SL Benfica 3-1 HRC Monza: Italianos deixam boa imagem, as águias entram a vencer

    Naquele que foi o jogo que marcou a estreia do SL Benfica na Liga Europeia de 2018/2019, os encarnados receberam o Hockey Roller Club Monza, conjunto italiano que já não disputava a competição há mais de vinte anos, tendo vencido por 3-1. A partida acabou por não ser tão desequilibrada como se poderia antecipar, com a jovem equipa transalpina a deixar uma boa imagem e um aviso às restantes formações do grupo D.

    O Benfica entrou mandão e desde cedo que demonstrou vontade de assumir o comando do encontro. Sempre a alto ritmo, os encarnados rodavam e faziam o esférico rolar, na procura de uma brecha na defensiva italiana. Por seu lado, o Roller Monza procurava saídas rápidas para o contra-ataque.

    As águias estavam claramente por cima, mas, apesar do muito tempo de posse de bola, não conseguiam construir lances de golo. As exceções foram uma iniciativa individual de Jordi Adroher que Zampoli, com a luva direita, defendeu e uma triangulação do ataque benfiquista que Adroher, ao segundo poste, finalizou mal.

    O tempo foi passando e a evidente superioridade do Benfica nos minutos iniciais esfumou-se. Mesmo assim, a cerca de doze minutos da pausa, Marc Ollé viu um cartão azul em virtude de uma falta sobre um jogador encarnado. Adroher, chamado à marcação, mas não conseguiu bater Zampoli.

    Em situação de superioridade numérica, os encarnados ainda tiveram algumas chances de golo, com destaque para uma stickada ao poste de Lucas Ordoñez, mas não conseguiram marcar.

    Com um quarteto totalmente novo em pista, composto por Valter Neves, Casanovas, Nicolia e Ordoñez, a partida voltou a ganhar alguma velocidade, mas o Benfica continuou sem conseguir encontrar o caminho da baliza transalpina.

    O Roller Monza estava muito mais remetido à defesa, mas, quando podia atacava e aos dezanove minutos de jogo, Julien Martinez arrancou para uma iniciativa individual, tendo “obrigado” Pedro Henriques a uma dupla intervenção.

    A pausa aproximava-se a passos largos e o jogo continuou sem grande interesse. Fosse através do coletivo ou um rasgo individual, o Benfica não conseguia superar a boa organização da defesa italiana e o jovem guardião Stefano Zampoli.

    Já com menos de um minuto para o intervalo, Valter Neves viu um cartão azul depois de cometer uma falta sobre Marc Olle. Davide Nadini foi o escolhido para a conversão do livre-direto, mas Pedro Henriques, com as caneleiras, negou o golo ao jovem jogador italiano.

    A dispor de uma situação de powerplay, o Roller Monza não conseguiu fazer uso dele durante os últimos segundos dos 25 minutos iniciais e o encontro chegou ao intervalo com um empate sem golos.

    Apesar do Benfica até ter entrado bem, nunca conseguiu sufocar o conjunto italiano e expor Zampoli a muitas oportunidades de golo consecutivas. Assim, com maior ou menor dificuldade, o Roller Monza foi mantendo uma boa organização defensiva e, quando havia uma fenda, o seu guardião resolvia a questão. Era necessário que, após o regresso dos balneários, o conjunto benfiquista se apresentasse a um nível completamente diferente.

    Em dia de estreia oficial na Luz, Lucas Ordoñez realizou uma exibição interessante, apontando dois golos
    Fonte: SL Benfica

    Logo nos primeiros segundos da segunda parte, o Benfica teve uma grande oportunidade para abrir o ativo, mas Casanovas, isolado, não conseguiu transpor Zampoli. Pouco depois, o Roller Monza viu terminar o período de powerplay. Volvidos alguns momentos, as águias fizeram o primeiro. Nicolia fez a assistência e Ordoñez, no interior da área italiana, atirou a contar.

    O golo veio mexer com o jogo, visto que o mesmo se tornou bem mais aberto do que havia sido até então. Algo que fez com que a bola chegasse mais rapidamente a cada uma das balizas.

