FC Porto 7-7 SL Benfica: Clássico com chuva de golos termina em empate

    Esta tarde, perante um Dragão-Caixa muito bem composto e perto da lotação máxima, dragões e águias disputavam um encontro muito importante para as contas finais do campeonato nacional de hóquei em patins. Depois de uma primeira parte em que o Porto foi superior, o Benfica realizou uma segunda metade onde foi letal nas transições rápidas e o jogo acabou por terminar com uma igualdade a 7-7.

    O Porto não precisou de muito tempo para criar perigo e através de uma iniciativa individual de Gonçalo Alves, o número setenta e sete portista apenas foi travado por Pedro Henriques. Sem forçar muito, disputados cerca de quatro minutos de jogo, Hélder Nunes viu um cartão azul após uma infração sobre Nicolia. Jordi Adroher tentou bater Carles Grau com uma “picadinha”, mas o jovem guardião espanhol manteve o 0-0 no marcador.

    Em situação de superioridade numérica, o Benfica ainda dispôs de duas grandes oportunidades para abrir o ativo, mas foram bem mais as dificuldades para retirar o esférico ao conjunto portista que, mesmo com um jogador a menos em pista, conseguiu manter a posse de bola durante grande parte dos dois minutos de “underplay”.

    Retomado o cinco para cinco, o Porto começou a aumentar o ritmo em pista e após alguns avisos, Hélder Nunes, bem perto da linha de meio campo e a meias com Adroher, fez primeiro golo da tarde. Logo a seguir, numa situação de dois para dois mal defendida pelo Benfica, Gonçalo Alves recuperou, levou e enrolou o esférico para o fundo da baliza de Pedro Henriques. 

    A perder por dois golos de diferença e mesmo sem conseguiu responder da melhor maneira, o Benfica chegou ao golo. Num lance parecido com o primeiro golo do Porto, Nicolia stickou perto da linha de meio campo e a meias com um patim de Reinaldo Garcia, bateu Grau. Passado cerca de um minuto, Adroher ficou perto de restabelecer a igualdade e no seguimento do lance, foi Rafa a ficar pertíssimo do terceiro tento azul e branco. Valeram Carles Grau e Pedro Henriques, respetivamente. De seguida, o marcador esteve quase a mexer, mas os guardiões voltaram a levar a melhor.

    Com cerca de oito minutos para o intervalo, Miguel Rocha fez um autêntico carrinho sobre Hélder Nunes e, como é óbvio, viu um cartão azul. Foi o próprio Hélder Nunes assumir a responsabilidade, mas Pedro Henriques travou as intenções do capitão portista.

    Desta feita, foi o Porto a beneficiar de uma situação de superioridade numérica e de forma assertiva chegou ao 3-1. Gonçalo Alves viu Rafa solto ao segundo poste, tentou colocar-lhe a bola, mas acabou por ser Nicolia a colocar o esférico no interior da baliza encarnada. Logo a seguir, num lance onde foi feliz no ressalto, Diogo Rafael ficou perto de reduzir a diferença, mas Carles Grau impediu o golo das águias.

    Finalizada a primeira parte, o Porto vencia o Benfica por 3-1. Resultado justo, pois, apesar do equilíbrio demonstrado nos primeiros instantes da partida, os dragões foram crescendo com o desenrolar dos minutos, demonstrando mais velocidade, querer e atitude, tanto a defender a atacar, o que resultou em três golos, mas poderiam ser mais. É verdade que o Benfica, também, poderia ter marcador por mais uma ou outra vez, mas num jogo que poderia começar a definir o campeão nacional, esperava-se mais dos encarnados.

    Hélder Nunes realizou uma boa exibição, tendo apontando três golos, mas acabou por desperdiçar dois livres diretos que poderiam ter originado um resultado diferente
    Fonte: FC Porto Sports

    As duas equipas regressaram dos balneários com vontade de marcar cedo, mas esse desejo esbarrou em Henriques e em Grau que, com mais ou menos dificuldades, foram impedindo novas mexidas no marcador.

    Jogados cerca de três minutos e meio do segundo tempo, o Porto usufruiu de uma grande penalidade. Gonçalo Alves foi o escolhido para a conversão do penalti, mas acabou por stickar ao lado. Volvidos dois minutos, numa situação de contra-ataque conduzida por Nicolia, Valter Neves, diante de Grau, fez uma “picadinha” e reduziu o marcador para 3-2. De seguida, numa nova situação de transição rápida conduzida por Nicolia, Adroher, a passe do argentino, restabeleceu a igualdade. 

    Quando nada o fazia prever, o Benfica, num curto espaço de tempo, marcou dois golos e colocou o marcador em 3-3. O Porto havia recomeçado melhor, mas duas transições mortíferas das águias fizeram estragos e o jogo voltava a estar em aberto.

    O Porto procurava responder aos dois golos sofridos num par de segundos, mas o Benfica, com a situação em que se encontrava no marcador, tentava fechar todos os caminhos até à baliza de Pedro Henriques, mas diante de uma equipa como os dragões isso não é fácil. No entanto, foram mesmo os encarnados a voltar a marcar e a conseguir virar o marcador. Num lance onde Adroher parece falhar a bola, a mesma sobra para Miguel Rocha que não desperdiça a oportunidade de ouro e fez o 4-3. 

