OC Barcelos 2-2 Sporting CP: Girão imperial nega vitória do Barcelos

    Naquele que foi o principal encontro da 13ª jornada do campeonato nacional, o último da primeira volta, Barcelos e Sporting realizaram um belo jogo de hóquei em patins, tendo empatado a 2-2. Numa partida bastante equilibrada, o Óquei foi melhor e apenas devido a Girão não conseguiu mais do que um ponto.

    O clássico teve um começo dinâmico, com o Sporting procurar testar o experiente Ricardo Silva, sobretudo através do stick de Pedro Gil, fosse a stickar ou a assistir, mas o internacional português respondeu bem. O Óquei, limitado devido às ausências de Alvarinho e de Gonçalo Nunes, devido a estarem emprestados pelos leões, tentava circular o esférico e criar um desequilíbrio para visar a baliza de Girão.

    À passagem dos sete minutos de jogo, depois de tantos avisos, Pedro Gil, com um disparo a meia altura, que Ricardo Silva não deverá ter visto partir, abriu o marcador.

    Em desvantagem, o Barcelos conseguiu subir uns metros na pista, assim como ter o esférico em sua posse. Sem conseguir encontrar grande espaço para conseguir construir lances de golo e, após algumas tentativas de meia distância, João Almeida arriscou e com uma “picadinha” à entrada da área surpreendeu Girão e restabeleceu a igualdade.

    O golo deu animo ao conjunto do Óquei que, ao contrário do que havia ocorrido nos minutos iniciais do encontro, conseguiu manter uma presença constante na meia pista leonina e provocar vários sustos à defesa sportinguista.

    Após ter entrado muito bem no jogo, o Sporting não estava a conseguir restabelecer o domínio detido até ao momento em que marcou, não conseguindo penetrar na defensiva barcelenense e tendo algumas dificuldades para fechar os caminhos para a sua baliza. Exemplo disso foi uma transição rápida onde, por pouco, João Almeida não bisou no encontro.

    Com o aproximar da pausa, a partida reentrou numa toada equilibrada, sendo que o Sporting voltou a estar ligeiramente por cima. Contudo, as melhores oportunidades pertenceram ao Barcelos que, em contra-ataque, quase passou para a frente do marcador. Todavia, nem Gonçalo Meira ou João Almeida conseguiram bater Girão. Momentos depois, João Guimarães viu um cartão azul devido a um enganchamento em João Pinto. Ferran Font, especialista na conversão de livres-diretos, assumiu a marcação do lance de bola parada, mas Ricardo Silva foi melhor e impediu o bonito do espanhol.

    Em situação de superioridade numérica, os leões não deram qualquer hipótese e, após alguns segundos de circulação do esférico, Ferran Font aproveitou o espaço que teve para fazer o 2-1.

    Terminada a primeira parte, o Sporting vencia o Barcelos por 2-1. Resultado justo devido ao aproveitamento que os leões fizeram da situação de powerplay que dispuseram, mas que facilmente poderia ser diferente. Isto porque, apesar de ter começado e terminado na mó de cima, o Óquei esteve por cima durante a maior parte do tempo e dispôs de várias oportunidades para marcar. Aqui entrava o fator Girão que, por mais uma vez, estava a ser determinante.

    O marcador final
    Fonte: Sporting CP

    O segundo tempo começou de forma equilibrada e com algumas chances de golo, mas nem João Almeida ou João Pinto, este por duas ocasiões, conseguiram concretizar.

    A um ritmo mais baixo em relação à primeira parte, Barcelos e Sporting proporcionavam um jogo pautado pelo equilíbrio. Perto da marca dos 32 minutos, Raul Marín viu um cartaz azul devido a uma infração cometida sobre João Almeida. João Guimarães, mais conhecido por Joca no mundo do hóquei em patins, foi o escolhido para a marcação do livre-direto, mas acabou por stickar ao lado da baliza de Girão.

    Pela primeira vez em situação de powerplay, o Óquei raramente teve a bola em sua posse e quando o conseguiu as decisões do quarteto de campo foram sempre precipitadas, não tendo conseguido criar nenhum lance de perigo. Momentos depois de retomado o cinco para cinco, o Barcelos esteve quase a fazer o empate, mas Girão, com a máscara, disse não a uma fortíssima stickada de João Almeida.

