SL Benfica 3-2 Levante UD: A la Final Four

    A CRÓNICA: DE FATO DE MACACO TAMBÉM SE TOCA PIANO

    Quase nunca com brilhantismo, mas com muita competência. Foi assim que o SL Benfica assegurou a passagem à Final Four da Liga dos Campeões de Futsal. A vitória por 3-2, no Pavilhão da Luz, diante do Levante UD, deu aos encarnados o primeiro lugar do grupo D da Ronda de Elite e permitiu à equipa de Pulpis seguir em frente. Desde 2016, que as águias não chegavam a esta fase da prova.

    A intensidade do jogo foi digna daquilo que este representava. Lances duros, faltas em excesso, festejos em cada ação bem-sucedida e até algumas quezílias criaram um clima de tensão, em que o erro se pagaria ao preço do ouro. Dominava o Benfica.

    De uma bola parada, ainda com a ajuda do poste, surgiu o golo de Rafael Henmi que revolucionou o cenário instalado. A partir daí, o Levante lançou Rafa Usín como guarda-redes avançado que caiu como água gelada numa superfície a ferver. O 5X4 serenou a equipa espanhola e permitiu-lhe ganhar confiança com bola.

    A partir desse momento, as equipas equivaleram-se. O SL Benfica ia tentando com as subidas de Roncaglio criar oportunidades. A postura defensiva do Levante UD não impedia os azulgrana de explorarem a ousadia das águias, tendo Gallo até encontrado espaço para levar a bola ao poste.

    A agressividade imposta levou os dois conjuntos para o intervalo com cinco faltas. No caso do SL Benfica, foram dez minutos a tentar não conceder livre direto, o que permitiu algum ascendente ao Levante UD.

    O reinício do jogo voltou a ser jogado a todo o gás, mas sem que o Levante UD conseguisse acompanhar a combustão. O SL Benfica dilatou a vantagem por Chishkala. No mesmo minuto, o Diego Ríos, técnico dos espanhóis, quis usar o 5X4 para ferir e acabou por se aleijar quando Roncaglio finalizou de baliza a baliza.

    Os golos pareciam nascer aos pares. Ainda com muito tempo para jogar, Araça e Rafa Usín relançaram o jogo ao reduzirem novamente a desvantagem para um golo.

    O SL Benfica queria fugir e não conseguia e era encostado às cordas por um Levante UD em 5X4 até final. Só que o piano também pode ser tocado de fato de macaco e a competência defensiva valeu a passagem das águias à fase seguinte.

    A FIGURA

    Fonte: Bola na Rede

    Marc Tolrà – Esteve em grande plano a jogar contra a ex-equipa. Pautou todo o jogo de 5X4 com que o Levante moeu o Benfica.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Bola na Rede

    Bruno CintraErrático na hora de servir os companheiros e incapaz nos segundos de finalizar. Pecou em situações que podiam dar conforto ao Benfica.

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Logo desde início, o SL Benfica apostou num 4X1 com Jacaré a desempenhar a função de pivô que alternou com Fits. O fixo, Nilson, responsabilizou-se pela marcação ao pivô contrário, sendo que quando este não estava em campo a marcação ao pivô variava. Nas alas, com o pé trocado promovendo o remate, alinharam Henmi e Arthur.

    Cedo as águias apostaram na exploração do guarda-redes adiantado. Os comandados de Pulpis não conseguiram obter grande proveito de tal variante tática.

    A pressão alta no meio-campo adversário foi uma constante. Para defender o 5X4 do adversário, os jogadores encarnados posicionaram-se em losango.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diego Roncaglio (5)

    Nilson (5)

    Arthur (6)

    Rafael Henmi (5)

    Jacaré (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Afonso Jesus (5)

    Robinho (5)

    Chishkala (6)

    Tayebi (5)

    Bruno Cintra (4)

    Fits (5)

    ANÁLISE TÁTICA – LEVANTE UD

    Pedro Toro foi o escolhido para desempenhar a função de pivô. Com o iniciar da rotação, o Levante abdicou de um homem fixo no ataque, dispondo-se num 5X0.

    À semelhança do que aconteceu no Benfica, Rivillos, esquerdino, posicionou-se junto da ala direita e Rubi, destro, junto da ala esquerda. Tolrà ia substituindo Rescia no lugar de fixo.

    Conseguiram disputar o jogo assim que acertaram com as marcações. Desse modo, obrigaram o Benfica a errar com mais frequência.

    Na primeira parte, os valencianos, recorrendo a Rafa Usín, usaram o 5X4 mais como forma de gerirem os ânimos do que como arma para ferir o adversário. Na segunda parte, já com Roger no papel de guarda-redes avançado, foram mais acutilantes.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Fede (7)

    Maximiliano Rescia (6)

    Mario Rivillos (5)

    Rubi Lemos (5)

    Pedro Toro (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Araça (5)

    Rafa Usín (5)

    Marc Tolrà (7)

    Gallo (5)

    Hamza Maimón (5)

    Roger Serrano (5)

    Foto de Capa: Bola na Rede

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.