A segunda parte começou com o Benfica a tentar tomar conta da corrente de jogo, mas muitas vezes era travado em falta com o Sporting a chegar cedo aos quatro cartões amarelos. Em contrapartida o Sporting foi subindo as linhas e o Benfica não conseguia entrar com facilidade no último terço do terreno. Fernandinho acabaria por chegar ao primeiro da segunda parte com um remate rasteiro depois de uma assistência longa. O Benfica chegava assim ao 4-3 com um golo de pormenor do jogador da equipa da casa que bisava na partida.
À entrada dos últimos dez minutos da partida Dieguinho partiu a defesa dos encarnados com uma finta genial e deu a bola para Divanei escrever o seu nome na ficha de golos da partida. O Sporting chegava assim ao 5-3 quando o cronometro marcava meia hora de jogo. Enquanto corríamos para o final da partida ia-se percebendo claramente que o Benfica era a equipa com maior frescura física, mas que nada tinha vantagem com a eficácia do Sporting na hora de rematar à baliza de Cristiano.
Fábio Cecílio fez estremecer a baliza de André Sousa com um remate fortíssimo ao ferro da baliza, um lance que surpreendeu qualquer adepto de futsal. Após a jogada André Sousa precisou de ser assistido devido ao cansaço, calor no pavilhão e dificuldade em respirar devido ao fumo que vinha das bancadas. A quarta falta do Sporting foi cometida por Varela que, não querendo, acabou por levar o amarelo e o Sporting a aumentar o número de amarelados. O livre foi marcado mesmo à entrada da área, do lado esquerdo, depois de uma paragem forçada devido à falta de condições para a prática do futsal. O motivo foi o fumo existente dentro do pavilhão. No livre, André Sousa foi o protagonista ao dar o corpo à bola para não sofrer golo.
E se nesse lance foi André Sousa o homem do momento, no seguinte lance foi Cristiano a superiorizar-se aos adversários. Dois lances que mostraram toda a qualidade individual dos dois guarda-redes dos rivais. Fernandinho marcou o terceiro da conta pessoal segundos depois do Benfica passar a jogar com guarda-redes avançado, sendo este, Bruno Coelho.
O Benfica reduziu assim para um golo de diferença numa altura em que as bancadas estão cada vez mais ao rubro com o futsal que os jogadores estão a praticar dentro das quatro linhas. A trinta e quatro segundos do fim o Benfica chegou ao empate com um belíssimo golo de contra-ataque com o camisola 17 das águias a rematar pelo meio das pernas do guarda-redes leonino. Assim sendo, o jogo foi para prolongamento com mais duas partes de cinco minutos cada para tentar desempatar o 5-5.
A primeira parte do prolongamento ficou marcada por ser talvez o período mais físico de todo o jogo. Muitas faltas e paragens fizeram os cinco minutos parecer uma eternidade com, tanto o Benfica como o Sporting, a atingirem as cinco faltas. A segunda metade do prolongamento fica agora marcada pela diminuição do ritmo de jogo devido ao estado físico de todos os jogadores em campo. Sem golos nestes dez minutos de prolongamento o jogo acabaria por ter que ficar decidido nas penalidades, a serem cobradas na baliza mais próxima das claques leoninas.
O Sporting venceu o quarto jogo da final e leva a decisão final para o próximo sábado no Pavilhão João Rocha em Alvalade. Depois de uma partida cheia de emoção, com muita velocidade e qualidade individual e coletiva, foram os leões a vencer as grandes penalidades e a adiar a decisão final da liga portuguesa de futsal.
Foto de Capa: Sporting CP