    Ao contrário do que se poderia antecipar, o Roller Monza respondeu muito bem ao golo, conseguindo construir várias oportunidades para marcar, colocando o sector recuado da equipa benfiquista em sentido. Pedro Henriques “aproveitava” para demonstrar o porquê de ser considerado um dos melhores do mundo no que faz.

    A meio da segunda metade, Julien Martinez viu um cartão azul ao ter cometido uma falta sobre Diogo Rafael. Lucas Ordoñez foi o escolhido por Pedro Nunes para a conversão do livre-direto e não desperdiçou, tendo feito o 2-0. Pouco depois, Miguel Rocha esteve quase a fazer o terceiro, mas Zampoli, com uma enorme intervenção, impediu o golo.

    Finalmente com encontro um pouco mais controlado, o Benfica procurou aumentar a vantagem, mas, por vezes, ainda foi surpreendido pelo Monza que, em contra-ataque, nunca deixou de tentar marcar. Exemplo disso, foi uma stickada ao ferro de Julien Martinez, quando faltavam oito minutos para o fim. Contudo, instantes depois, Diogo Rafael, atrás da baliza italiana, viu a entrada de Miguel Rocha e já com a bola em sua posse, o número quarenta e quatro das águias apontou o 3-0.

    A cerca de cinco minutos do final, Lucas Ordoñez arriscou uma iniciativa individual e, após alguns belíssimos gestos técnicos, não conseguiu bater Zampoli. No seguimento do lance, surgiu a 10ª falta do Roller Monza. Ordoñez tentou o hacttrick, mas Zampoli negou um golo de “picadinha” do argentino. Pouco depois, Davide Nadidi teve uma grande oportunidade para marcar, mas, totalmente isolado diante Pedro Henriques, não conseguiu finalizar.

    Com cerca de dois minutos e meio para o fim do encontro, o Roller Monza beneficiou de uma grande penalidade, em virtude de uma falta de Ordoñez sobre Julien Martinez. O jovem Matteo Zucchetti foi chamado à marcação e com uma stickada à meia altura, reduziu a desvantagem para 3-1. Segundos depois, Diogo Rafael viu um cartão azul ao ter cometido uma falta sobre Pol Franci. Davide Nadini voltou a ser o escolhido para a conversão do livre-direto, mas ao tentar uma “picadinha” enviou o esférico ao travessão.

    Por mais uma vez em superioridade numérica, quase até ao toque da buzina, o Monza tentou chegar ao golo que deixasse o jogo na margem mínima. Todavia, a única jogada de relevo dos italianos acabou por terminar na luva direita de Pedro Henriques.

    Concluída a partida, o Benfica derrotou o Roller Monza por 3-1, tendo garantido os primeiros três pontos na fase de grupos da Liga Europeia. Apesar dos encarnados não terem conseguido realizar um grande jogo, muito devido à boa organização defensiva do Monza, tiveram alguns bons momentos, nomeadamente na segunda parte, o que foi suficiente para alcançar a vitória. Contudo, seria desrespeitoso não realçar a boa exibição de Pedro Henriques, que evitou alguns golos certos, como a atitude positiva do jovem conjunto comandado pelo experiente Tommaso Colamaria.

    Cincos iniciais:

    SL Benfica: 1-Pedro Henriques (GR), 4-Diogo Rafael, 7-Jordi Adroher, 44-Miguel Rocha e 74-Vieirinha

    Jogaram ainda: 2-Valter Neves (CAP.), 3-Albert Casanovas, 5-Carlos Nicolia e 9-Lucas Ordoñez

    Banco: Marco Barros (GR)

    Roller Monza: 1-Stefano Zampoli (GR), 2-Matteo Zucchetti, 4-Marc Ollé, 6-Julien Martinez (CAP.) e 21-Pol Franci

    Jogaram ainda: 3-Pietro Lazzarotto, 8-Sebastiano Schena e 44-Davide Nadini

    Banco: 10-Lorenzo Uboldi (GR)

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.