A CRÓNICA: DE DECISÃO EM DECISÃO, FOI O FC PORTO CAMPEÃO
Chegou o dia da decisão das decisões. O Dragão Arena foi palco do jogo número cinco da final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Foram quatro jogos com duas vitórias a apender para cada lado. Ao último jogo, FC Porto e SL Benfica tinham o derradeiro duelo para decidir quem levantaria o troféu de campeão nacional.
Ao longo desta final, existiu uma sina no Dragão Arena – a do FC Porto marcar nos primeiros segundos do encontro. Desta vez, foi Gonçalo Alves a abrir o marcador, com Pedro Henriques a desviar-se para o lado contrário do caminho da bola. ´
Mas, não tanto à semelhança de um passado bem próximo no Dragão Arena, o SL Benfica reagiu. Pol Manrubia, sozinho e sem pressão, percorreu a quadra e, ainda de longe, bateu Xavi Málian. Estava feito o empate, num jogo em que, dentro e fora da quadra, estava o ambiente a ferver.
O ritmo de jogo estava frenético. Ambas as formações estavam concentradíssimas para este duelo, com o nível de ambição elevadíssimo. Existia um FC Porto menos agressivo, frente a um SL Benfica a acumular bastante faltas, com o passar do tempo. A diferença mais notória residia nos momentos defensivos, mas ambas as equipas demonstravam determinação e, por isso mesmo, o resultado permanecia num empate.
Mas, mais cedo se falava, mais cedi empate se desfazia. Num lance rápido, mas confuso, frente à baliza de Pedro Henriques, foi Carlo di Benedetto a fazer “o gosto ao stick” e a dar a vantagem aos dragões. Até ao intervalo, não houve mais história para contar. Esperava-se uma segunda parte tão ou mais aguerrida, como o jogo estava a ser.
A entrada para a segunda metade do duelo, a concentração ainda existia, mas a emoção parecia estar acima da razão. Pol Manrubia e Reinaldo Garcia foram admoestados com cartão azul, pois os ânimos também não estavam os melhores. Ambas as equipas alcançaram as nove faltas ainda com muito tempo para jogar e o ritmo acabaria condicionado por isso mesmo.
E, à décima falta, eis o primeiro livre direto, a nove minutos e meio do final. Depois de um falta assinalada ao FC Porto, Pablo Alvaréz foi chamado a converter perante Xavi Málian e o guardião portista disse “presente”!
Dois minutos depois, quem marcou presença foi mesmo Pablo Alvaréz que empatou o marcador. O ritmo abrandou e, no meio da calmaria, as águias marcaram para reduzir a vantagem portista. Faltavam pouco mais de cinco minutos e, hóquei sendo hóquei, nada estava decidido.
Depois do golo benfiquista, a equipa da Luz chegou à décima falta. Não converteu Alvaréz na oportunidade que teve, mas converteu Gonçalo Alves. O FC Porto voltou à vantagem no marcador, por 3-2.
Mais uma vez, os ânimos voltaram a ascender a pique. Desta vez, foi Edu Lamas a ver cartão azul e o SL Benfica começou a perder o ritmo de jogo frente a um FC Porto focado a nível ofensivo. Mais um livre direto, mais uma vez Gonçalo Alves chamado à marca e, desta vez, foi Pedro Henriques a mostrar que também estava presente!
Faltavam apenas dois minutos para ficar a ser conhecido o campeão nacional de hóquei em patins. Para a equipa da Invicta, o tempo parecia não passar. Para as águias, o tempo estava a voar. Mas passou e o FC Porto sagrou-se campeão nacional de hóquei em patins depois de vencer por 3-2 no jogo final da série.
24.° título de Campeão Nacional de Hóquei em Patins do FC Porto 🏆💙#FCPortoHoquei #FCPortoSports pic.twitter.com/8EZY50pKV9
— FC Porto (@FCPorto) June 29, 2022
A FIGURA

Gonçalo Alves – É inegável a qualidade e a dimensão de Gonçalo Alves nesta equipa do FC Porto. É um verdadeiro dinamizador de jogo e dos mais importantes que os dragões têm no seu plantel. Imbatível é nome do meio.
O FORA DE JOGO

Poka – O jogador do SL Benfica fica mais apreensivo de cada vez que volta ao Dragão Arena. Nos três jogos desta final onde a equipa encarnada teve de visitar a casa do FC Porto, Poka revelou-se receoso de enfrentar o jogo e cada uma das finais. A “negra” foi mais uma prova disso. Tem qualidade para mais.
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
A vantagem madrugadora, mais uma vez, no marcador permitiu a que a equipa do FC Porto jogasse em ataque apoiado e criar muitos desequilíbrios na partida. A tranquilidade dos azuis e brancos transpunha-se na forma como se mostraram ao jogo.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Xavi Malián (7)
Gonçalo Alves (7)
Ezequiel Mena (6)
Carlo di Benedetto (7)
Xavi Barroso (6)
SUBS UTILIZADOS
Reinaldo Garcia (6)
Telmo Pinto (6)
Rafa (6)
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
Com Carlos Nicolía a ser a baixa de peso na formação das águias, eram privilegiadas as jogadas individuais ao invés do ataque apoiado. Nas movimentações defensivas, existia uma grande pressão benfiquista sobre a equipa da Invicta.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Pedro Henriques (6)
Pol Manrubia (7)
Pablo Alvaréz (7)
Edu Lamas (6)
Diogo Rafael (6)
SUBS UTILIZADOS
Gonçalo Pinto (6)
Poka (6)
Zé Miranda (6)
Foto de Capa: Diogo Cardoso / Bola na Rede