A CRÓNICA: SURPREENDENTE FINLÂNDIA DEU MUITO TRABALHO, MAS PORTUGAL APURA-SE PARA AS “MEIAS”
Portugal conseguiu garantir a passagem às meias-finais do europeu de futsal ao bater a Finlândia por 3-2, mas desengane-se quem pense que foi um jogo fácil. A seleção nórdica é estreante em europeus, e por isso mesmo, muitos podiam pensar que seriam favas contadas para a seleção nacional. Mas desde cedo que se percebeu que a Finlândia seria um osso duro de roer.
Para surpresa de todos, talvez até para os próprios jogadores portugueses, a seleção finlandesa entrou na quadra a apostar num jogo muito físico e a fazer pressão alta. Se esta ousadia culminou em alguns lances de perigo para a Finlândia, também abriu espaço na defensiva finlandesa e que Portugal soube aproveitar. Logo aos três minutos de jogo, Pany Varela com uma grande arrancada pela esquerda assistiu Afonso Jesus para o primeiro da partida.
Ainda aproveitando o espaço dado nas costas, André Coelho esteve muito perto de fazer o segundo para os portugueses, mas o remate acertou em cheio na barra da baliza de Savolainen. Portugal estava bem no jogo, conseguia contrariar a pressão finlandesa, mas contra a corrente do jogo foram os nórdicos que marcaram de bola-parada por Hosio, que ao segundo poste restabeleceu o empate. Se a Finlândia aproveitou o momento das bolas-paradas para marcar, Portugal não quis ficar atrás e, aos 14 minutos, Bruno Coelho assistiu Afonso Jesus que fez o seu segundo golo na partida.
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Na segunda parte, o jogo manteve-se no mesmo ritmo, com Portugal a ser superior em todos os momentos do jogo, mas que não conseguia concretizar as oportunidades de golo que ia tendo. Como se costuma dizer, quem não marca, sofre e a Finlândia, novamente através de bola-parada, fez o dois igual com um golo de Autio, aos 26 minutos. Uma falha de marcação portuguesa (Tomás Paçó) que a Finlândia soube aproveitar da melhor maneira.
Depois deste golo a seleção do norte da Europa ganhou novo ânimo e começou a ficar por cima do jogo, no entanto, foi Portugal que, com um remate cruzado de Miguel Ângelo, conseguiu novamente colocar-se na frente do marcador. Um golo bastante importante não só por colocar Portugal na frente do resultado, mas também porque colocou um travão na superioridade finlandesa e que se poderia mostrar muito perigosa.
Até final, destaque para a enorme defesa de André Sousa a apenas 18 segundos do fim da partida, numa altura em que estava já em campo o guarda-redes avançado, e que impediu que os finlandeses levassem o jogo para prolongamento.
De aplaudir a ousadia finlandesa que jogou olhos nos olhos com Portugal e que fez um excelente europeu, mas que não foi suficiente para derrotar os comandados de Jorge Braz. Com esta vitória, Portugal apura-se para a seguinte fase, onde irá jogar contra o vencedor do jogo entre Espanha e Eslováquia. Se os espanhóis confirmarem o seu favoritismo, teremos um duelo ibérico nas meias-finais do europeu de futsal.
A FIGURA
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Afonso Jesus – Quem estiver mais desatento pode se surpreender com a quantidade de minutos que Afonso Jesus tem tido ao longo do europeu, mas este jogo mostra muito bem o porquê de ser cada vez mais uma aposta de Jorge Braz. Excelente na leitura de jogo e com dois golos que ajudaram Portugal a bater a Finlândia. Leva já quarto golos em outros tantos jogos.
O FORA DE JOGO
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Futsalmaajoukkueen Olli Pöyliö kertoo kokemuksistaan lukijana ja liikkujana. Mukana Viikon haaste: Rakennetaan yhdessä parkour-rata ja taiteillaan rata läpi lukien!#Futsalfi #SeurojenPalloliitto #Luejaliiku pic.twitter.com/VvWBKP4Vfy
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Olli Pöyliö – Não esteve muitos minutos na quadra, mas quando esteve pouco acrescentou à equipa nórdica. Algumas falhas de marcação e sem capacidade para desequilibrar.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Sem surpresas, Jorge Brás apostou num 4-0 de início, mas que ao longo do jogo variava com o 3-1 com pivot. Com Erick em campo era ele que, pontualmente, fazia o papel de um pivô muito móvel. Já com Zicky Té, um pivot de raiz, o jogo de Portugal ganhava outra dimensão, com mais profundidade e mais qualidade de jogo. De destacar a grande rotação que o selecionador português tem dado à equipa, o que permite que este esteja constantemente a 100%, quer fisicamente, quer psicologicamente.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
André Sousa (7)
Erick (7)
João Matos (6)
Bruno Coelho (6)
Pany Varela (7)
SUBS UTILIZADOS
André Coelho (6)
Tomás Paçó (5)
Afonso Jesus (8)
Fábio Cecílio (6)
Zicky Té (6)
Miguel Ângelo (6)
Tiago Brito (6)
Pauleta (6)
ANÁLISE TÁTICA – FINLÂNDIA
Como já referido, os comandados de Mićo Martić não se encolhera, foram à luta e criaram muitas dificuldades a Portugal. Com pressão alta e sempre a tentar sair a jogar, a Finlândia desde o primeiro minuto atacou a baliza à guarda de André Sousa. De destacar ainda os momentos de bola-parada muito bem trabalhados.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Savolainen (6)
Autio (7)
Kytölä (6)
Hosio (6)
Alamikkotervo (6)
SUBS
Pikkarainen (6)
Jyrkiäinen (6)
Junno (6)
Korsunov (6)
Lintula (6)
Pöyliö (5)
Vanha (5)
Rescaldo de opinião de Tiago Miguel