    Pela primeira vez em desvantagem no encontro, os dragões carregaram e numa situação extremamente rara, para não dizer única, no hóquei em patins, Hélder Nunes stickou atrás da baliza de Carles Grau e fez o empate. Um golo de costa à costa! Os jogadores benfiquistas ainda protestaram a legalidade do mesmo, mas através das imagens da transmissão televisiva, a bola não pareceu ter ultrapassado o limite legal. Todavia, a resposta no Benfica não demorou muito e numa situação de contra-ataque de dois para um, Valter Neves, a passe de Nicolia, fez a colher a Grau e voltou a colocar os encarnados na frente. Pouco depois, num lance de contra-ataque do Porto, João Rodrigues cometeu uma falta sobre Rafa no interior da área benfiquista. Gonçalo Alves voltou a ser o escolhido para a conversão da grande penalidade e apesar de Pedro Henriques ainda ter defendido o primeira tentativa, acabou perdeu a noção de onde estava o esférico e Gonçalo Alves, ao vislumbrar esta oportunidade, decidiu executar uma “picadinha” e fez o 5-5.

    Foi dos jogadores encarnados a ter estado mais tempo em rinque, tendo sido fundamental em grande parte dos golos benfiquistas
    Fonte: SL Benfica – Modalidades

    O jogo continuava animado e pouco depois do golo do 5-5, surgiu a 10ª falta do Porto. Jordi Adroher, que já havia desperdiçado um livre direto na primeira metade, voltou a ser o eleito para a marcação da bola parada e desta festa marcou e fez o 6-5. Contudo, o empate durou segundos, pois, Hélder Nunes pegou no esférico e só parou quando fez o 6-6. 

    A faltarem cerca de três minutos para o final, Miguel Rocha cometeu a 10ª falta do Benfica e, pelo meio, Adroher viu um cartão azul por protestos. Hélder Nunes, com uma enorme oportunidade para voltar a colocar o Porto na frente, não conseguiu bater Pedro Henriques que, com uma grande defesa, impediu o sétimo tento dos azuis e brancos.

    Em superioridade numérica, por mais uma vez, o Porto aproveitou um erro incrível de Valter Neves e Jorge Silva, com apenas Henriques pela frente, disparou para o fundo das redes encarnadas.

    O Benfica foi à procura de voltar a empatar a partida e após uma bola enrolada por Diogo Rafael, João Rodrigues, no interior da área portista, controlou o esférico e com a mão esquerda enviou o mesmo para o fundo da baliza de Carles Grau. 

    Até ao final, o Porto ainda carregou na tentativa de alcançar o oitavo golo, mas o resultado não mais se alterou e o jogo chegou ao fim com o marcador a indicar um empate a 7-7.

    Após uma primeira parte com poucos golos e onde o Porto parecia embalado para mais uma vitória, o Benfica aproveitou uma desconcentração dos azuis e brancos aos seis minutos do segundo tempo e repôs o empate. A partir daqui começou uma fase frénica do jogo, onde foram marcados muitos golos, com o Benfica a ser letal no contra-ataque e o Porto, quase sempre em desvantagem, foi respondendo com golos de todas as formas. Já perto do fim, Valter Neves quase deu de bandeja a vitória aos dragões, mas o Benfica, por intermédio de João Rodrigues, ainda conseguiu fazer o empate e fixar o marcador final num empate a 7-7. Colocando um ponto definitivo numa segunda parte de hino ao hóquei em patins, mas onde, mais uma vez, a equipa de arbitragem ficou à margem dos acontecimentos, ao cometer vários erros para os dois lados. 

    Terminado o encontro, o Benfica festejou o empate e, de certa forma, compreende-se o porquê de o ter feito. Para além de não ter perdido no Dragão-Caixa, garantiu o fator de vantagem direta contra o Porto e apenas depende de si para ser campeão nacional. Isto, porque na próxima semana recebe o Sporting, que esta tarde recebeu e goleou o Paço de Arcos por 13-2, e em caso de vitória fica numa posição extremamente favorável para recuperar o título perdido na última temporada.

    FC Porto

    Cinco Inicial: 1-Carles Grau (GR), 9-Rafa Costa, 57-Reinaldo Garcia, 77-Gonçalo Alves e 78-Hélder Nunes (CAP.)

    Jogaram ainda: 5-Telmo Pinto, 8-Ton Baliu e 15-Jorge Silva

    Banco: 10-Nelson Filipe (GR) e 47-Álvarinho

    SL Benfica

    Cinco Inicial: 1-Pedro Henriques (GR), 2-Valter Neves (CAP.), 4-Diogo Rafael, 5-Carlos Nicolia e 7-Jordi Adroher

    Jogaram ainda: 9-João Rodrigues e 44-Miguel Rocha

    Banco: 10-Guillem Traball (GR), 3-Hugo Santos e 74-Vieirinha

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.