Neste encontro, o segundo do campeão europeu em título de Futsal, estavam frente a frente as duas equipas vitoriosas na jornada inaugural, e procuravam dar um passo de gigante rumo aos quartos-de-final da prova. Ao contrário do jogo anterior contra a Sérvia, a equipa portuguesa entrou bem melhor e mais perigosa, assumindo o controlo do jogo e criando algumas boas situações junto da baliza neerlandesa, mas o guardião
O corolário desta boa entrada deu-se ao sexto minuto, com um remate de Zicky a desviar num jogador adversário e caprichosamente a acabar no fundo das redes, dando assim um aspeto no resultado mais condizente com os primeiros minutos do encontro.
A exibição de Portugal estava a ser bastante positiva e antes do intervalo ainda surgiu mais um golo para a nossa seleção, de Pany Varela. Apesar de não ter sido o autor do tento, destaque para o trabalho soberbo de Zicky, a mostrar que, com ele em campo, a equipa é muito mais objetiva e a sua qualidade e magia muito auxilia na criação de espaços para desmarcar os seus colegas de equipa.
O resultado ao intervalo traduz bem a superioridade portuguesa no encontro e é um fiel representante daquilo que foram os primeiros 20 minutos.
A segunda metade iniciou da melhor maneira para os nossos rapazes: logo aos três minutos conseguimos marcar mais um, por intermédio de Pany Varela, após uma reposição lateral, assistência para o jogador do Sporting CP que marcou após um remate de meia distância, num lance onde ficou a ideia que o guarda-redes adversário é mal batido.
📸🇵🇹🆚🇳🇱📸#FutsalEURO pic.twitter.com/mBbe8nfgBf
— UEFA Futsal (@UEFAFutsal) January 23, 2022
Nos minutos finais, destaque para um golo dos Países Baixos, num lance em que o jogador neerlandês viu a posição de André Sousa, tentou um golo de bandeira mas acertou na trave e sobrou para Bouyouzan que no frente a frente com André Sousa não desperdiçou e abriu a discussão do resultado quando ainda faltavam mais de seis minutos.
Até ao fim, os Países Baixos somente apostaram no 5×4 nos últimos 30 segundos e rapidamente se percebeu o motivo: uma perda de bola infantil do defensor graças à sua indecisão relativamente ao destinatário do seu passe permitiu a Afonso Jesus o roubo da bola. Com a baliza deserta, o golo foi uma mera formalidade e assim garantimos uma vitória tranquila e plenamente justa, que permite abordar o próximo jogo perante a Ucrânia em posição privilegiada de apuramento.
A FIGURA
🇵🇹 Zicky’s low shot deflects in off Netherlands captain Saadouni. Portugal lead in Amsterdam…#FutsalEURO pic.twitter.com/BsBtTN9VLq
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Zicky Té – Não marcou mas fez um jogo tremendo, pois assim que era chamado a jogo este mudava de feição, mostrando a sua importância vital na manobra ofensiva e defensiva da equipa. Teve um pequeno erro no golo neerlandês, mas tem bastante tempo para evoluir (afinal, ele só tem 20 anos!).
O FORA DE JOGO
🗣️ Maximiliaan Tjaden, Netherlands coach: “We had a long wait. Now we feel a bit nervous, but that’s normal. Like the night before Sinterklaas. I’m very excited, looking forward to a great tournament.”#FutsalEURO pic.twitter.com/AJ2ZuaLExs
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Maximiliaan Tjaden – O selecionador da equipa organizadora mostrou bastante respeito pela nossa seleção, talvez até demais, pois raramente procurou inverter o rumo dos acontecimentos, mesmo quando estava a perder por três golos. Dá a ideia que já ia mentalizado que ia perder.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Portugal- Jorge Braz, como habitual, apostou inicialmente na tática 4:0, sem pivot fixo no ataque, mas muito mutável ao longo do encontro, entrando Zicky sempre que se justificasse a mudança para 3:1, e foi nesta última tática que conseguimos criar mais perigo e situações iminentes de golo.
5 INICAIS E PONTUAÇÕES
André Sousa (6)
Erick Mendonça (6)
João Matos (6)
Bruno Coelho (6)
Pany Varela (7)
SUBS UTILIZADOS
André Coelho (6)
Tomás Paçó (6)
Afonso Jesus (6)
Fábio Cecílio (6)
Miguel Ângelo (6)
Tiago Brito (6)
Pauleta (7)
Zicky Té (8)
ANÁLISE TÁTICA – PAÍSES BAIXOS
A organizadora deste torneio apostou num pivot declarado no ataque, Said Bouzambou. Ao longo do encontro não criou grandes sobressaltos à equipa portuguesa. Não revelou grande audácia durante o tempo de jogo, parecendo que entrou resignado com uma eventual derrota.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Manuel Kuijk (6)
Mats Velseboer (5)
Karim Mossaoui (5)
Yoshua St Juste (5)
Said Bouzambou (5)
SUBS UTILIZADOS
Oualid Saadouni (4)
Jamal El Ghannouti (5)
Lahcen Bouyouzan (5)
Amir Molkarai (5)
Mohamed Attaibi (5)
Jordany Martinus (5)