Portugal 3-2 Espanha: Remontada épica rumo à final!

    A CRÓNICA: UMA PARTE DE CADA EQUIPA

    Este grande encontro, uma autêntica final antecipada, aliás, uma repetição da inesquecível final de 2018 entre Portugal e Espanha prometia grande equilíbrio, visto que historicamente a Espanha apresenta um ascendente claro sobre a nossa equipa mas, nas últimas duas vezes que estes conjuntos se digladiaram, fomos nós que saímos vencedores, ambas após prolongamento (Euro 2018 e Mundial 2021).

    Os duelos mais recentes serviram de preparação para este campeonato europeu, e aí foi a Espanha que venceu, mas este indicador vale o que vale e o que conta é a partir do momento em que a bola começa a rolar.

    O nosso cinco titular era o habitual, com a habitual permuta para um jogo com pivot fixo, neste caso Zicky, sempre que tal se justificasse. Em relação ao jogo propriamente dito, dificilmente poderíamos ter um início pior. Logo aos 17 segundos, a Espanha adiantou-se no marcador, através de Raul Gomez, numa bonita jogada da seleção espanhola mas com uma falha de marcação flagrante, permitindo que o marcador do golo aparecesse sozinho no coração da área.

    Após este deslize inicial, Portugal assumiu o controlo do encontro, apesar das situações de golo junto de ambas as balizas. Pany Varela atirou uma bola ao poste e teve uma outra boa ocasião, mas o guarda-redes Didac Plana respondeu com uma boa intervenção a encher a sua baliza. A consequência do crescendo de exibição lusitana foi o atingir do limite de cinco faltas para a congénere espanhola.

    Apesar disso, o segundo golo surgiu para o nosso vizinho ibérico, remate de meia distância de Chino e uma cratera a abrir-se na nossa defensiva, permitindo que o potente remate entrasse na baliza defendida por André Sousa.

    A cerca de cinco minutos do intervalo, Tomás Paçó teve uma oportunidade de ouro após uma excelente recuperação de bola no meio-campo espanhol, mas esta embateu com estrondo do poste.

    O resultado ao intervalo registava 2-0 favorável aos nossos rivais, algo extremamente injusto em função do que cada equipa produziu na primeira metade, mas que valoriza a eficácia da “roja” face ao desperdício português na hora de finalizar as oportunidades criadas ao longo dos 20 minutos.

    Na segunda parte, continuou o ascendente português mas a ineficácia dos nossos jogadores continuava a prevalecer, até que surge uma oportunidade de ouro. Afonso Jesus é claramente derrubado no interior da área, num lance tão claro como escusado por parte de Ortiz. Indiferente a toda a situação, Bruno Coelho aproveitou para converter com total sucesso e recolocar Portugal na discussão da eliminatória.

    Claramente moralizado, eis que surge o momento da noite, um golaço de Zicky após um enorme trabalho individual do jovem pivot, mostrando o motivo pelo qual é o melhor jogador jovem do Mundo.

    À entrada para o último minuto, explosão de alegria na Ziggo Dome Arena, Amsterdão, com uma jogada fantástica de envolvimento entre Pauleta, Erick Mendonça e Zicky, com este último a aparecer à boca da baliza para desviar e colocar a nossa nação no caminho da final, onde encontra a Rússia, que também venceu pelo mesmo resultado a Ucrânia.

    A FIGURA

    Zicky Té – Já começa a ser repetitivo, mas o certo é que o pivot joga e faz jogar a equipa. Hoje, num jogo tão disputado e equilibrado, conseguiu desequilibrar e resolver o jogo com os seus golos, com natural destaque para o golo que empatou o encontro.

    O FORA-DE-JOGO

    Entrada em falso de Portugal – Num jogo com esta exigência, a concentração tem que ser máxima nos 40 minutos, não podendo haver falhas pontuais ou qualquer quebra em cada um dos 2400 segundos, sob pena de sofrermos alguns dissabores.

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    Fiel à sua estratégia, Jorge Braz apostou no 4:0 com constantes mudanças para 3:1 com Zicky ou pontualmente Erick Mendonça a atuarem como referências no ataque.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    André Sousa (8)
    João Matos (7)
    Erick Mendonça (7)
    Bruno Coelho (7)
    Pany Varela (7)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    André Coelho (7)
    Tomás Paçó (7)
    Afonso Jesus (7)
    Fábio Cecílio (7)
    Miguel Ângelo (7)
    Tiago Brito (7)
    Pauleta (7)
    Zicky Té (9)

    ANÁLISE TÁTICA – ESPANHA

    Como o seu homólogo português, Fede Vidal apostou num cinco habitual, com vários jogadores experientes mas com um pivot como referência atacante, o jogador do Inter Raúl Gomez.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES
    Didac (6)
    Carlos Ortiz (5)
    Sérgio Lozano (6)
    Miguel Mellado (6)
    Raúl Gomez (6)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Boyis (6)
    Borja Torres (6)
    Adolfo Fernandez (6)
    Chino (6)
    Raúl Campos (6)
    Francisco Solano (6)

    Foto de Capa: UEFA Futsal

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    Eduardo Nunes
    Eduardo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Estuda economia em Coimbra, mas não deixa de prestar especial atenção ao que se passa no universo do desporto. O desporto preferido é Ténis, mas não perde uma oportunidade de acompanhar a Académica e o Benfica nas mais variadas modalidades.