FC Porto 6-4 UD Oliveirense: Jogo de loucos dá a 23.º Supertaça portista

    O campeão nacional, FC Porto, e o vencedor da Taça de Portugal, UD Oliveirense, tinham encontro marcado, em Coimbra, para a disputa de mais uma Supertaça António Livramento – esta era a 37.º edição. Os azuis e brancos são a equipa que têm mais títulos nesta competição num total de 22 troféus. Para este jogo ambas as formações tinham, à partida, o mesmo favoritismo numa final que podia cair para qualquer um dos lados.

    Os portistas começaram melhor no jogo, mas foi a UD Oliveirense que fez o primeiro golo da partida e muito madrugador. Ao minuto três, Xavi Barroso fez uma grande arrancada pela direita, foi sozinho sem qualquer oposição e depois só teve de encontrar Jorge Silva. O português estava no sítio certo à hora certa para marcar o primeiro da partida. Era a vantagem de 0-1 para a Oliveirense.

    Estávamos perante um belo dia tanto para Nelson Filipe como para Xavier Malián, pois estavam a ser protagonistas. Grandes jogadas coletivas tanto do FC Porto como da UD Oliveirense, contudo, entre os postes estavam dois belos guarda-redes que defendiam aquilo que conseguiam!

    Carlo Di Benedetto estava com muita vontade de fazer história no jogo e pelo menos deu uma ajuda no empate a um. Ao minuto dez, a jogada começou com Rafa, que rematou com força. A bola sofreu um desvio e apareceu o francês para dar incomodar a defesa. Andou meia perdida, mas acabou na baliza de Nelson Filipe. Era o empate na partida. Um lance estranho com o golo a ser atribuído ainda a Rafa, que foi quem rematou na primeira instância.

    Ao minuto 17, houve penalti marcado a favor do FC Porto. O árbitro Luís Peixoto apontou para a marca do castigo máximo e de maneira acertada. Para bater o penalti aproximou-se Sergi Miras, que não vacilou e marcou novo golo portista. Um penalti indefensável para Nelson Filipe. A remontada estava feita e era vantagem de 2-1 para os azuis e brancos.

    A faltar sensivelmente dois minutos para o final, houve novo empate na partida e desta vez a dois. Jordi Bargalló fez aquilo que melhor sabe fazer e conduziu a bola até perto da baliza adversária. O espanhol tirou um colheu da cartola: um passe de costas e por baixo das pernas para Marc Torra, um passe que é meio golo. Depois o número oito rematou de modo inesperado para o fundo da baliza portista. Foi, sem dúvida, um verdadeiro hino ao Hóquei em Patins este golo.

    Depois de uma grande primeira parte, as duas formações recolheram aos balneários com um empate a dois. Era expetável que a intensidade que vimos neste primeiro tempo tivesse continuidade para a segunda e ainda bem para o jogo e para os adeptos da modalidade!

    A UD Oliveirense entrou bem no jogo, mas foi um pouco a baixo depois, deixando o marcador fugir. Ao intervalo, havia um empate a dois
    Fonte: UD Oliveirense/Simoldes

    A segunda parte começou um pouco mais calma e também com poucas oportunidades de perigo junto das balizas de Xavier Malián e de Nelson Filipe. Porém, veio muito faltosa e era de esperar que uma das equipas ficasse cedo tapada por faltas e podia ser perigoso, pois em caso de uma décima seria um livre direto.

    E foi isso que aconteceu ao minuto sete. Marcada a 10.º falta para o FC Porto e a Oliveirense recebia o primeiro livre direto. Uma belíssima oportunidade para a equipa de Oliveira de Azeméis de dar a reviravolta na partida e assim foi! Já se sabe que o espanhol Marc Torra de livres diretos é exímio e não falhou… Estava dada nova cambalhota no marcador e o marcador no pavilhão mostrava o 2-3 a favor da UD Oliveirense.

    Mas já se sabe que no Hóquei em Patins não há descanso para as equipas nem sequer para o marcador. Depois de um desconto de tempo, a 15 minutos para o final do segundo tempo houve um livre muito bem aproveitado por parte dos portistas. Carlo Di Benedetto deu um pequeno passe e Sergi Miras não foi de modas, fuzilando Nelson Filipe. O guarda-redes português não conseguiu ver a bola partir, pois Jordi Bargalló estava à sua frente. Era um novo empate na partida, mas agora a três golos.

    A faltar dez minutos, houve duas faltas assinaladas a Marc Torra de forma consecutiva e, consequentemente, a 10.º falta para a UD Oliveirense. Um pouco escusado esta segunda falta do jogador espanhol que retardou o jogo e, por isso, foi marcada a falta. O jogador do FC Porto Cocco foi para o livre direto e também para marcar o quatro golo da equipa na partida. Era nova remontada no jogo e era 4-3 a favor dos azuis e brancos.

    A faltar 8.30 para o final, foi marcada a 15.º falta, mas Marc Torra não conseguiu bater Xavier Malián novamente no jogo. Foi uma bela defesa do guarda-redes portista que mantinha a vantagem para a sua equipa na partida. Uma defesa que foi festejada como de um golo se tratasse, e havia mesmo razões para isso.

    A 1.42 houve cartão azul para Bargalló, numa situação em que é falta, mas a amostragem do cartão é algo exagerada. Di Benedetto falhou o livre, mas na sequência houve novo cartão azul – e este muito bem mostrado – a Jorge Silva. Uma entrada desnecessária do português sob o francês do Porto que é completamente abalroado.

    Porém, este azul e falta deu um penalti a favor dos azuis e brancos. Gonçalo Alves foi o homem que assumiu a responsabilidade. Falhou o primeiro, mas depois fez uma “picadinha” subtil… Mas que golo do 77 do FC Porto. Era o 5-3 a favor dos portistas.

    A faltar um minuto e com a Oliveirense ainda reduzida a quatro unidades, houve novo golo para o FC Porto. Um grande trabalho pela esquerda de Reinaldo Garcia, que encontrou do outro lado Gonçalo Alves e o português marcou novo golo na partida. Era o 6-3 para os azuis e brancos, que aproveitaram a situação de superioridade numérica da melhor maneira.

    Mas ainda havia tempo para um golo para a equipa de Oliveira de Azeméis. Assinalou-se penalti a favor da UD Oliveirense, mas Marc Torra falhou o penalti. Na sequência da jogada, o oito da Oliveirense foi buscar a bola e fez uma picadinha sobre Xavier Malián, marcando assim o quatro da sua equipa e o terceiro da conta pessoal. Era o 6-4, resultado ainda a favor do FC Porto.

    O jogo terminou então com a vitória dos portistas sob a UD Oliveirense, numa partida de loucos e que teve emoção até ao fim. Este é o 23.º troféu da Supertaça António Livramento para o FC Porto, que domina por completo esta competição a nível de títulos. Dar uma palavra às duas equipas que dignificaram o Hóquei em Patins português, pois vimos uma grande exibição de ambas as formações.

    CINCO INICIAL:

    FC Porto – Xavier Malián (GR), Rafa, Carlo Di Benedetto, Gonçalo Alves e Reinaldo Garcia

    UD Oliveirense – Nelson Filipe (GR), Xavi Barroso, Jorge Silva, Marc Torra e Henrique Magalhães

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.