SL Benfica 4-1 FC Porto: Águias derrotam dragões sem chama

    modalidades cabeçalho

    UM CLÁSSICO BASTANTE RESPEITOSO

    Era e após três jornadas transpostas no principal Campeonato do Hóquei patinado nacional que o Pavilhão número um da Luz acolheria o primeiro duelo de candidatos. Cada um dos conjuntos contava com um troféu em carteira na presente temporada: a turma de Nuno Resende havia vencido a Elite Cup, prova que abriu a temporada em termos nacionais. Já os comandados de Ricardo Ares saíram a sorrir após embolsar a Taça Continental, a antiga Super Taça Europeia. Os dragões partiam em vantagem pontual, fruto de duas vitórias em outras tantas rondas, enquanto que os caseiros haviam, inesperadamente, cedido pontos na deslocação à pista do HC Braga. Realçar que Pablo Álvarez por banda dos da segunda circular e Carlo Di Benedetto por parte do FC Porto eram as principais ausências de um encontro que colocava frente a frente duas das equipas mundialmente mais laureadas. Num pavilhão com uma moldura humana bem apreciável, que praticamente enchia o recinto, os intérpretes acabaram por não estar no auge das suas capacidades, apesar de alguns momentos de excelente deleite para a vista, com os encarnados a revelar sempre maior competência, domínio do jogo e maior frescura física. Aqui ficam os cinco destaques de um clássico onde as três equipas estiveram a um nível alto e onde sobressai a não amostragem de qualquer cartão azul.

    5- Roc Pujadas

    Apesar de muito jovem, é inegável a qualidade técnica e a velocidade que o campeão europeu de clubes e de seleções, ambas as conquistas referentes à época cessante, já vai demonstrando e com as quais vai fazendo as delícias dos amantes do hóquei. Mesmo que ainda não uma aposta firmada para Ricardo Ares o hoquista acabou, em minha opinião, por ser nesta partida o principal agitador em termos ofensivos de uma formação que viu o seu principal finalizador, Gonçalo Alves, passar ao lado de um desafio no qual desperdiçaria inclusivamente um livre direto. Caso mantenha esta vertigem, irreverência e capacidade de desequilíbrio, creio que Pujadas terá tudo para ser de forma consistente um nome em foco na turma do norte do país. Com muito, certamente, por onde evoluir o espanhol tem tudo para brilhar nos maiores ringues da modalidade a nível mundial, bem como para se tornar numa estrela deste fantástico desporto. Terá ele estofo e capacidade para repetir constantemente o nível hoje demonstrado?

    4- Gonçalo Pinto

    Mesmo que não seja presença assídua entre os selecionados para representar o nosso país, o atleta que enquanto menino também praticou futebol e badminton, é alguém que não variadas vezes acaba por realizar um trabalho invisível, pois atrai as defensivas contrárias por forma a  abrir espaços para finalizações de outros jogadores. Embora um homem de área, o lisboeta faz muito mais que finalizar, departamento no qual também possui capacidades bastante assinaláveis. Mesmo em branco nesta partida, em várias fases da mesma , revelou-se capaz de realizar jogadas bastante perigosas e algumas até mesmo vitoriosas! Verdadeiramente decisivo pelo que joga e faz jogar! Será, salvo melhor opinião, um atleta bastante relevante e fulcral na manobra benfiquista nas fases cruciais da temporada.

    3- Carlos Nicolía

    Um verdadeiro “mágico” da modalidade, trata-se de alguém bastante experiente, renomado e conhecedor dos diferentes momentos do jogo. Normalmente acaba por demonstrar uma frieza capaz de resolver encontros como este. Embora por vezes se deixe levar pelo seu temperamento tipicamente sul-americano é um dos maiores dos últimos anos a pisar os nossos pavilhões, sendo já um símbolo do campeonato e do conjunto encarnado onde atua á perto de uma década. Um dos maiores especialistas a alinhar no nosso campeonato no que à concretização de bolas paradas diz respeito, foi desta forma e numa fase em que os portistas se haviam relançado na luta pelos pontos que Carlitos pôs um ponto final quanto ao vencedor do duelo. Será ele capaz de manter este nível e mais que tudo não se deixar levar pelas suas emoções?

    2- Roberto Di Benedetto

    A sua  meia distância, a imprevisibilidade e capacidade técnica são os maiores predicados de um dos indiscutíveis do plantel dos da capital, que tanto evoluiu desde que aí chegou! Bem mais associativo, desconcertante  e regular, podemos dizer que ainda que de formas distintas os manos Di Benedetto vão deixando uma marca cada vez mais indelével no nosso hóquei , sendo peças imprescindíveis tanto para Ares como para Resende. Ambos, em conjunto com alguns outros são a prova provada de que em França esta é uma modalidade em franco crescimento, desenvolvimento e evolução, como demonstram os recentes resultados ao nível de seleções. Roberto ainda que com margem para crescer é já uma das figuras dos encarnados, assumindo grande importância naquilo que os adeptos, do clube fundado por Cosme Damião, ambicionam ser uma temporada marcada pelos êxitos tanto nacionais como internacionais! Será este um apelido de futuro  a ter um lugar especial na história a nível nacional e mundial?

    1-Lucas Ordoñez

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Uma das figuras dos argentinos, o antigo atleta do FC Barcelona tem um talento fora do normal, um verdadeiro predestinado! Com um estilo de jogo entusiasmante, enleante e cativante é um dos praticantes mais dotados tecnicamente da nossa principal Liga. Bastante efetivo na hora de atirar a contar, seria fruto de toda a arte que transporta no seu stick que ajudaria com um golo e uma assistência o conjunto que defende aos dias de hoje. Muito completo e bastante menos temperamental que o compatriota Nicolía, pode usar toda a sua mestria, experiência e serenidade para decidir em alturas nas quais outros têm medo de assumir! Poderá ele concretizar todas as suas potencialidades, embalando para uma temporada assombrosa? Pois a qualidade é mais que muita!

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.