Honestamente, já começam a faltar as palavras para descrever tudo aquilo que Ricardo Braga, conhecido no mundo do futsal por Ricardinho, faz, mas, como todos vocês sabem, o “pequeno mágico” continua a desafiar as leis do desporto nacional e a conquistar distinções individuais e prémios coletivos pelos clubes por onde passa.
Neste fim-de-semana que agora passou, o português somou “apenas” mais uma distinção como melhor futsalista do ano de 2016, para o site Futsal Planet, que é uma espécie de Bola de Ouro do futsal mundial, à falta de prémios de valia equiparável – se bem que o site em questão tem um prestígio assinalável no seio da modalidade a nível mundial (não estou a por isso em questão!) -, a qual juntou à conquista do mais importante troféu a nível europeu de clubes, a UEFA Futsal Cup, numa final desnivelada em termos de resultado (7-0) e onde o melhor jogador do mundo “molhou a sopa” em duas ocasiões.
Com a sua mais recente distinção, já vai em quatro anos a arrecadar o prestigiado prémio, três dos quais de forma consecutiva (2014,2015 e 2016, para além de 2010).
Posto isto, que são factos e que estão à vista de todos, eu penso que todos nós nos deveríamos sentir abençoados por poder ter tido a oportunidade de assistir a um dos jogadores que vai ficar eternizado na história do desporto mundial, não pelo comum dos mortais, mas por alguém que acompanhe minimamente o mundo desportivo; que ao se falar em futsal, dois nomes vão saltar logo à memória de qualquer entendido: Falcão e Ricardinho, sem esquecer outros jogadores que marcaram um lugar na história por mérito próprio, tais como Manoel Tobias, e muitos outros que também não me recordo, uma vez que jogaram durante uma época na qual eu não era ainda nascido.
Não digo hoje em dia, até porque a carreira do nosso jogador ainda se irá aguentar mais uns anitos, mas se há algo que une portugueses e brasileiros é a capacidade de formar grandes valores, em qualquer uma das variantes do futebol (futebol de XI, futsal e futebol de praia). No futsal, já dei os meus exemplos, nas outras duas disciplinas há muitos e bons espécimes, mas creio que não vale a pena estar a atalhar por esse caminho.
Tudo isto para valorizar o que Ricardinho tem ganho ao longo da sua carreira, tanto individual como coletivamente, pelo que irá deixar uma imagem muito boa daquilo que foi e (esperemos!) continuará a ser o futebol de salão em Portugal.
Foto de Capa: Inter Movistar
Artigo revisto por: Francisca Carvalho