A transferência de Ricardinho para o ACCS Futsal Club foi uma surpresa para muitos. A verdade é que não estamos habituados a tanto protagonismo do Futsal para os lados da Europa Ocidental ou da Central, mas é uma realidade que, mais tarde ou mais cedo, vai acabar por acontecer. Por isso, a surpresa foi para aqueles que estão desatentos ao crescimento da modalidade em alguns países.
Algumas pessoas devem estar a questionar: porque é que o Futsal na Europa Ocidental e na Europa Central poderá “rebentar”? Ora, pois, já tivemos uma primeira prova no Europeu de 2018. A França marcou presença na sua primeira grande competição de seleções e logo na estreia surpreendeu a seleção que era até àquele momento a campeã Europeia, Espanha. Uma surpresa que foi curta, porque o sonho terminou logo após a derrota contra o Azerbaijão, contudo era um sinal positivo para os gauleses.
A historic moment as France score their first ever #FutsalEURO goal! ⚽💪
🇫🇷 Abdessamad Mohammed 👏👏👏 pic.twitter.com/XBHYV6Nk9W
— UEFA Futsal (@UEFAFutsal) February 1, 2018
Ainda assim, a Federação Francesa de Futebol continuou a sua grande aposta no Futsal e chegamos a 2020 com duas boas notícias para a mesma: a sua seleção na Elite Round da Qualificação para o Mundial na Lituânia e a mudança do melhor do Mundo para o campeonato francês. Mas vamos por partes.
A França está, possivelmente, no “Grupo da Morte” (como se diz na gíria) que conta com a presença da Sérvia, Espanha e Ucrânia. Contudo, marcar presença aqui já é uma clara evidência do crescimento que a seleção francesa tem tido nos últimos tempos. Aliás, já tivemos a oportunidade de ver dois jogos de preparação entre França e Portugal, nos quais houve pontos positivos a destacar do lado francês. Com duas derrotas pela margem mínima (1-2 e 3-4) é certo, mas às vezes é importante olhar para aquilo que é a preparação (e consequente evolução) e não tanto para o resultado.
A vinda de Ricardinho para o Futsal francês só tem prós para a modalidade no país. Quantos jovens não podem vir a integrar clubes para jogarem? Veremos muitos, certamente. O que vão sentir os jogadores que atualmente jogam nas equipas do 1.º escalão? Pois, muita vontade de mostrar também a sua qualidade nas quadras. E não esquecer que o protagonismo que a Liga vai ter com a chegada de Ricardinho! Pelo menos em Portugal, acredito que haja uma abertura a este novo campeonato para que muitos possam acompanhar o percurso do capitão da seleção portuguesa.