    Na frente do marcador, o Sporting procurava gerir o jogo, fazendo uso dos quarenta e cinco segundos de ataque. Estando sempre atento a possíveis espaços que pudessem surgir, mas também a transições rápidas do Barcelos que, por esta altura do encontro, recorria mais a stickadas de meia distância.

    Mesmo sem procurar a baliza com muita insistência, os leões não deixavam de tentar surpreender e a cerca de dez minutos do final Toni Pérez quase fez o terceiro. Porém, o desvio que realizou a uma stickada de Henrique Magalhães esbarrou no poste esquerdo da baliza defendida por Ricardo Silva. Volvidos alguns instantes, Henrique Magalhães viu um cartão azul em virtude de uma falta cometida sobre João Guimarães. No respetivo livre-direto, Rúben Sousa stickou direto e assinou o 2-2. Um minuto depois, na sequência de um contra-ataque de dois para um, o Sporting esteve quase a retomar a dianteira, mas Pedro Gil não conseguiu aproveitar um excelente passe de Ferran Font.

    O golo do Óquei deu outra vida e intensidade à partida que, após de vários minutos de equilíbrio, voltava a abrir. O que resultou em maior intensidade, dinâmica, espaço para se jogar e oportunidades para marcar. Exemplo disso foi uma stickada em zona frontal de Zé Pedro, que Girão conseguiu travar e uma enorme intervenção de Ricardo Silva a um lance aéreo entre Toni Pérez e Matías Platero.

    O encontro estava intenso e as oportunidades sucediam-se. Contudo, Ricardo Silva e Girão, sobretudo este, estavam em grande e aproveitavam para ir dando espetáculo, com defesa brilhante atrás de defesa brilhante.

    A cerca de dois minutos do fim, o Barcelos dispôs de um contra-ataque de dois para um, após Pedro Gil ter perdido o esférico no ataque, mas João Almeida, servido por Gonçalo Meira, não conseguiu marcar tendo enviado o esférico ao poste. Passados alguns segundos, João Almeida, isolado perante Girão, tentou fazer uma “picadinha” mas não conseguiu bater o guardião leonino.

    Até ao toque da buzina para o final do encontro, sucederam-se inúmeras “piscinas”, com vários lances de golo para cada lado, mas o marcador não mais se mexeu.

    Finalizado o clássico, Barcelos e Sporting empataram a 2-2. Apesar de no início do jogo se pudesse antecipar uma vitória, extremamente suada, por parte dos leões, o conjunto sportinguista deve dar-se por contente com o ponto alcançado. Isto porque, não tivesse sido Girão e alguma falta de eficácia dos jogadores do Óquei, facilmente os verde e brancos poderiam regressar a Lisboa sem qualquer ponto na bagagem.

    Assim, concluída a primeira volta do campeonato, a Oliveirense lidera a tabela classificativa com 32 pontos somados, mais um que o Porto e dois que Sporting e Benfica. A maior surpresa da competição é o Riba D’Ave, clube que está de regresso à elite do hóquei em patins português, que ocupa a sexta posição da tabela com 19 pontos. Na luta pela permanência, Valongo, Paço de Arcos e Oeiras aparecem pouco acima da linha de água, com a distância máxima a ser de dois pontos, sendo que Tomar, Turquel e Marinhense estão em zona de descida.

    No próximo fim-de-semana arranca a segunda volta e o destaque vai para o dérbi de domingo entre Benfica e Sporting, cujo início está marcado para as 17h00. No sábado, nota para o Oeiras-Porto, pelas 18h00, e para o clássico entre Juventude de Viana e Oliveirense que começa às 21h30.

    OC Barcelos: 1-Ricardo Silva (GR e CAP.), 4-Zé Pedro, 6-João Almeida, 9-Hugo Costa e 66-Rúben Pereira; Jogaram ainda: 7-João Guimarães, 16-Gonçalo Meira

    Sporting CP: 66-Ângelo Girão (GR), 9-Pedro Gil, 17-Matías Platero, 57-Toni Pérez e 88-Henrique Magalhães; Jogaram ainda: 4-Ferran Font, 8-Caio, 16-João Pinto (CAP.) e 27-Raul Marín

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.