR: Na antevisão, tinha dito que no jogo na Arménia Portugal não tinha aproveitado como devia os erros do adversário. Neste jogo, Portugal aproveitou melhor os erros da Arménia e foi em dois erros que fez, em 30 segundos, o 3-1 e o 4-1, ficando mais confortável na partida. A grande diferença de um jogo para o outro foi esse melhor aproveitamento dos erros?

    Jorge Braz: Permitimos na primeira parte, não muitas, duas, três situações pontuais de perigo aparente, por mau funcionamento nosso, que é sempre assim. Eles acabam por fazer golo, mas não criou nenhum ruído, nem abalou nada. As coisas vão acontecer quando estivermos de acordo com aquilo que temos de ser. Virámos para o 2-1 e, depois, com dois erros fizemos o 4-1. Mas esta equipa da Arménia tem muita qualidade. Tem brasileiros, russos de muita qualidade. Soubemos foi, desta vez, gerir muito bem. Sabíamos que haveria mais erros, mais transições. Sabíamos que íamos criar muitas situações. Conseguimos de bola parada, de transição… Mesmo depois, num momento em que quase sempre roçamos a excelência, que é a defender o 5×4, estando oito minutos dessa forma, eles não criaram perigo. Ultrapassámos as dificuldades que o jogo às vezes nos coloca. Há momentos maus, mas hoje em dia nesta equipa isso não cria qualquer tipo de desconforto.

    BnR: Portugal esteve muito bem quase sempre, mas pareceu-me não ter estado tão bem como devia no último minuto e 50 da primeira parte, que foi quando pediu o time-out. Portugal teve pouca bola e não conseguiu criar perigo até ao intervalo. Ficou com essa sensação de que as coisas pós-time-out não correram como deviam?

    Jorge Braz: Por isso é que não fui muito feliz para o intervalo. Mas depois tivemos um time-out muito grande para corrigir. Foi isso que aconteceu. Na segunda parte, acima de tudo, percebemos o compromisso que a equipa tem, o que é gerir, o que é que o jogo nos iria pedir. Foi muito boa a segunda parte.

    Outras declarações:

    “O jogo com a Finlândia vai decidir e vai ser um jogo duríssimo. É o nosso foco já está todo na Finlândia”.

    “Temos dos melhores jogadores do mundo”.

    “Queremos sempre mais”.

    Anatolii Badretdinov, selecionador da Arménia, não esteve presente na Conferência de Imprensa.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.