A CRÓNICA: PORTISTAS CONSISTENTES NA GESTÃO DE JOG
A Final do Campeonato de Hóquei em Patins opõe frente a frente o FC Porto e o Benfica, em perspetiva um grande jogo. Os dragões eliminaram o OC Barcelos com três vitórias em três jogos e as Águias mais desgastadas tiveram de jogar a negra frente ao Sporting CP para alcançar a final.
No Dragão Arena, os portistas chegaram à vantagem logo, aos dois minutos, por Carlo Di Benedetto que recebeu o passe de Gonçalo Alves, na sequência de uma transição rápida. O FC Porto era mais agressivo na disputa dos lances e conseguia criar mais perigo à baliza de Pedro Henriques do que o SL Benfica à de Xavi Malián. À medida que os minutos passavam, os visitantes apostavam mais no contra-ataque enquanto o adversário se mantinha fiel ao ataque apoiado.
Aos 12 minutos, Nicolía cometeu falta sobre Mena na área encarnada e recebeu cartão azul. Na grande penalidade, Pedro Henriques susteve o remate de Gonçalo Alves e os encarnados ficaram com menos um jogador durante dois minutos.
Em vantagem numérica e com o guarda-redes titular do Benfica a ser assistido, o FC Porto alargou a vantagem e fez o 2-0 com um remate de meia distância de Gonçalo Alves. Os portistas estavam embalados e, um minuto depois, dilataram a vantagem no marcador. Aos 14 minutos, Telmo Pinto, atrás da baliza visitante, fez o passe para Di Benedetto que ultrapassou Poka e atirou para o fundo das redes (3-0).
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— FC Porto (@FCPorto) June 16, 2022
Uma moldura humana que caraterizou este jogo um da Final do Campeonato de Hóquei
A equipa da casa acabou por gerir o seu esforço e desacelerou o ritmo do jogo. Ainda antes do intervalo, Gonçalo Alves rodou na linha direita da área do SL Benfica e perante dois adversários, conseguiu colocar a bola no poste do lado contrário. Solto de marcação, Xavi Barroso fez o quarto golo do FC Porto na recarga. Já o SL Benfica ainda teve uma oportunidade de livre direto pela décima falta da equipa da casa, mas Nicolía não conseguiu bater Malián.
A segunda parte iniciou-se novamente com uma entrada forte dos dragões. Aos dois minutos, Mena picou a bola sobre os defesas encarnados e a bola chegou a Rafa que isolado fez a mão cheia de golos para a equipa da casa.
O FC Porto manteve a gerir o jogo em posse de bola, mas ia criando oportunidades tal como o SL Benfica que estava mais ativo no ataque. Contudo, os guarda-redes mantiveram as balizas invioladas o resto do tempo do jogo. Destaque também para a ineficácia nos livres diretos das duas equipas.
A FIGURA
Gonçalo Alves – O goleador do FC Porto foi importante na vitória. Fez os três primeiros tentos da equipa e mostrou-se persistência, mesmo quando as coisas não lhe correram bem. Nota ainda para Xavi Malián, também decisivo com várias intervenções, algumas das quais de dificuldade elevada.
O FORA DE JOGO
Poka – O jogador do SL Benfica voltou ao Dragão Arena e não foi feliz. Em três golos do FC Porto, o internacional português revelou alguma apatia e passividade, não conseguindo suster o ímpeto portista. O segundo golo dos dragões foi o maior exemplo. Foi completamente ultrapassado por Gonçalo Alves que conseguiu ficar em boa posição para o golo. No ataque, tentou de longe mas foi ineficaz tal como o resto da equipa.
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
Ricardo Ares tentou ser agressivo na disputa da bola e correu riscos porque a equipa tinha já seis faltas cometidas nos primeiros oito minutos da partida. Com a vantagem cedo no marcador e com a equipa a jogar em ataque apoiado, o FC Porto conseguiu criar muitos desequilíbrios na partida. A partir do 3-0, os dragões geriram o seu ritmo.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Xavi Malián (8)
Xavi Barroso (7)
Rafa (7)
Gonçalo Alves ()
Carlo Di Benedetto ()
SUBS UTILIZADOS
Tiago Rodrigues (6)
Carlos Ramos (-)
Reinaldo Garcia (6)
Ezequiel Mena (7)
Telmo Pinto (7)
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
Nuno Resende viu a equipa sofrer um golo logo no início da partida. Os encarnados sentiram alguma dificuldade em criar perigo à baliza de Xavi Malián, preferindo muitas vezes as jogadas individuais ao ataque apoiado, quando recuperavam a bola na defesa. Na segunda parte, a equipa apareceu mais solta ofensivamente e com mais ideias nos momentos ofensivos, mas não foi suficiente.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Pedro Henriques (7)
Edu Lamas (5)
Lucas Ordoñez (5)
Pol Manrubia (5)
Gonçalo Pinto (6)
SUBS UTILIZADOS
Rodrigo Vieira (-)
Diogo Rafael (5)
Poka (5)
Carlos Nicolía (5)
Zé Miranda (-)